José Luis Moreira: 'Obviamente a gente contratar antes da pandemia sumir é um risco'
O Vasco repetiu o método de apresentação à distância do técnico Ramon e, nesta quinta-feira, promoveu na "Vasco TV" uma entrevista coletiva com José Luis Moreira, novo VP de futebol do clube, em que jornalistas enviaram perguntas gravadas. Um dos tópicos abordados pelo dirigente é o de contratações, embora ele acredite que não haverá muitas novidades durante a pandemia de coronavírus.
- Obviamente a gente contratar antes da pandemia sumir é um risco, a gente não pode correr essa tipo de risco. Não podemos errar nessa situação - afirma José Luis Moreira.
- Perfil a gente só vai ter noção após a comissão técnica poder se reunir para que a gente tenha noção dos valores que temos em casa. Há necessidade, a gente vai no mercado buscar. Essa é a nossa meta. Está todo mundo sendo monitorado, a nossa retaguarda de pesquisa de atletas está atenta. Tudo que a comissão falar, a gente vai se reunir pra encontrar a melhor solução. Mas primeiro temos que avaliar o plantel totalmente, ponta a ponta. Ver a base para ver se pode trazer alguém que venha somar. Dificuldades financeiras para contratar são grandes, mas não é impossível - completa ele.
O VP de Futebol também comentou sobre os atrasos salariais no clube e garantiu que quitá-los é uma das suas prioridades.
- Já dei sorte na minha chegada, pelo menos alguma coisa já saiu (risos). Quitamos 2019, falta agora 2020. Estamos fazendo de tudo pra ver até onde pode chegar. Quanto aos salários, vamos tentar o mais rápido possível colocar a casa em ordem. Eu defendo o seguinte: funcionário tem que receber. Faço o possível para que os salários estejam sempre em dia, essa é minha meta. Uma das minhas metas é resgatar umas das coisas que o Vaso vem perdendo, que é a credibilidade. A partir daí, as coisas fluem normalmente - concluiu.
Veja outros pontos da entrevista de José Luis Moreira:
Dificuldade financeira
- Sem dúvida, essa pandemia fez um desastre muito grande. Não só no Brasil, como no mundo. Certeza que as dificuldades pra gente fazer qualquer coisa nesse momento são grandes. A gente não consegue tomar nenhuma frente porque tem dificuldades de pesquisar o mercado, determinadas coisas... O futebol tem uma velocidade muito grande. Com essa dificuldade de contatos, fica cada vez mais difícil.
Necessidade de vender para fechar o caixa
- O Vasco, como qualquer clube, necessita tentar fazer alguma coisa com seus ativos porque é a maneira de poder saldar alguns compromissos. Na minha opinião, eu vou dizer: eu tenho muita dificuldade e não gosto de me desfazer do que é bom. Se puder buscar o melhor, trago pra nós. Mas não sou muito adepto de me desfazer do que é bom. O presidente é quem sabe. Vou brigar pra gente não se desfazer se tiver condições de manter os compromissos sem que tenha que vender, o que é muito difícil.
Sobre o técnico Ramon
- Minha convivência com o Ramon é muito grande. Ele foi atleta quando eu comecei quando dirigente, foi um grande atleta no Vasco, campeão em muitas competições. Eu vejo que é a oportunidade de lançar o Ramon era agora. Por que vai arriscar trazer um treinador que não conhece o Vasco como o Ramon? Por trás dele, botamos o Antônio Lopes, que vai ser o escudeiro dele. Como treinador vai ser um sucesso se Deus quiser. Nós somos uma escola de talentos de jogadores e treinadores. Só ver o caso do Antônio Lopes. Se a torcida apoiar, ele tem tudo para se rum dos grandes treinadores que o Vasco já teve.
Fonte: GloboEsporte.com