Em entrevista a Ricardo Rocha, Mauro Galvão relembra carreira; veja vídeo
Quinta-feira, 29/08/2019 - 03:37
"NÃO ESPERAVA UMA LIGAÇÃO TÃO FORTE COM O VASCO!" MAURO GALVÃO | XERIFE ENTREVISTA
Com técnica e tranquilidade, Mauro Galvão foi um zagueiro que sempre passou segurança aos companheiros e à torcida dos clubes que defendeu. Gaúcho de Porto Alegre e gremista de coração, começou a carreira no rival Internacional. No futebol carioca, foi campeão no Botafogo e ídolo no Vasco, se tornando um autêntico craque.
Ele ganharia mais três Brasileiros ao longo da carreira: um pelo Grêmio (1996) e dois pelo Vasco (1997 e 2000). O currículo é invejável: campeão brasileiro em 1979 e Gaúcho (1981/1982/1983 /1984) pelo Inter; bicampeão carioca pelo Botafogo (1989/1990); campeão da Copa da Suíça (1993) pelo Lugano; campeão brasileiro (1996), da Copa do Brasil (1996/2001) e do Gaúcho (2001) pelo Grêmio; campeão brasileiro (1997 e 2000), carioca (1998), da Libertadores (1998) e da Copa Mercosul (2000) pelo Vasco; campeão da Copa América com a Seleção Brasileira, em 1989, e medalhista de na Olimpíada de 1984, em Los Angeles.
Depois da passagem vitoriosa pelo Inter, onde atuou por sete anos (de 1979 a 1986), Mauro Galvão aceitou convite do técnico Paulo César Carpegiani para defender o Bangu, que tinha um projeto ousado, de ser campeão brasileiro em 1986. O título nacional não aconteceu, mas, naquele ano, ele foi convocado para servir à Seleção Brasileira principal pela primeira vez, na Copa do Mundo do México.
No ano seguinte, Mauro transferiu-se para o Botafogo, onde ajudou o time a sair da fila de 20 anos sem títulos, com a conquista do Carioca de 1989, em cima do Flamengo. As boas atuações no Alvinegro lhe valeram nova convocação e ele disputou a Copa do Mundo de 1990, na Itália, na posição de líbero. O Brasil foi eliminado nas oitavas de final pela Argentina.
Depois do Mundial, Mauro Galvão passou seis anos no futebol suíço, como jogador do Lugano, de 1990 a 1996. Não conquistou títulos de expressão, mas ganhou experiência. Retornou ao Brasil em 1996 para, finalmente, defender o clube da infância, o Grêmio. Levantou as taças do Brasileiro e da Copa do Brasil, ambas em 1997. Naquele mesmo ano, aos 35 anos, quando muitos jogadores já falam em encerrar a carreira, Mauro Galvão chegou ao Vasco para se tornar ídolo, capitão e participar das grandes conquistas da história do clube.
Viveu a glória de fazer parte da galeria dos craques e de títulos importantes na Colina, com destaque para a Libertadores em 1998, no ano do centenário do Vasco. Marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Bangu no Campeonato Carioca daquele ano e garantiu de vez um lugar no coração da torcida cruz-maltina.
Mas, apesar da idade, a carreira ainda não tinha acabado, já que física e tecnicamente, ele ainda se garantia em campo com boas atuações. Depois de deixar São Januário, em 2001, Mauro Galvão retornou ao Grêmio para encerrar a carreira no time do coração com as conquistas do Campeonato Gaúcho e da Copa do Brasil daquele ano. Despediu-se de vez dos gramados em 2002, após disputar mais uma Libertadores com a camisa do Tricolor Gaúcho.
Depois que parou de jogar, Mauro apostou na carreira de técnico. Começou na nova função como treinador do Vasco, em 2004, mas logo passou a ser assistente. No mesmo ano, dirigiu o Botafogo no Campeonato Brasileiro. Em 2005, chegou ao Náutico para o Campeonato Pernambucano e o Brasileiro da Série B. Os resultados não apareceram e ele passou a exercer funções executivas nos clubes, como a gerência de futebol. Na nova função, esteve em times como Grêmio, Avaí e Vitória.