Nome mais badalado do Vasco no momento, Talles Magno mantém rotina sem ostentação
Igreja, amigos de longa data e nada de ostentação. Mesmo com uma mudança radical na vida em nove meses - quando passou de desconhecido na Copa São Paulo de Futebol Júnior para revelação na Série A -, o jovem Talles Magno tem tentado, dentro do possível, manter a mesma rotina de antes de começar a aparecer no cenário nacional e internacional pelo Vasco.
Hoje nome mais badalado do Cruzmaltino e com uma multa rescisória estipulada em mais de R$ 130 milhões, o jogador de 17 anos segue com os pés no chão e sem mudar muito a rotina de antes da fama, mesmo já não passando mais desapercebido nas ruas.
Natural do Bairro do Camorim, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, ele se mudou há pouco tempo para São Cristóvão, região vizinha a São Januário, mas sempre que pode, visita os amigos no local onde nasceu e foi criado e que fica bem próximo ao Rio Centro e à Cidade do Rock, que a partir de semana que vem receberá o Rock in Rio.
Em sua nova moradia, vive com a mãe Claudineia - que não quer sair de lá tão cedo - e com o irmão Kaio Magno.
Irmãos são amigos inseparáveis
Mais do que irmãos, Kaio e Kleiton são os amigos inseparáveis nos momentos de lazer para Talles. No caso de Kaio, mais conhecido na base como Somália, a convivência agora é próxima até mesmo no trabalho, já que ambos estão treinando juntos no profissional.
Nas folgas, costumam desfrutar da praia do Recreio dos Bandeirantes. Quando dá, também gostam de esticar até Arraial do Cabo, cidade da Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
Kaio, que é atacante e chama o irmão pelo apelido de "Narigudo", já foi relacionado para uma partida do profissional, mas ainda não entrou em campo. Quando está fora do banco de reservas, ele e Kleiton costumam marcar presença na social de São Januário junto dos pais para assistir Talles Magno.
Avesso à baladas
Embora demonstre toda sua ginga nas comemorações dançando funk, Talles Magno não é de frequentar baladas. Há um ano e meio namorando Millene, prefere desfrutar dos momentos de lazer com a namorada, os amigos e a família, e curte mais música gospel e pagode.
Aos domingos, quando não está em viagem, costuma frequentar sua igreja evangélica, mesmo após os jogos, como fez quando foi o herói da vitória sobre o São Paulo por 2 a 0 e marcou seu primeiro gol como profissional.
"Vou correndo para ver se ainda consigo pegar o culto na minha igreja", disse o jogador na ocasião, enquanto era cercado por jornalistas e torcedores no estacionamento de São Januário.
Empresários entram em atrito por Talles Magno
Joia vascaína que já desperta o interesse de clubes europeus, Talles Magno tem sido pivô de uma "guerra fria" nos bastidores entre empresários. Atualmente, o atacante é empresariado pela Life Pro, agência em que tem contrato até outubro deste ano e que ajudou o Vasco nas contratações de Maxi Lopez, Leandro Castan e Bruno César. No clube, porém, há quem dê como certo um acordo próximo com o empresário Carlos Leite, antigo parceiro comercial do Vasco em empréstimos e agenciamento de jogadores cruzmaltinos.
A troca de farpas entre as partes, na maioria das vezes, é feita de forma velada e pelos corredores, mas por vezes já se tornou pública diretamente pelos empresários ou por pessoas ligadas aos grupos. Fato é que os integrantes da Life Pro se mostram decepcionados com Talles, enquanto que a relação entre Vasco e a empresa já não é mais a mesma.
Na contratação de Bruno César, no início deste ano, o Cruzmaltino deu como garantia ao Sporting (POR) a prioridade de compra de Talles Magno.
Ciente dos holofotes que estão sobre o atleta, o Vasco já inicia a discussão de renovação do contrato de Talles Magno, que atualmente vai até junho de 2021.
Vasco pode perder Talles por longo período
Talles Magno é figura praticamente certa a ser convocada para a seleção brasileira sub-17 que disputará o Mundial da categoria a partir de outubro no Brasil. A princípio, o Vasco irá liberá-lo, apesar de toda a sua importância atual ao técnico Vanderlei Luxemburgo. Se isto acontecer de fato, ele poderá desfalcar a equipe por até oito rodadas caso a equipe nacional chegue à final da competição.
Recentemente, o atacante foi pivô de uma crise institucional entre o Cruzmaltino e a CBF em função do clube não o liberar para amistosos da seleção sub-17.
Fonte: UOL