Grupos políticos divulgam notas sobre os últimos acontecimentos do Vasco
Terça-feira, 21/01/2020 - 07:52
Princípio administrativo ferido, consequências sofridas

Os salários do Vasco estão em atraso há 16 meses. Há 16 meses atrasa-se o pagamento de salários no Vasco.

Um atleta sai do Vasco com valor de venda ou liberação entrando no clube e é cobrado, posteriormente, salários e gratificações enormes, do próprio atleta, alvo da venda, como ocorreu com Desabato (3 milhões de grana recebida pela venda).

Até o Anderson Martins, que recebeu sua rescisão, cobra o clube sem que o jurídico venha a público e esclareça, até baseando-se na própria fala do atleta à época. Cheguem-se a quem sabe que houve o pagamento e converse-se sobre.

Quem recebe salário e não é do futebol convive há quase um ano com a realidade de três, quatro meses de salários atrasados.

Ajuda de custo no Vasco é devida, dependendo de quem a receba, por seis, oito, nove meses.

É claro que ia dar nisso. No que está dando.

Todo mundo leu que o Vasco pôs 150 mil sócios novos no clube, todo mundo viu que o dinheiro serviria para pagar salários, dito pelo presidente do clube.

O meio esportivo sabe que o Vasco ficou impedido de inscrever jogadores até ontem, porque não conseguiu algo que é menos de 0,5% do seu orçamento para 2020.

O Vasco ficou devendo o pagamento do Profut por 10 meses, fica notório que compra e não paga (areia, gente!), acorda e não cumpre e ainda sofre revelia em vários processos, como neste inacreditável do não pagamento de areia.

Também é notório que foi o clube que mais demitiu funcionários sem pagar seus direitos (mais de 95% dos 300 não receberam suas verbas rescisórias de pronto).

Além disso, mais de uma centena executou o clube por não cumprimento de acordo via sindicato e há muitas pessoas na fila para verem suas execuções saírem.

O valor devido, por exemplo, para um funcionário que saiu com o clube devendo a ele 30 mil reais há 18 meses, pode hoje ultrapassar o triplo disso com execução, multas, juros, correção, etc…

Claro que isso chegaria onde está chegando.

O clube está sendo tocado de maneira completamente irresponsável e é assim desde o princípio, quando não cumpriu o princípio da continuidade administrativa com mais de 60 milhões limpos recebidos nos primeiros três meses de gestão (56 milhões limpos só do Paulinho).

A lógica perversa de largar o débito do passado, os acordos do passado, algo que ficou por pagar, que é a lógica distinta do que fez a gestão anterior, leva a isso.

O público vascaíno tem que cobrar isso. Que o gestor cumpra esse princípio, porque se não cumprir vai dar problema. Não há como não dar.

Pode demorar um ano, dois, três, mas vai dar problema.

A teimosia de bater em quem fez o certo e absolver quem levou o Vasco para esse buraco sem fundo é o maior prejuízo que o torcedor do Vasco dá ao clube.

Ele próprio tenta, tira do bolso, se movimenta, doa, faz campanha, participa de crowdfunding, quer resolver o problema, se associa, divulga, mas não consegue ir para o ponto central porque está viciado num discurso que deveria ter morrido quando o polo desse discurso morreu, ou nem começado se ele próprio enxergasse baseado nos fatos e não nas versões sobre eles criadas pelos detratores do clube.

Não há mal nenhum em reconhecer que aquilo era o certo (entrar pagar os salários atrasados obter certidões, cumprir acordos, tapar buracos deixados) e que o feito por essa gestão foi errado, que o feito pelo MUV era errado e que se faça um exame de consciência geral, sem inverter, buscar inverter, querer inverter uma lógica que é óbvia.

Você assume o clube pagando o que ficou para trás e é mais premente, cumprindo o acordado e equilibrando seus gastos dentro daquela realidade. E, na esmagadora maioria das vezes, não vai ter dinheiro da venda de um Paulinho para receber em três meses, como esse completo incapaz e sua equipe de planilhas recebeu em 2018.

E mais. A partir de 2021 a ordem é entrar quem capte, quem consiga mudar uma realidade que deveria ter sido modificada numa sequência lógica há mais de 10 anos, pois bastaria para o MUV dar continuidade ao trabalho de equacionamentos do clube, iniciado pós torniquete financeiro e de maneira definitiva em 2004, que já estava, portanto, no seu quarto ano quando chegamos a junho de 2008.

Mas a interrupção abrupta, com discursos de palanque, ações de picadeiro e soluções heterodoxas prevaleceu em nome de um posicionamento político e consequentes rebaixamentos moral, esportivo, financeiro e, por conseguinte, institucional do clube.

Pois é. Mas tinham que fazer diferente…

E na época era só continuar cumprindo o que se pagava, porque salários estavam em dia, acordos eram honrados, o clube não estava inundado em penhoras, como encontrado em 2014, vide receitas de bilheteira intactas, não havia título algum protestado, era partícipe do Ato Trabalhista, da Timemania, e funcionava.

Houve a troca de poder, a lição dada, mas quem sucede não aprende. Faz o mesmo, vai pelo mesmo caminho e um processo de reestruturação é jogado novamente no lixo agora para fazer política em cima de quem morreu (claro que não sabiam que ele iria morrer quando agiram da forma como fizeram nos primeiros meses de 2018).

Mas qual o resultado prático disso? O que se conseguiu com isso? Com ele, Eurico, vivo ou morto, o que adianta somente machucar uma gestão ou o gestor em detrimento do próprio clube? O que se ganha com isso?

Se não há reflexão, em nome da teimosia, haverá mais e mais prejuízos ao Vasco e todos vamos sofrer.

O princípio da continuidade administrativa é imperioso, já as soluções fora disso fadadas ao fracasso.

Sérgio Frias

Fonte: Casaca


O momento não permite medo, urge a transparência e a responsabilidade

O Torcedor Vascaíno que encerrou 2019 com a esperança de dias melhores e batendo o recorde brasileiro de sócios torcedores, ao abrir as portas de 2020 se deparou com uma realidade muito pior que o mais pessimista dos Vascaínos poderia imaginar.

A saída de bons quadros técnicos que trabalhavam voluntariamente, como o João Marcos Amorim e o Adriano Mendes, que deixaram de exercer as funções de VP de Finanças e VP de Controladoria, respectivamente, mais que disparar o sinal de alerta, é motivo de extrema preocupação com destino do Vasco.

Ainda juntos do presidente Alexandre Campello, ambos foram os responsáveis pelo orçamento do Clube apresentado no dia 26 de Dezembro, onde durante a reunião do Conselho Deliberativo o Presidente do Vasco se mostrava mais preocupado em articular votos para barrar a Comissão de Sindicância constituída com objetivo de avaliar a lista de sócios e suas respectivas aprovações.

Considerando que a peça orçamentária de 2020 foi entregue aos Conselheiros com apenas 12 horas de antecedência da reunião do Conselho Deliberativo citada no parágrafo anterior, os Conselheiros do Guardiões da Colina resolveram se abster de votar, por entenderem que documento da importância do orçamento anual exige avaliação detalhada, criteriosa, e técnica, e o tempo oferecido não era suficiente nem para uma leitura mais atenta, muito menos para análise cuidadosa.

Ao contrário do Guardiões, o presidente Campello aprovou a previsão orçamentária sem levantar um senão. Agora, para perplexidade geral, vem a público declarar que discordava das previsões, em especial dos gastos com o Departamento de Futebol, que só é o mais importante do Clube, sendo que ele acumula a pasta de VP de Futebol.

Essa não foi a primeira vez que discordaram ou, ao que parece, não se comunicaram. Esse desencontro e falta de comunicação, até então, não era visível aos olhos da Torcida Vascaína, parecia que tudo acontecia na mais perfeita integração e entendimento.

No dia 11 de Dezembro, após o fim do Campeonato Brasileiro e com a expectativa do pagamento dos salários dos funcionários, a bomba: Vasco deve PROFUT desde Fevereiro de 2019. Além do PROFUT, o Clube ainda não estava honrando seus compromissos relacionados aos acordos feitos um ano antes, pela mesma gestão, pelas mesmas pessoas. Alguém estava falhando.

Como sempre tivemos abertura, confiança e diálogo com alguns membros da liderança do grupo Desenvolve Vasco, procuramos nos informar antes de nos posicionar e aguardar o posicionamento daquele Grupo.

Ontem, 16 de Janeiro, após vídeo do presidente Alexandre Campello, no qual ele não esconde que diverge do orçamento apresentado, ignora o assunto PROFUT, destaca apenas a situação dos jogadores, sem dedicar um segundo sequer aos funcionários da instituição, a exemplo do que fez durante os últimos dois anos, a Desenvolve Vasco anunciou que igualmente ao João Marcos não faz mais parte da base de apoio do Presidente. Mas, esperamos mais.

Segundo informações do próprio Adriano Mendes, a Tesouraria liberava o pagamento da parcela do PROFUT, o que dentro da normalidade representaria a manutenção da adimplência. Contudo, para surpresa de todos, ai incluído a Controladoria, veio a notícia que havia 10 parcelas em atraso.

Ora, se de fato os membros que estavam à frente da Controladoria do Vasco não sabiam que o recurso liberado para pagar o PROFUT não chegava ao destino determinado, é fundamental saber onde foi parar esse dinheiro liberado? Honrou qual compromisso? Quem alterou seu destino? Por qual razão? Não menos importante, muito pelo contrário, é saber com qual recurso o Presidente pagou as luvas da contratação do atacante German Cano? Houve esse pagamento? Qual a quantia?

Com a seriedade que o momento exige e a transparência que o torcedor merece, temos como certo que a questão relacionada ao PROFUT muito em breve será esclarecida em detalhes perante o Conselho Deliberativo do Clube.

Parafraseando um post do grupo Desenvolve Vasco no dia 07 de Dezembro passado, uma ótima canção do grupo O Rappa: "Podem os homens vir que não vão nos abalar. Os cães farejam o medo, logo não vão me encontrar".

Estaremos mobilizados para recolher as 60 (sessenta) assinaturas necessárias para que as devidas explicações sejam dadas no Conselho Deliberativo, após a reunião sobre a Reforma do Estatuto, pauta já pré-agendada no fim de 2019.

O momento não permite medo, urge a transparência e a responsabilidade com Club de Regatas Vasco da Gama.

Fonte: Facebook Guardiões da Colina


Templários Do Almirante

NOTA SOBRE A REFORMA DO ESTATUTO

Em face da atual condição da administração da Diretoria Administrativa, entendemos adequado que todos os atores políticos do Vasco da Gama tenham agenda única em torno de pontos convergentes e necessários para promover as mudanças para o Club.

Não obstante, também entendemos que essa Agenda deve evoluir preliminarmente em pelo menos um ponto fundamental da Reforma do Estatuto, qual seja, o de que NÃO seja alterada, nem mesmo para o período posterior a 2023, a atual condição dos elegíveis: 5 anos de vida associativa.

Com efeito, ao estabelecer que somente serão elegíveis (i) os candidatos a conselheiro que tenham 8 anos de vida associativa e (ii) os candidatos a presidente que tenham 8 anos de vida associativa e um mandato de conselheiro, a Reforma do Estatuto do Vasco está, de um lado, fechando o clube para uma série de novos nomes que poderão contribuir para o futuro do nosso amado Club e, de outro lado, circunscrevendo as soluções do Vasco às pessoas que já vivem ou um dia já viveram a experiência de ser conselheiro.

Por todo o exposto, respeitosamente, na qualidade de representante de centenas de sócios estatutários do Club de Regatas Vasco da Gama, rogamos que, por ocasião da Reforma do Estatuto, essa questão seja destacada e, então, que seja mantida atual condição dos elegíveis: 5 anos de vida associativa.

Saudações Vascaínas,

Templários do Almirante

Fonte: Facebook Templários do Almirante


Custa caro? Pode sim, menos no futebol!!!!

Essa atual gestão do CRVG sempre bateu no peito para falar sobre contenção de despesas, de que tudo era levado à ferro e fogo no intuito de economizar o que fosse possível. Mas o fato é que empresas do nível de KPMG (consultoria financeira), TOTVS (ERP), Grant Thornton (contabilidade) e BDO (auditoria) estão entre as mais onerosas do mundo. A consultoria financeira de classe mundial fez o que para resolver os problemas dos atrasos sucessivos? Pelo visto pouco pois com o 4º. mês de atraso bate-se mais um recorde negativo. O sistema de ERP fez o que para melhorar a quantidade de processos trabalhistas? Os relatórios contábeis continuam frágeis, basta entregá-los para um contador de bom nível que ele apontará uma dezena de erros inaceitáveis em menos de 3 minutos......

Como agravante, vemos mais um desmanche na diretoria administrativa, com outros 4 nomes deixando por livre e espontânea vontade a gestão. Se não chegam a 20 pessoas que não completarão a gestão, será praticamente isso. Várias VPs estão vagas há muito tempo. Já passou da hora do Conselho Deliberativo agir com o Estatuto em mãos.

E não vamos que não vamos!!!!

Fonte: Facebook Pró-Vasco


NOTA OFICIAL
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Membros da Confederação Vascaína presenciaram na social, durante o jogo Vasco x Bangu, no dia 19/01/2020, duas bandeiras que faziam referência ao vereador da cidade do Rio de Janeiro Alexandre Isquierdo e ao presidente da diretoria administrativa Alexandre Campello.
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A Confederação Vascaína repudia com veemência tais fatos, diante dos seguintes motivos:
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Com relação à bandeira do vereador, além de configurar campanha eleitoral antecipada e, portanto, ato ilícito, a Confederação Vascaína entende que o Vasco e o nosso estádio não deve servir de palanque político para quem quer seja.
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Além disso, a bandeira ostentava a infeliz descrição do vereador como "o homem do CT". Nunca é demais recordar que os verdadeiros homens e mulheres do CT são os milhares de vascaínos e vascaínas que arrecadaram, até o momento, mais de 3 milhões de reais em doações.
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Quanto à bandeira do presidente Alexandre Campello, também entendemos pela impossibilidade de utilização da máquina administrativa do clube para campanha pessoal visando as eleições internas de novembro. Mais do que isso, o art. 137 do Estatuto Social veda consagrações pessoais dentro do clube a sócio vivo, em especial a membro de Poder. Devemos ressaltar que não é possível que o presidente Campello afirme que não possuía conhecimento das bandeiras, uma vez que elas foram expostas em frente ao setor social, bem como há vídeos circulando em redes sociais do presidente junto às bandeiras antes do jogo.
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Diante do exposto, a Confederação Vascaína informa que adotará as seguintes providências:
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(i) encaminhará às autoridades eleitorais todos os vídeos do ocorrido; e
(ii) provocará o Conselho Deliberativo a fim de solicitar apuração de eventuais infrações estatutárias, em especial do art. 137, a identificação dos responsáveis e as respectivas punições estatutárias.
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#PorUmVascoParaTodos

Fonte: Facebook Confederação Vascaína


Sujeira pra debaixo do tapete (dos outros)

Talvez tenha sido a última das debandadas dos magos, gênios e expertos que diziam colocar as finanças do Vasco nos eixos, estabilizando o caixa e deixando o clube finalmente em posição de igualdade competitiva, sob o ponto de vista financeiro, com outros clubes do Brasil.

Tamanho o texto do senhor que justifica sua saída, em nada muda o seguinte fato: das sabotagens eleitoreiras que impediram o cumprimento das obrigações a vencer no fim de 2017 até o dia de hoje, nenhum passo foi efetivamente dado. Aquelas histórias de desculpas, culpando a outros (agora chegamos a culpar na própria gestão) e alegando ter a solução debaixo do braço, seguem como principal bandeira daqueles que já almejam o pleito no fim de 2020.

Recebemos, pois, neste feriado de São Sebastião, um texto longo, tentando justificar tanto a saída quanto a situação financeira atual. Mesmo sendo extensa, a justificativa omite pontos cruciais e se contradiz na própria estratégia, deixando pegadas da incompetência, que hoje tenta jogar pras pessoas que restam na Diretoria Administrativa, mas que deveriam honrosamente ser divididas em sua culpa, pois hoje não pagamos, quando pagamos, não sabemos a quem, e, pra piorar, tememos o rebaixamento em pleno janeiro.

Vamos então colher alguns trechos que mostram claramente que os que lá estavam faltavam em competência da mesma forma que falta nos que lá estão. Profissionais que levam suas planilhas e cartilhas debaixo do braço, sem compreender a realidade e particularidade de uma instituição, querendo impor métricas que não se sustentam em um clube de futebol como o Vasco. Frise-se, não queremos com isso insinuar que as métricas e regras não devam ser inseridas na administração do clube, mas elas devem ser completamente aderentes à sua realidade.

Pois bem, vamos começar com essa frase sem sentido:

aceitei (o convite) com uma única condição: a obediência fiel a um Projeto de Recuperação Econômica e Institucional do Vasco da Gama, de duração de médio prazo, cerca de 6 anos, formulado por mim, Horácio Júnior, o próprio Presidente e outros vascaínos.

Então a pessoa, que foi da chapa amarela e se juntou com a verde na bacia das almas pra derrotar a chapa de Eurico Miranda, resolve aceitar o convite com condição de que se respeite um projeto escrito por ele e pelo próprio presidente (de outra chapa) que o convidou? Ora, é claro que esse tal projeto, se é que existiu dessa forma, foi elaborado depois da eleição. Ou seja: nunca tiveram plano ou projeto algum. Tudo na bicuda de sempre, culpando o passado quando desse errado.

Logo em seguida, já deixa um veneno cair nas empresas contratadas. Vamos citar alguns:

- Consultoria financeira: a empresa não volta a ser mencionada no imbróglio financeiro que surge ao longo do relato. Falta gravíssima é justificar a conduta financeira do clube sem mostrar o que propôs a consultoria. É mais um dos buracos deste pronunciamento;

- Um sistema de gestão e informação (o ERP que tanto o Presidente falou na época sua implementação) deveria ter bloqueios sistêmicos que prevenissem qualquer transação sem a aprovação das Finanças (vamos voltar a esse ponto); mostrando que ou é pra inglês ver, ou tem alguém divulgando inverdades na questão.

Pra quem tentou se associar (ou mesmo pra quem já é sócio) não precisamos falar da reestruturação do setor de cobrança e do Programa de Sócios, afinal, a lisura desse processo foi tão questionada, com propostos tendo suas associações atrasadas (talvez com fins eleitoreiros), carteirinhas não emitidas, acessos não permitidos na Secretaria (o Fuzarca já evidenciou meses atrás). Portanto, não basta colocar um nome bonito na ação como "Reestruturação do Setor de Cobrança, que administra o Programa de Sócios Estatutários do Clube". Tenha respeito pelos sócios, porque tal programa, como vários outros implementados nessa gestão são dignos de vergonha absoluta.

Chegam em 2018 e dizem o seguinte, como grande ato realizado:

Revisão dos processos em todo o Clube, principalmente a centralização das compras e maior controle dos estoques

Não quero desanimar, mas lá no fim do texto, vão dizer que a contratação de técnico e jogador não tiveram comunicação prévia ao Departamento Financeiro. Daí podemos observar que contratação, sobretudo de grandes valores, deveria ser um processo crucial no clube, com controles implementados de forma a dar razoável garantia sobre seu cumprimento. Isso que dizer, logicamente, que essa tal revisão, no mínimo, não foi bem executada.

Quer mais uma de 2018? Segura essa:

Levantamento e Renegociação das dívidas, com grande ganho financeiro.

No fim do ano de 2019, a expectativa com a premiação do Campeonato Brasileiro e a injeção de recursos provida pelo torcedor via programa de sócios, era de que todos os atrasados seriam pagos. De repente, chuvas de penhora em virtude de negociações não pagas começaram a aparecer, engessando e impossibilitando o pagamento das obrigações com nossos funcionários e atletas atuais. Portanto, seja lá o que levantaram, não foi bem feito. O que foi renegociado não foi pago, e o grande ganho financeiro, bem… deixa pra lá.

Vale lembrar que, em vários pontos da cronologia, identificou-se a necessidade de contrair alguns empréstimos, como de R$ 40 Milhões em 2018 e outros R$ 40 Milhões no orçamento de 2020. Estes empréstimos (esperamos, rezamos para que) devem ser para pagar dívidas. Portanto, olho no recorrente discurso do presidente quando diz que pagou "X" milhões de dívidas. Muito provavelmente (digo provavelmente porque a documentação suporte não costuma ser entregue) estes empréstimos são para pagar dívidas próximas ao vencimento (novamente, se é que pagam), gerando novas dívidas. A dívida em si, portanto, não é paga de fato.

Continuando, juntaram 6 especialistas em orçamento e traçaram um grande superávit. No entanto, restringiram o orçamento do futebol para R$ 3,3 Milhões mensais. Esses especialistas, sabedores de que tiveram que alocar R$ 4 Milhões mensais no ano anterior para se salvar do rebaixamento, bateram o pé nessa cifra. Ainda pior, considerando que R$ 1,5 Milhão já está comprometido com jogadores que não serão aproveitados. Ora, bateram o pé com o presidente de que terão time pra disputar o Brasileiro de 2020 com folha de R$ 1,8 Milhão e saíram pela divergência?

Basta fazer as contas: com o histórico, se essa história toda for verídica, os gênios das finanças colocaram o presidente em uma sinuca de bico. Em um superávit projetado do tamanho que foi (mais de R$ 100 Milhões), não havia razão para estrangular o orçamento do futebol, ainda mais considerando a Sulamericana como aposta para esse ano. Não há justificativa para a saída diante da necessidade de aumentar o orçamento no ponto nevrálgico do clube.

No fim do túnel, foi dito o que há muito tempo o Fuzarca afirma: investir na base é a chave para o sucesso. Temos que investir mais e mais, para aí sim, possamos nos dar ao luxo de não pensar em contratações em posições problemáticas; temos como suprir com nossos próprios atletas. Só assim poderemos cumprir com esse objetivo (ansioso nesses gestores) de preencher o elenco com a base.

Mesmo com essa longa explicação, pontos cruciais foram omitidos, como o Profut, não pago até então, e a devida priorização de pagamentos, que deveria não só ser exposta, mas como devidamente formalizada ao Conselho Fiscal. Sobre as sonegações, paira a questão sobre de quem partiu a decisão de não pagar. Além disso, quem teria estado de acordo e a quem foi omitida a informação. Impossível que Finanças e Controladoria tenham sido privados dessa informação tão crucial para as finanças do Vasco. Desse fato, quase todos os outros pontos de controle e processo, mencionados nos parágrafos acima, caem por terra.

Diante desse desfile de contradições, é muito fácil sair culpando atual e antigas administrações, maquiando a cronologia dos fatos para responsabilizar a Diretoria atual pela situação cada vez pior em que o Vasco se encontra. Mas basta uma pequena leitura crítica que vemos ambos os lados igualmente responsáveis e culpados por tal calamidade.

Fuzarca!

Fonte: Fuzarca