Feminino: Assistente sofreu ato racista durante clássico diante do Fluminense; Vasco buscou identificar agressora
FERJ @FFERJ
A @FFERJ repudia e lamenta o comportamento preconceituoso no jogo @VascodaGama x @FluminenseFC pelo Campeonato Carioca Feminino, no último sábado. A assistente Paola Rodrigues sofreu ato racista. O caso será encaminhado ao TJD-RJ. Futebol é união, inclusão, comunhão... Basta!
Fonte: Twitter da FFERJ
Confira trecho da súmula da partida:
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Fonte: NETVASCO (texto), FFERJ (súmula)
Ato de racismo é registrado em Vasco e Fluminense, pelo Carioca Feminino
Um ato de racismo foi registrado durante o clássico entre Vasco e Fluminense, no último sábado, pela semifinal do Campeonato Carioca Feminino. De acordo com a súmula da partida, Paola Rodrigues, assistente número 2 do jogo, foi chamada de "macaca", além de outros xingamentos, por uma torcedora cruz-maltina que não foi identificada.
Segundo relato do árbitro Alexandre Cardoso Rodrigues Júnior, a organização da partida e a equipe de segurança do Vasco foram acionadas para tirar um grupo de torcedores que estava em uma arquibancada próxima à assistente. A partida foi brevemente paralisada quando do ato racista, a pedido de Paola.
"Aos 19 minutos do primeiro tempo, minha assistente nº 2, srª Paola Rodrigues José, me chamou para afirmar que foi chamada de 'macaca' por uma integrante da torcida do Vasco. Além disso, [ouviu] outras ofensas, porém, [a torcedora] não pôde ser identificada. Ato continuou com a paralisação para a parada técnica. O delegado da partida agiu juntamente com a segurança do Vasco, retirando todos os torcedores da arquibancada atrás da assistente. Desde a informação passada aos responsáveis do Vasco, o clube buscou identificar a torcedora, fez o possível para ajudar e deu todo o amparo necessário"
Os torcedores, então, foram retirados do local e direcionados a uma arquibancada atrás de um dos gols. Ninguém foi detido. A Polícia Militar estava presente no local, bem como representantes da Polícia Civil.
Em nota, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) repudiou o ato e afirmou que o caso será levado ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ).
"A FERJ repudia e lamenta o comportamento preconceituoso no jogo Vasco da Gama x Fluminense pelo Campeonato Carioca Feminino, no último sábado, no estádio Nivaldo Pereira, em Austin.
A assistente Paola Rodrigues sofreu ato racista. O caso será encaminhado ao TJD-RJ. Futebol é união, inclusão, comunhão... Basta!"
O Fluminense venceu o primeiro duelo, que aconteceu por Nivaldo Pereira, por 3 a 2. O segundo encontro, em Laranjeiras, acontece no próximo dia 3.
Fonte: UOL
Carioca Feminino: assistente sofre injúria racial em Vasco x Fluminense, e caso vai para o TJD-RJ
O clássico entre Fluminense e Vasco do último sábado, pelo Campeonato Carioca Feminino, foi manchado por um ato de racismo. A assistente número 2 do jogo, Paola Rodrigues, foi xingada - entre outras coisas - de "macaca" por uma torcedora cruz-maltina, que ainda não foi identificada.
O caso foi registrado na súmula do jogo pelo árbitro Alexandre Cardoso Rodrigues Junior. Para interromper os xingamentos à bandeirinha, a organização da partida e a equipe de segurança do Vasco tiveram que tirar os torcedores da arquibancada próxima à assistente.
O que diz a súmula
"Aos 19 minutos do primeiro tempo, minha assistente nº 2, srª Paola Rodrigues José, me chamou para afirmar que foi chamada de 'macaca' por uma integrante da torcida do Vasco. Além disso, (ouviu) outras ofensas, porém, não pôde ser identificada. Ato continuou com a paralisação para a parada técnica. O delegado da partida agiu juntamente com a segurança do Vasco, retirando todos os torcedores da arquibancada atrás da assistente. Desde a informação passada aos responsáveis do Vasco, o clube buscou identificar a torcedora, fez o possível para ajudar e deu todo o amparo necessário".
Em rede social, a Ferj repudiou o episódio. A entidade informou que encaminhou o caso ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ). À reportagem, a Procuradoria-Geral da entidade informou que já está ciente e analisa o episódio.
No âmbito esportivo, a punição ao racismo está prevista tanto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva quanto no Código Disciplinar da Fifa. No CBJD, o artigo 243-G prevê pena de 5 a 10 partidas se o ato for praticado por atleta ou membro da comissão técnica. Se o infrator for outra pessoa, o tempo de exclusão pode ser de 120 a 360 dias. Além de multa de R$ 100 a R$ 100 mil. O clube também pode perder os pontos de uma partida se o crime for cometido por um grupo de torcedores.
Neste ano, a Fifa atualizou o Código Disciplinar para dar mais poder aos árbitros na luta contra o racismo. O juiz pode paralisar, suspender ou até mesmo decretar derrota ao time infrator em casos de racismo. Há duas semanas houve o primeiro caso de alcance global: a goleada de 6 a 0 da Inglaterra sobre a Bulgária, pelas Eliminatórias para a Eurocopa, foi interrompida por conta do preconceito de torcedores búlgaros.
Em campo, o Vasco recebeu o Fluminense no estádio Nivaldo Pereira e perdeu por 3 a 2, pelo jogo de ida das semifinais do Campeonato Carioca Feminino. A partida de volta está marcada para o próximo domingo, em Laranjeiras. O vencedor decide o título com Botafogo ou Flamengo, que estão do outro lado da chave.
Fonte: GloboEsporte.com