O ex-lateral Coronel, considerado um dos melhores marcadores de Garrincha pelo próprio ponta-direita, faleceu na madrugada desta quinta-feira, aos 84 anos. Antônio Evanil Silva estava internado no Hospital São Francisco de Assis, em Porto Real (RJ).
Coronel defendeu o Vasco de 1952 a 64. Durante boa parte desse período, o lateral-esquerdo teve uma missão bem complicada nos clássicos diante do Botafogo: marcar o ponta-direita alvinegro. E quem usava a camisa 7 era simplesmente Garrincha, bicampeão mundial com a Seleção em 58 e 62.
São famosas as imagens de Mané driblando Coronel e voltando com a bola para fazer novamente a jogada. Ou fingindo que tentaria o drible, passando pé sobre a bola e voltando. O vai-e-vem de Garrincha e o movimento idêntico de seu marcador de avanço e recuo, de tão sincronizados que eram, pareciam até uma dança.
- Eu tentava (marcar o Garrincha). Quando eu não conseguia, eu segurava. Não havia cartão amarelo. Eu parava o jogo (...) Para não dar um pontapé no maior ponta-direita de todos os tempos. Eu iria me sentir mal se o Garrincha deixasse de participar da próxima partida machucado por mim (...) Era quase impossível marcar o Garrincha. Era um sonho - afirmou o ex-jogador em entrevista ao Globo Esporte em 2012.
Pelo Vasco, o lateral-esquerdo foi campeão carioca em 1956 e 58. Neste último, ajudou o time da Cruz de Malta a superar o Botafogo de Garrincha e o Flamengo de Joel (também ponta-direita campeão mundial na Suécia) após dois triangulares finais (o super-super campeonato).
Além do Vasco, jogou pelo Náutico, Ferroviária (SP) e Union Madallena (Colômbia), pelo qual encerrou a carreira em 1971.
Coronel defendeu a seleção brasileira em oito partidas. Estreou em 1959, participando do Campeonato Sul-Americano daquele ano.
Fonte: Blog Memória EC - GloboEsporte.com