Euller elege final da Mercosul 2000 contra o Palmeiras seu jogo inesquecível pelo Vasco
Seguindo a série de entrevistas com ex-jogadores do Vasco sobre jogos inesquecíveis do Gigante da Colina, hoje é a vez de Euller, atacante do clube entre 2000 e 2002, escolher a final da Copa Mercosul de 2000. Então dupla de ataque de Romário, Euller foi titular naquela virada histórica de 4 a 3, após descer para o intervalo perdendo por 3 a 0, no antigo Estádio Parque Antártica, em São Paulo. Em bate-papo com o Site Oficial do Vasco, ele lembrou daquele dia importante para todos os vascaínos.
- Não tenho dúvidas que o meu jogo inesquecível com a camisa do Vasco foi a final da Mercosul de 2000. A virada histórica. Foi um jogo que marcou a vida de todos nós jogadores, comissão técnica, torcedores e aqueles que são amantes do futebol. Inesquecível - disse Euller.
O Palmeiras abriu o placar aos 36 minutos do primeiro tempo, em pênalti cobrado por Arce. Logo na saída de bola, ampliou com Magrão e pouco antes do intervalo, chegou ao 3 a 0 com Tuta. O silêncio no caminho dos vascaínos para o vestiário prevaleceu. Abatidos, os jogadores do Vasco ainda tomavam ar após os três gols sofridos e Euller conta que o primeiro a falar foi o técnico Joel Santana, seguido do então Vice-Presidente de Futebol Eurico Miranda:
- Não foi fácil. Foi um primeiro tempo onde o Palmeiras foi espetacular. Entrou com muita gana de vencer a partida. O Palmeiras fez por merecer aquele resultado no primeiro tempo. Na descida pro vestiário nós ficamos muito em silêncio no início, porque olhávamos um para o outro, víamos só jogadores de alto nível e não tinha muito o que dizer. Ouvimos as palavras do Joel, de incentivo, depois o Eurico Miranda também falou.
Para a segunda etapa, Joel decidiu tirar o volante Nasa e promoveu a entrada do atacante Viola, que mudaria o jogo. Já no túnel de acesso ao gramado, os jogadores se reuniram e tiveram a última reunião antes da história ser escrita.
- Aconteceu a substituição, a entrada do Viola, que causou muito efeito. Algo primordial, antes de subir pro campo, nós demos as mãos, cada um falou um pouquinho. Começamos a ter palavras de humildade, falando não em reverter a situação, mas em diminuir aquela dor, o vexame. Isso quebrou um pouco o ego. Subimos e dentro de campo as coisas começaram a andar diferente. Não imaginava uma virada, mas as coisas foram acontecendo. Mesmo com um jogador a menos, com a expulsão do Júnior Baiano, nós conseguimos uma virada histórica - conta Euller.
Euller defendeu camisas pesadas pela carreira. Ele começou no América Mineiro e passou por São Paulo, Atlético-MG, Palmeiras, Verdy Kawasaki (JAP), Kashima Antlers (JAP), São Caetano e Tupynambás-MG. Mas aquele Vasco de 2000, onde conquistou esta Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro está marcado no atacante como um dos melhores times que viu e teve o prazer de atuar.
- Passei por vários grupos e todos eles formamos grandes equipes, mas esse Vasco de 2000 se tornou completo. Era um time que jogava consciente. Cada um sabia do poder que tinha individualmente e em conjunto. E esse conjunto unia a característica de cada um. Um atacante veloz, um fazedor de gol, um meia carregador de bola, outro que lançava bem, volantes de marcação extrema, laterais que apoiavam e defendiam muito bem, zaga muito forte e um goleiro espetacular. Foi uma equipe completa, com craques e que sabia lidar com todos esses fatores - finalizou.
Fonte: Site oficial do Vasco