Nem Talles Magno, nem Marrony. Andrey é quem pode ser a salvação da lavoura do Vasco na janela de transferências do meio do ano. O clube declaradamente precisa de uma negociação de peso para fazer caixa e conseguir amenizar sua dívida milionária com jogadores e funcionários. E o volante gera boas expectativas na diretoria.
Alguns fatores explicam isso. O departamento de futebol tem informações de que Andrey é um ativo que está no radar dos scouts de clubes estrangeiros. Seu currículo nas seleções de base é extenso, com convocações para Sul-Americano e Mundial Sub-17 e também períodos de treino no grupo sub-20.
Faltava emplacar uma sequência de bons jogos entre os titulares do profissional. Agora não falta mais. Aos 22 anos, finalmente tem tido uma regularidade. Abel Braga apostou no jogador como primeiro volante e teve retorno até agora: ele foi titular nas últimas cinco partidas do Vasco, sempre com atuações elogiáveis.
Além da boa reputação no mercado e dos bons jogos, conta com o reforço nos bastidores. Desde o ano passado que ele voltou a ser representado por Carlos Leite. Foi o agente quem fez as duas maiores vendas de jogadores da história do cruz-maltino, Douglas, em 2017, e Paulinho, em 2018.
A última renovação de contrato de Andrey com o Vasco aconteceu em 2017. Seu compromisso atual com o clube de São Januário vai até dezembro de 2021. Ele é um remanescente da geração talentosa que já deixou o clube, rendendo dividendos ao cruz-maltino. Também nasceram em 1998 Mateus Vital, atualmente no Corinthians, Douglas Luiz, que está no Aston Villa (ING), e Evander, que defende o Midtjylland, da Dinamarca.
Meio de ano que não chega
No Vasco, a expectativa, mais do que isso, o desejo, é de janela de transferências movimentada no meio do ano, mas seus dois ativos principais enfrentam problemas no começo de 2020. Talles, o maior deles, fraturou o quinto metatarso do pé esquerdo e ficará três meses parado. Quando voltar, em junho, já será bem próximo da abertura da janela europeia. O atacante já tem um bom nome no Velho Continente, mas o tempo de inatividade fatalmente o deixará um pouco mais longe dos holofotes.
O outro ativo é Marrony, mas as atuações têm sido bem abaixo do esperado até agora. O Vasco espera que ele, sem Talles, volte a atuar na posição que prefere, como atacante aberto pela esquerda, e com isso eleve o nível de desempenho.
É com a transferência de ao menos um dos jogadores que o Vasco conta para amenizar a crise financeira atual. A dívida com o elenco pesa no ambiente do departamento de futebol: salários de dezembro, janeiro, parte do 13º, férias e direitos de imagem.
Fonte: O Globo Online