Presidente da Assembleia Geral, Faues Mussa quer convocar referendo sobre diretas e reforma do estatuto até abril
Após inúmeros pedidos, o presidente da Assembleia Geral do Vasco, Faues Jassus, recebeu a sinalização positiva do presidente do clube, Alexandre Campello, para ter acesso à lista de sócios aptos a voto em 2020. O dirigente agora aguarda o documento para iniciar o processo de avaliação o mais rápido possível com o objetivo de convocar a votação sobre eleições diretas e reforma do estatuto até abril.
"Conversei com ele [Campello], com alguns beneméritos, e o Campello se comprometeu a dar tudo o que for necessário para a conferência da lista. Uma sala para a Assembleia Geral com computador e um funcionário da secretaria para me dar toda a documentação. Vai ser de imediato. Na segunda [9] já estou preparando a sala e vou aguardar ele passar tudo para mim. Temos que correr. Até o início de abril temos que marcar a Assembleia Geral", declarou o dirigente, mais conhecido como Mussa, ao UOL Esporte.
Uma vez convocada a Assembleia Geral, o sócio do Vasco votará separadamente as eleições diretas e a reforma do estatuto. A ideia de Faues Jassus é que as votações aconteçam numa mesma data e com urnas diferentes.
Além destes temas e sob posse da lista de sócios aptos, o dirigente será o responsável também por agendar a data da eleição presidencial (Diretoria Administrativa) ao fim do ano.
Mas e a "Nova Resposta Histórica"?
Paralelamente às discussões sobre as mudanças no estatuto do clube pelo Conselho Deliberativo, um grupo de vascaínos organiza um movimento de recolhimento de assinaturas de sócios estatutários — chamado de "Nova Resposta Histórica" — para a convocação da Assembleia Geral via Código Civil.
Segundo artigos da lei federal, caso se atinja o número mínimo estipulado, a convocação se faz obrigatória, independentemente de qualquer estatuto associativo.
Os organizadores entendem que esta via é a mais segura para se aprovar a eleição direta, já que os mesmos desconfiam de possíveis artimanhas do Conselho.
Apesar da possibilidade de ser obrigado a acatar este ato, Mussa acredita que não será necessário e as diretas serão votadas pelo caminho natural interno.
"Acho que esse movimento deu uma força muito grande para a aprovação nos Conselhos [Deliberativo e de Beneméritos]. O sócio provou que está mais ativo, e isso é muito bom. Mas acredito que isto [Nova Resposta Histórica] não será necessário, pois a Assembleia Geral acontecerá", disse Faues, que fez questão de ressaltar que é a favor da eleição direta.
Já passam a valer em 2020
Caso as diretas sejam aprovadas, elas já passam a valer a partir desta eleição do fim de 2020. Até aqui, os pleitos do Vasco aconteciam da seguinte forma:
Os sócios elegiam a chapa vencedora, que indicava 120 conselheiros. Já a segunda colocada indicava mais 30. Estes 150 eleitos se juntavam aos 150 natos (beneméritos e grandes beneméritos).
Os 300 conselheiros realizavam, então, um pleito interno no Conselho Deliberativo e votavam pelo novo presidente.
Foi neste formato que, por exemplo, Alexandre Campello se tornou o atual mandatário do Vasco, após entrar como vice-geral de Julio Brant na chapa vencedora e, posteriormente, romper com o candidato na votação entre os conselheiros, sendo empossado após um jogo de articulação entre os grupos políticos.
Fonte: UOL