Campello apresentará aos jogadores estratégia da direção para pagar atrasados; Carlos Leão cita operação financeira moderna
A exemplo do que fez no segundo dia da pré-temporada vascaína, em 9 de janeiro, Alexandre Campello voltará a se reunir com o elenco no CT. O encontro está marcado para a tarde desta terça-feira, antes do treinamento. O presidente não fará promessas aos jogadores, mas tentará incutir na cabeça deles que sua diretoria vem buscando soluções para os constantes atrasos.
Atualmente, o Vasco deve as folhas de dezembro e janeiro ao elenco - fevereiro só vence no próximo dia 20. Some-se a isso um débito referente aos direitos de imagem desde setembro.
Novo vice de finanças do Vasco, Carlos Leão disse à reportagem do GloboEsporte.com que o clube tem duas saídas para tentar quitar as atuais pendências com elenco e funcionários.
Uma delas, a mais complicada, é desbloquear parte do patrocínio da Caixa Econômica Federal que está bloqueado em função de o clube não ter a Certidão Negativa de Débito necessária para recebê-la.
A outra é uma operação financeira sigilosa. Em entrevista ao canal de youtube "Atenção, Vascaínos", Leão, sem ser específico, tentou explicar do que se trata.
- Eu acho que o presidente Alexandre Campello deve ser o mais transparente possível amanhã (na reunião). Há essas duas vias que a gente vem trabalhando, e a gente acredita que vai acontecer. Pelo menos a segunda. Uma é a da CEF e outra é uma operação financeira mais moderna. A CEF é questão jurídica, mas essa segunda operação, que eu trato como mais moderna e que não é exatamente um empréstimo, a gente acredita que vai sair na próxima semana pelo menos. Acho que é isso que o presidente vai levar aos jogadores.
Ainda durante a entrevista ao "Atenção, Vascaínos", Leão disse que a transação é um paliativo, mas não a solução para o restante da temporada.
- Essa operação vai cobrir um ou duas folhas mas vamos tentar contornar até junho ou julho, que é quando a gente tem oportunidade maior de resolver o problema de vez. Com toda sinceridade a você e aos vascaínos, o primeiro semestre será muito difícil em fluxo de caixa. Não acredito que a gente consiga colocar três meses em dia, que é o que a gente queria.
- Acredito que vamos tentar levar isso de maneira razoável para junho ou julho, que é uma nova janela onde podemos fazer um valor importante com a venda de ativos. Mas ainda capengando. A gente está tentando antecipar várias receitas, a engenharia financeira do Vasco não permite que não existe operação financeira. Isso vai gerar fôlego, mas não vai resolver o problema. Só vai ser resolvido com dinheiro novo, que entendo como patrocínio e venda de ativos.
Vale a pena lembrar: na reunião realizada em 9 de janeiro, os jogadores questionaram Campello por ele não ter cumprido as promessas feitas no fim da temporada passada. À época, havia um prazo de quitação para dezembro, o que foi impedido por uma penhora de R$ 14,6 milhões, referente à colocação da equipe no Brasileiro passado.
Um novo prazo para o pagamento foi dado: 20 de janeiro, mas este também não foi respeitado. Somente em 28 de janeiro que foram pagos, mas receberam apenas o mês de novembro. Esperava-se que a quitação fosse integral e que também contemplasse atrasos referentes aos direitos de imagem.
Fonte: GloboEsporte.com