Vascaíno, vereador Zico propõe lei para proibir o uso do VAR em jogos organizados pela FFERJ
O vereador Zico (PTB-RJ) quer proibir o uso do árbitro de vídeo em partidas organizadas pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). Um projeto de Lei de sua autoria publicado hoje do Diário Oficial da Câmara Municipal propõem que a arbitragem não tenha qualquer contato com vídeos durante os jogos e estipula uma multa de R$ 250 mil para quem descumprir a norma. O valor arrecadado deve ser destinado para o Fundo Municipal de Defesa do Consumidor.
A justificativa para suspender o uso da tecnologia seria o fato do VAR "não estar contribuindo para a melhora do futebol, apesar de ser uma tecnologia muito cara". O político aponta na proposta que o árbitro de vídeo tem causado "interrupções demoradas, fazendo com que o ritmo das partidas seja alterado" e acrescenta: "quem perde é o torcedor, o público que paga para assistir ao espetáculo. Temos que registrar também os julgamentos incoerentes e duvidosos que fazem com que a tecnologia, que deveria vir para somar, subtraia a alegria do torcedor". Para Zico, a proposição visa "devolver ao juiz da partida o poder de decisão sem a ajuda de um computador".
O projeto foi devolvido para ao autor pelo presidente da Casa, vereador Jorge Felippe (MDB-RJ). Ele argumentou que a proposta de Zico não é competência da Câmara Municipal.
Nesta semana, o Flamengo condenou a atuação da arbitragem de vídeo após a partida contra o Athetico-PR, em Curitiba, no último domingo. Em nota, o clube classificou a atuação dos juízes como "desastrosa". No empate contra o Grêmio na semifinal da Libertadores no início do mês, o Fla também teve três gols anulados pelo VAR. Confira o comunicado:
"O Clube de Regatas do Flamengo lamenta ter que se posicionar a respeito da arbitragem do Campeonato Brasileiro. Acreditamos que reclamações por parte de qualquer diretoria mancham a imagem do campeonato e, por isso, vínhamos adotando como postura não nos manifestarmos depois de cada jogo, apesar de já termos presenciado várias situações que, ao nosso ver, prejudicaram claramente nossa equipe. Não podemos, porém, nos calar após o acontecido na partida de hoje. A coincidência temporal entre a pressão pública feita por diretorias de concorrentes ao título e o ocorrido em campo no jogo contra o Athletico Paranaense nos preocupa muito. A atuação da arbitragem, tanto no campo quanto no VAR, foi desastrosa e muito prejudicial ao Flamengo. Esperamos que episódios como esses não voltem a ocorrer, especialmente no dia 23, quando o árbitro de hoje estará envolvido novamente em uma partida importantíssima. Uma arbitragem isenta e de alto nível: isto é que o futebol brasileiro deseja e precisa."
Fonte: Extra Online
Vereador que propôs proibir uso de VAR se explica: 'Estão acabando com a alegria do povo'
O vereador Zico (PTB-RJ) apresentou no dia 8 de outubro um projeto de Lei que veta o uso do VAR em partidas organizadas pela Federação de Futebol do Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). O documento prevê multa de R$ 250 mil em caso de descumprimento e o valor arrecadado destinado ao Fundo Municipal de Defesa do Consumidor. Porém, não foi à frente inicialmente.
Neste quarta-feira, o Diário Oficial do Poder Legislativo do Município do Rio de Janeiro publicou que o projeto foi devolvido para ao autor pelo presidente da Casa, vereador Jorge Felippe (MDB-RJ). Ele argumentou que a proposta de Zico não é competência da Câmara Municipal. Nada que impedisse o assunto de virar polêmica.
A reportagem entrou em contato com o vereador, que teceu críticas à ferramenta e explicou a criação da Lei. Para ele, o árbitro central está perdendo revelância dentro do futebol e os excessivos minutos de acréscimos interferem diretamente no consumidor.
— Estão querendo acabar com a alegria do povo. O futebol é a alegria do povo. As pessoas entram no estádio sem saber a hora que vão sair. Não sabe também a hora que se pode comemorar o gol. Só Deus sabe quem decide agora. Se não precisa mais de árbitro, coloca um drone ali, um robô ou qualquer outra coisa — declarou.
— Minha motivação foi um jogo que tiveram que dar acréscimos de 16 minutos. Daqui a pouco não vamos poder marcar para sair com os nossos filhos e familiares após o jogo por causa do VAR — conta Zico, que ainda acredita que, caso a proposta seja aceita, entrará em vigor à partir do Campeonato Carioca de 2020.
— Por ser vereador do Rio de Janeiro, só posso legislar por aqui. O projeto tem que passar na mesa diretora, depois comissões, depois para a Plenária... Apresentei o projeto no dia 8, isso tudo está sendo conversado, não se te informar quanto tempo que vai durar. Posso te informar que foi dada entrada. A intenção é que seja utilizada para o Campeonato Carioca de 2020.
No documento, Zico justifica a suspensão do uso da tecnologia por "não estar contribuindo para a melhora do futebol, apesar de ser uma tecnologia muito cara". Ele também que o árbitro de vídeo tem causado "interrupções demoradas, fazendo com que o ritmo das partidas seja alterado" e completa: "quem perde é o torcedor, o público que paga para assistir ao espetáculo. Temos que registrar também os julgamentos incoerentes e duvidosos que fazem com que a tecnologia, que deveria vir para somar, subtraia a alegria do torcedor".
Fonte: Extra Online
Tony Vendramini @tonyvendramini
Vivi hoje uma das situações mais engraçadas da minha carreira. Fui entrevistar o Zico, vereador que apresentou PL pedindo a proibição do VAR em jogos na cidade. No final da entrevista, não resisti e perguntei:
-Vereador, fala a verdade.... Você apresentou esse projeto movido pelo coração porque o Flamengo está no meio da polêmica. Reclamou muito do VAR esta semana....
A resposta dele me deixou completamente desconcertado:
- Pô, eu sou Vasco...
Assim que ele respondeu, comecei a gargalhar...
Fonte: Twitter do jornalista Tony Vendramini