Dirigentes da Assembleia Geral não creem em eleição indireta ou adiamento para 2021
A pandemia do novo coronavírus tem trazido à tona algumas preocupações em relação aos prazos a serem cumpridos visando a eleição presidencial do Vasco. Apesar de, ontem (30), admitirem certa apreensão, membros da Assembleia Geral do clube indicam que uma visão mais ampla sobre o cenário para o pleito só poderá acontecer a partir do dia 10 deste mês, quando está prevista uma reunião por videoconferência.
A princípio, as hipóteses de eleição indireta ou um adiamento do pleito para 2021 não estão no radar. Acredita-se que, com algumas adaptações, todos os trâmites serão cumpridos para que a escolha no novo presidente transcorra normalmente no mês de novembro, seguindo o estatuto.
Mais urgente se torna a questão da lista de sócios aptos a votar. Faues Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral, já fez o requerimento do documento ao presidente Alexandre Campello, mas ainda não obteve resposta.
Paralelamente a isso, há também a questão da "Nova Resposta Histórica", movimento que atingiu as assinaturas para convocar uma votação de aprovação das eleições diretas no Vasco por intermédio do Código Civil Brasileiro. O documento já foi entregue a Mussa, mas, por conta da pandemia, não houve tempo hábil para que o dirigente pudesse examiná-lo.Em entrevista à VascoTV, na última quarta-feira (29), Campello colocou em xeque o andamento de alguns pontos necessários para a eleição diante dos cuidados necessários com a Covid-19.
"Há um período para que você possa convocar essa assembleia. Não sabemos até quando esse isolamento social vai manter as atividades paradas. É preciso que a Assembleia Geral seja convocada, que seja criado uma junta para tratar dos sócios votantes. Esse rito é feito também para aprovação do estatuto. Não sei dizer se é possível, porque a gente não sabe o que vai acontecer em relação ao fechamento do clube e de outras as atividades", disse.
Até aqui, os pleitos do Vasco aconteceram de forma indireta: os sócios elegiam a chapa vencedora, que indicava 120 conselheiros. Já a segunda colocada indicava mais 30. Estes 150 eleitos se juntavam aos 150 natos (beneméritos e grandes beneméritos). Os 300 conselheiros realizavam, então, um pleito interno no Conselho Deliberativo e votavam pelo novo presidente.
Foi neste formato que, por exemplo, Alexandre Campello se tornou o atual mandatário do Vasco, após entrar como vice-geral de Julio Brant na chapa vencedora e, posteriormente, romper com o candidato na votação entre os conselheiros, sendo empossado após um jogo de articulação entre os grupos políticos.
Fonte: UOL