Feliz Tintas teve alcance de 5 milhões em 48 horas após promessa de doação para o CT; dono é botafoguense
Na semana passada, o UOL Esporte trouxe à tona a história da palmeirense que decidiu se associar ao Vasco na fenomenal onda de adesão ao clube. Este, porém, não foi um caso isolado de um torcedor de outro time que ajudou na associação em massa cruzmaltina. O empresário Cleiton Silva, de 39 anos, por exemplo, foi outro que seguiu uma linha parecida. Botafoguense, ele lançou um desafio aos vascaínos e, como a meta alcançada, fará uma grande contribuição ao centro de treinamento do clube que está sendo construído.
Dono da "Feliz Tintas", ele prometeu que, caso fosse atingida à meta de 150 mil sócios, doaria toda a tinta necessária na obra do CT do Vasco.
Com experiência no ramo da Tecnologia da Informação (TI), ele foi visionário ao ver que no fenômeno da multiplicação dos sócios estava uma oportunidade de divulgar sua marca.
"Na segunda-feira, entrei no Twitter e vi o 'Associa Vasco'. Eram duas, três mil associações em um curto espaço de tempo. Isso mostrava que a torcida estava engajada. Pouco depois chegaram aos 50 mil sócios e já na sexta-feira aos 100 mil, algo assim. Então, criei a conta no Twitter e fiz a promessa de que, se o Vasco chegasse aos 150 mil sócios, eu doaria a tinta necessária para o CT. Eu fiz para ajudar a divulgar a marca e foi uma das decisões mais acertadas que eu já tive. Em 48 horas, nosso alcance, somando todas as redes sociais, chegou a cinco milhões, o que é um ótimo número", destacou ao UOL Esporte.
O empresário admite que ficou surpreso com a repercussão de seu desafio, mas garante que conseguirá dar conta no suporte da pintura:
"Depois que eu fiz a promessa, cheguei a pensar: 'Caramba, onde foi que eu me meti?' (risos). Porque eu não tenho total noção do projeto do CT, mas, pela experiência que eu tenho com grandes projetos, tenho noção do quanto é necessário para um projeto como esse."
Cleiton revelou que a proporção de seu desafio foi tão grande que fez com que o próprio Vasco o procurasse para saber se, de fato, procedia a promessa.
"Na segunda-feira de manhã, um diretor de patrimônio do Vasco ligou para a loja. Eu não estava, mas depois retornei e falei: 'Você quer saber se é verdade ou mentira, né? É verdade. Não é fake, não (risos)", brincou o empresário.
Mas afinal de contas, e o seu Botafogo? Nunca pensou em ajudar? O empresário garante que sim, que chegou próximo de ser um patrocinador do clube, mas as conversas não caminharam:
"Sou um botafoguense apaixonado. A Feliz Tintas é uma empresa nova do grupo. Em 2017, eu cheguei a sentar com o Botafogo e alinhamos algumas coisas. Só que, com o Botafogo, seria patrocínio mesmo. Andou bem, mas, ao fim do ano, acabou não acontecendo. Continuo apaixonado pelo clube, isso não muda. Mas paixão é uma coisa, e outra são os negócios".
Até o fechamento desta reportagem o Vasco já tinha passado dos 163 mil sócios. O clube é o líder do ranking entre os clubes das Américas.
CT não precisará de grande demanda de tinta
Embora o propósito seja o de bancar a pintura do CT, o Vasco não precisará de uma grande demanda de tinta para o local.
Vice-presidente de Obras de Engenharia, Pedro Seixas confirmou as conversas com a "Feliz Tintas" e detalhou para onde o clube quer encaminhar a maior parte da doação.
"Pelo nosso projeto, não iremos precisar de uma grande demanda de tinta para o nosso CT. Nossa ideia, então, é encaminhar a doação das tintas para São Januário", disse ao UOL Esporte.
O dirigente revelou ainda que a campanha de associação em massa acabou ajudando a tiracolo o financiamento coletivo do centro de treinamento.
"Como efeito colateral, teve um aumento das contribuições ao CT na última semana. Teve um impacto positivo", declarou.
Seixas admitiu ainda que a visibilidade da campanha de associação fez com que outras empresas, além da "Feliz Tintas", se aproximassem do Vasco para possíveis doações. "Estamos conversando e iremos divulgar na hora certa", ressaltou o vice-presidente.
O Vasco tem avançado no aterramento do terreno situado em Jacarepaguá (zona oeste do Rio) e agora em dezembro avançará na construção dos muros. A questão dos deslocamentos das famílias que hoje moram próximas ao local está sendo resolvida pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
Fonte: UOL