Edmundo voltou à Barreira do Vasco. Não mais para curtir o pagode ou a festa junina dos tempos em que morava nos alojamentos de São Januário. O ex-atacante participou da distribuição de cartões sociais para moradores da comunidade na manhã desta sexta-feira.
O ídolo vascaíno foi a presença ilustre na ação da ONG Gerando Falcões, que tem distribuído cartões com crédito de R$ 100, recarregáveis por mais dois meses, para ajudar pessoas impactadas pela pandemia do novo coronavírus.
— Eu morei no Vasco, tive uma relação com as pessoas da Barreira. Sempre ajudamos o próximo e acabamos direcionando para quem temos um vínculo afetivo. Tenho uma relação de gratidão, fraterna, com a Barreira. Quando eu morava no Vasco, fui à festas juninas, pagodes lá, para a gente era normal, a comunidade era uma extensão de São Januário. Sempre faço filantropia, mas agora é mais importante. Travamos uma guerra silenciosa, que ninguém esperava — afirmou.
Através de amigos em comum, Edmundo tomou conhecimento da ação da Gerando Falcões, que também tem como colaboradores o locutor esportivo Galvão Bueno e a atriz Mariana Ruy Barbosa. Quando soube que a ONG iria até a Barreira do Vasco, o ex-camisa 10 fez questão de participar.
— Estamos oferecendo três meses de alimentação e o cartão representa mais do que uma cesta básica porque com ele a pessoa pode comprar outros produtos, não apenas o que consta na cesta. Quando soubemos do projeto, falei que tínhamos de estar dentro, o projeto é gigante. Nossa contribuição é pequena, vamos fazer um pouquinho — disse.
A meta da Gerando Falcões é ajudar cerca de 200 mil famílias durante o período da pandemia do novo coronavírus. A ideia da distribuição de cartões com crédito é a de que o beneficiário, ao utilizar o dinheiro na compra de mantimentos no comércio próximo à sua casa, faça a doação impactar outras pessoas dentro da comunidade onde mora.
Questionado sobre a atual discussão no futebol mundial, a respeito da volta dos treinos e jogos neste cenário de pandemia, Edmundo afirmou que é difícil tomar uma posição:
— Tem muita coisa envolvida. O que eu posso dizer é que, nos meus tempos de jogador, não havia um lugar onde eu me sentia mais seguro do que dentro do clube de futebol. Não vou nunca ser contrário ao que diz a OMS (Organização Mundial da Saúde), mas também vejo o futebol como importante para as pessoas nesse momento em que estão passando por tantas dificuldades.
Fonte: Extra Online