A CBF apresentou nesta segunda-feira um balanço da atuação do árbitro de vídeo no Brasileirão. Os resultados levam em conta a amostra de 139 partidas da competição. Segundo os dados da entidade, 87 situações de jogo foram revisadas - quando o árbitro vai à beira do campo para ver o lance no monitor -, uma média de 0,6 por partida.
Ao mesmo tempo, 764 lances e decisões foram checados pela equipe do VAR - na cabine -, uma média de 5,5 por jogo. Somando checagens e revisões, o Brasileirão teve até agora 851 participações do árbitro de vídeo.
- A maioria das decisões tomadas em campo são aceitas pelo árbitro de vídeo. Em 10%, foi necessária uma revisão - citou o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba.
O número de erros capitais em 2018 no Brasileirão até a 14ª rodada era de 88, em situações revisáveis pelo VAR. Mais de seis erros por rodada. Em 2019, a CBF aponta que o número de erros capitais caiu para 10. O custo da ferramenta por jogo é de R$ 51 mil.
- Isso é uma melhora de 90%. Eu enxergo o copo meio cheio. O auxílio do VAR é indispensável hoje em dia. A reclamação dos clubes diminuiu muito. Os acertos da arbitragem brasileira crescem - pontuou Gaciba.
Revisões e checagens
Entre os lances revisados. A maior parte representa pênaltis. Foram 44 decisões revisadas, o que representa 50,6% do total. Em seguida, foram revisados 31 lances de gol (35,6% das revisões), enquanto nove foram por cartão vermelho (10,3%) e apenas três (3,4%) por erro de identidade.
Entre as 87 revisões, o árbitro não trocou a decisão dele em 18 vezes. Ou seja, foram a 69 com decisões alteradas.
Com a proposta de deixar a tomada de decisão mais transparente, a CBF promete uma novidade para o segundo turno do Brasileirão.
- A partir da primeira rodada do segundo turno, os telespectadores terão acesso às imagens do VAR. Essas imagens serão abertas ao público. Estamos estudando a possibilidade de mostrar também no estádio, pelo telão. O público terá total ciência do que o árbitro está checando no monitor. Só não fizemos isso anteriormente porque é um projeto novo. Mas estamos ouvindo as críticas construtivas - disse Gaciba.
Em relação ao tempo gasto nas partidas, o Brasileirão 2019 perde 1'54'' por cada intervenção do VAR, em média: 1'45'' para revisões e 9 segundos por checagem. Gaciba contou que a meta pessoal é baixar esse tempo para 1'20'', um segundo a menos que a Copa do Mundo de 2018. Em relação ao tempo de bola rolando na Série A, houve uma queda de 40 segundos em relação ao ano passado.
- Temos total ciência que precisamos evoluir nesse ponto. Já evoluímos em relação aos Estaduais. O tempo de bola rolando baixou em relação ao ano passado. Minha preocupação maior e é onde estou tentando marcar com os árbitros é o equilíbrio da informação correta, sem perder a fluência do jogo - comentou o chefe dos árbitros.
Fonte: O Globo Online