Clubes pequenos querem terminar a fase de grupos da Taça Rio antes do Estadual ser paralisado
Domingo, 15/03/2020 - 22:37
A reunião desta segunda-feira na Ferj para discutir os rumos do Carioca vai colocar frente a frente ao menos duas ideias opostas: a dos jogadores, que defendem a interrupção imediata da competição, e dos clubes pequenos.
Dirigentes que comandam os primos pobres do Rio são contrários à suspensão dos jogos agora e usam questões econômicas e de calendário para isso. A proposta mais popular que será colocada à mesa é aproveitar que a CBF suspendeu os torneios nacionais e, com isso, liberou os meios de semana, para acelerar a Taça Rio.
As duas rodadas do segundo turno que faltam seriam disputadas na quarta-feira e no próximo fim de semana. Com isso, seriam resolvidas as pendências da fase classificação. O mata-mata ficaria para depois.
Os pequenos estão preocupados com os prazos contratuais firmados com os jogadores. Os vínculos, em geral, são programados para expirarem após o torneio, levando em conta o cronograma inicial. Suspender as partidas geraria um cenário incerto de receitas e pagamentos.
Entre os grandes, os indícios apontam uma posição em prol da paralisação. O Flamengo nem poderá mandar à reunião o presidente Rodolfo Landim, que está em quarentena. No Fluminense, por exemplo, o presidente Mário Bittencourt tem dito aos jogadores que preza pela saúde.
O Sindicato dos Atletas apoia a paralisação do Estadual. Os jogadores defendem a interrupção. As manifestações na rodada deste fim de semana são um bom termômetro. Botafogo, Vasco e Fluminense protestaram na entrada do campo, seja usando máscaras ou colocando o braço no rosto (caso dos tricolores).
Na semana passada, uma declaração do governador Wilson Witzel irritou o zagueiro Leandro Castan, do Vasco. Witzel disse que os portões dos estádios ficaram fechados, e o risco seria dos jogadores.
- Grande resposta, grande governador. Obrigado pelo respeito com os atletas - publicou o jogador no Twitter, em tom de ironia.
Fonte: Extra Online