Conselho Deliberativo do Vasco se reúne nesta 4ª-feira para discutir proposta de reforma do estatuto
Os membros do Conselho Deliberativo do Vasco vão se reunir nesta quarta-feira, na sede Náutica da Lagoa, para decidirem pela implementação ou não do voto direto para presidente do clube. Está na pauta também a mudança do Estatuto Social vascaíno.
A mudança para o voto direto, se aprovada, entrará em vigor já este ano, quando acaba o atual mandato do presidente Alexandre Campello. Da forma que é hoje, os sócios elegem uma chapa que cederá membros para o Conselho, que posteriormente escolherá o presidente administrativo.
Quanto ao Estatuto, as principais mudanças são referentes ao tempo de associação para o sócio votar e ser candidato — o novo texto aumenta o período em que o sócio precisa estar ativo para participar. Para votar, hoje o sócio precisa estar no quadro há um ano. No novo estatuto, precisaria de dois. Para ser candidato, passaria de cinco para sete anos.
Vale destacar que tais alterações não valerão para o processo eleitoral que acontecerá em novembro, entrando em vigor somente em 2021.
A categoria de sócio geral deve acabar, com os atuais migrando para a categoria de sócio proprietário. A joia a ser paga pelo sócio proprietário, que vai virar a categoria mais barata com direito a voto, será de no máximo um salário mínimo.
Ao mesmo tempo em que uma mudança de regra para voto direto para presidente tira parte do poder do Conselho de Beneméritos, o Estatuto pode aumentar o número de cadeiras do CB, de 150 para 170.
Outras mudanças também estão no novo documento, com a promessa de trazer mais transparência ao clube e de responsabilizar dirigentes em caso de má gestao.
Primeira encontro pós-racha político
A reunião desta noite será a primeira desde que o presidente Alexandre Campello sofreu algumas baixas no seu núcleo de apoio. A "Desenvolve Vasco", encabeçada pelo vice-presidente de controladoria Adriano Mendes, pulou fora da gestão e parte da "Cruzada Vascaína", também.
Com menos apoiadores ao seu lado e com dificuldades para resolver a crise financeira do Vasco neste começo de ano, grupos de oposição chegaram a cogitar movimentos para uma nova investida de tirar o dirigente do poder. Entretanto, as conversas não foram à frente - a "Identidade Vasco", que assumiria a gestão em caso de afastamento de Campello, não tem interesse em gerir o cruz-maltino a um ano do fim do atual ciclo.
O que deve seguir como pauta a colocar o presidente Alexandre Campello em choque com diversos grupos políticos é a liberação da lista de sócios, demanda de diversas correntes de oposição encabeçada pelo presidente da Assembleia Geral, Faues Mussa.
Fonte: Extra Online