O Vasco demitiu pouco mais de 50 funcionários, em uma medida que tem como objetivo a redução de gastos. O clube já tinha anunciado redução salarial e suspensão de contratos diante da dificuldade financeira gerada pelo coronavírus. A estimativa da diretoria é que todas essas ações relacionadas ao pessoal impactem em uma redução de aproximadamente R$ 4 milhões até o fim do ano.
Internamente, o Vasco discutiu um corte ainda maior, na casa dos R$ 8 milhões nessa mesma projeção até dezembro, mas a diretoria recuou. O setor mais afetado foi o de esportes terrestres. Muitos dos demitidos trabalhavam com o atletismo e vôlei.
Na visão da diretoria financeira, a estrutura de funcionários do clube já deveria ter sido reduzida em 2019. A gestão atual não pretende repor os demitidos depois da pandemia, mesmo estando em ano eleitoral.
Em nota, o Vasco informou que ofereceu aos funcionários demitidos um acordo para parcelamento de débitos em atraso, com pagamento da primeira parcela no ato. "Também pelo acordo, fica estipulado que o clube terá de arcar com multa de 50% em caso de inadimplência do pagamento da parcela, devendo haver uma tolerância de 30 dias após o vencimento para aplicação da multa".
A equação de salários no Vasco é peculiar. Na última sexta-feira, com a entrada de recursos de direitos de transmissão, o clube pagou folha de fevereiro a funcionários que recebem até R$ 1,8 mil e atletas com menores salários do grupo. Os funcionários que recebem acima de R$ 1,8 mil tiveram depositada a quantia de R$ 1,3 mil referente a parte do vencimento de fevereiro, que está em aberto.
Em meio às dificuldades, a aposta para fugir da crise é conseguir vender algum jogador ainda em 2020.
Fonte: O Globo Online