Roberto Monteiro prioriza reforma estatutária e diz que Identidade Vasco pode lançar candidato
Roberto Monteiro não esconde a afinidade com Luis Manuel Fernandes, seja nas reuniões do Conselho Deliberativo do Vasco, seja marcando presença na festa de aniversário do professor universitário. Cabeça do grupo "Identidade Vasco", um dos mais numerosos dentro da política do clube, Monteiro, entretanto, evita confirmar seu apoio e de seus aliados ao candidato à presidência do Cruz-maltino. Pelo contrário. Ele deixa aberta a possibillidade de lançarem um nome próprio para tentar substituir Alexandre Campello.
- Acho que poderemos ter uma candidatura própria. Não decidimos ainda. Vamos definir isso até fins de junho - afirmou.
Até o momento, o Vasco tem três candidatos anunciados: Luiz Roberto Leven Siano, Frederico Lopes e Luis Manuel Fernandes. Julio Brant, da "Sempre Vasco", deve se lançar. Um grupo de sócios tenta convencer Jorge Salgado a ser candidato. Para completar, Campello cogita tentar a reeleição.
Sobre quem seria o possível candidato da "Identidade Vasco" à presidência administrativa, Monteiro, que é presidente do Conselho Deliberativo, afirmou que não será ele. Sua atenção agora está voltada para a confirmação da reforma estatutária votada no começo do ano.
Para isso acontecer, ela depende da realização de uma Assembleia Geral. Entretanto, a pandemia do novo coronavírus atrapalha os planos vascaínos de oficializar a implementação da eleição direta para presidente. Cabe ao presidente da Assembleia Geral, Faues Mussa, a convocação, o que ainda não tem previsão de acontecer.
Monteiro afirma que os poderes do clube precisam se unir para encontrar uma maneira de confirmar a reforma:
- Acho ainda factível a reforma do Estatuto antes das eleições. O presidente Mussa deveria convocar a junta para encontrarmos uma solução. Os poderes do Vasco estão aí para isso. Como somos cinco (presidente administrativo, do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal, do Conselho de Beneméritos e da Assembleia Geral), poderia chamar por videoconferência. O Estatuto prevê que em casos omissos o Conselho Deliberativo tem a possibilidade de resolver. Mas o grande início seria a reunião dos poderes. Da minha parte, terei a maior boa vontade, desde que preservando as recomendações das autoridades sobre distanciamento social e não incorrendo na legitimação de sócios que estarão sob análise.
Fonte: O Globo Online