Com mais de 24h desde que veio a público a suspeita de que o Vasco escalou irregularmente o atacante Clayton no Brasileirão, a postura da procuradoria do STJD é de não se movimentar para montar uma notícia de infração contra o clube. O GLOBO apurou que o assunto só entrará em discussão no Tribunal se algum clube, na condição de terceiro interessado, levar a pauta à corte.
Os clubes, por outro lado, ainda acompanham a situação de longe. Não há, por ora, quem tome à frente para sugerir a punição ao Vasco. O cenário pode mudar ao término do Brasileirão, já que a suposta infração não estaria prescrita.
O dia seguinte à viralização do caso foi de ligações telefônicas e contatos pessoais entre o Vasco, CBF e militantes do direito desportivo. A tranquilidade vascaína encontra eco na CBF. A visão da entidade é a de que não há irregularidade, mesmo com Clayton tendo sido relacionado em partidas de Bahia, Atlético-MG e Vasco. O atacante, de fato, entrou em campo pelo tricolor baiano e pelo cruz-maltino.
O entendimento é que o espírito dos dispositivos jurídicos em vigor - especificamente o artigo 46 do Regulamento Geral de Competições - tem como objetivo um cenário no qual a um jogador seja permitido registro por três clubes diferentes, mas só possa atuar por dois. E por atuar entende-se entrar em campo.
Há ainda uma onda em defesa da integridade esportiva das competições, o que deixa auditores dispostos a votarem pela perda de pontos só em casos cristalinos de escalação irregular.
Fonte: O Globo Online