Alexandre Campello fala sobre encontro de presidentes de clubes com a diretoria do Grupo Globo
Presidentes de quase 40 clubes das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro se reuniram nesta sexta-feira com a diretoria do Grupo Globo, em São Paulo. Na pauta, uma avaliação do primeiro ano do contrato de transmissão do Campeonato Brasileiro (que vai de 2019 a 2024) e a discussão de planos em conjunto para o futuro.
O diretor de Gestão do Futebol do Grupo Globo, Fernando Manuel Pinto, mostrou aos dirigentes números de audiência do futebol brasileiro em 2019:
123 milhões de pessoas assistiram aos jogos da Copa do Brasil
106 milhões de pessoas viram os jogos da Libertadores até as quartas de final
140 milhões de pessoas assistiram aos jogos do primeiro turno do Campeonato Brasileiro
Para o executivo, o encontro foi uma oportunidade para ouvir os dirigentes dos clubes e também compartilhar a visão da empresa sobre os negócios e a parceria no primeiro ano de um novo ciclo contratual.
– Talvez tenha sido a maior reunião de clubes que já promovemos. O Futebol Brasileiro, os clubes em si, são parceiros estratégicos do Grupo Globo. Temos um diálogo frequente com todos, embora nem sempre seja possível organizar um fórum tão amplo.
Os presidentes dos clubes que participaram da reunião também comentaram o resultado do encontro.
– Eu acho que o futebol brasileiro, pela primeira vez, está começando a ser repensado. Está crescendo e tomando a proporção que ele merece. Não adianta fazer futebol e sofrer, não ter recursos, não ter como pagar as contas. Todo o esforço está em melhorar a legislação, investir em infra-estrutura, melhorar o produto – disse o presidente do América-MG, Marcus Salum, ao fim do encontro.
Para o presidente do Vasco, Alexandre Campello, o encontro foi "produtivo, porque ajudou a reduzir o distanciamento" que antes havia entre as duas pontas, a dos clubes e a de quem faz o futebol chegar até a casa dos torcedores.
– Houve uma provocação no sentido de trabalharmos juntos, nos aproximarmos mais e dialogarmos mais – disse Campello.
Um dos objetivos desse trabalho em conjunto é o combate à pirataria -- tanto de conteúdo quanto de produtos licenciados. Estima-se que quase 11 milhões de residências no Brasil usem algum tipo de recurso pirata para acessar ilegalmente conteúdos pagos.
– Nós temos que trabalhar todos juntos nessa direção, mídia, clubes, segurança pública, para barrar as empresas e os produtos ilegais. É uma fonte importante de recursos, que acabam não chegam aos clubes – declarou o presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte.
Vale lembrar que 2019 é o primeiro ano do novo modelo de divisão dos recursos do contrato de transmissão do Campeonato Brasileiro da Série A: 40% dos valores são pagos igualmente entre os 20 clubes; 30% de acordo com a classificação ao final do torneio e outros 30% pelo número de exibições na TV Globo e no Sportv.
Nas transmissões do Premiere, plataforma paga dos jogos do Brasileirão no Grupo Globo, o total pago é dividido de forma proporcional à base de torcedores que assinam o serviço.
– Este tem sido, acima de tudo, um ano de desafio e aprendizado para todos. O Novo Modelo 2019-2024 de fato traz profundas mudanças na forma como contratamos os direitos da Série A e na distribuição dos recursos entre os clubes, introduzindo maior equilíbrio e meritocracia esportiva e comercial. Pela primeira vez no Brasil, é um conjunto de critérios que determinarão a receita de cada clube e não um valor pré-estabelecido. Contudo, com tamanha transformação, é claro que há desafios para todos, aqui e nos clubes. Estamos endereçando tais desafios de maneira construtiva. Há possíveis aprimoramentos a serem feitos no modelo e essa é uma agenda muito importante. Estamos ouvindo os clubes – declarou Fernando Manuel Pinto.
Fonte: GloboEsporte.com