Ramon chorou quando foi pego de surpresa em uma reportagem para o canal de TV do Vasco. Ele iniciava uma entrevista sobre a recuperação do joelho esquerdo quando apareceram mulher e filha para acompanhá-lo. A emoção a flor da pele é reflexo da dura rotina que marca sua segunda passagem pelo Vasco. Em agosto somou o 15º mês sem condição de jogo em dois anos de clube, devido a duas graves lesões.
Com o retorno do zagueiro Breno às listas de relacionados, contra o Flamengo, o lateral-esquerdo é o único jogador vindo de lesão que ainda não tem condição de jogo. Os trabalhos de transição no gramado acontecem com cautela, desde maio. Novas avaliações físicas estão sendo feitas periodicamente, para que haja progressão no trabalho sem forçar o jogador. A maior preocupação é permitir que retorne sem se lesionar novamente.
Em novembro passado, Ramon foi operado. Ele havia rompido o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, lesionado o menisco lateral e o ligamento colateral medial. Um estrago de grandes proporções, 13 meses depois de ter lesionado o joelho direito, que o deixou seis meses fora. É natural que o jogador force mais uma perna depois de lesionar a outra, uma armadilha, uma vez que a perna sobrecarregada fica mais suscetível a lesões.
Por isso, a intenção do departamento médico e da preparação é equilibrá-lo fisicamente antes de colocá-lo à disposição do técnico Vanderlei Luxemburgo. A cautela é tanta que o clube evita estabelecer prazos para o retorno. Atualmente o Vasco tem Henrique como titular e Danilo na reserva da lateral esquerda, mas o cenário já foi o oposto, no começo da temporada.
Outro jogador que está fora de combate é Rossi. Mas o caso do atacante é bem menos grave que o de Ramon. Depois de passar por uma cirurgia de apendicite no fim de julho, o jogador retornou aos trabalhos físicos na semana passada. A previsão é de que fique à disposição da comissão técnica para a partida do próximo domingo, contra o São Paulo, em São Januário.
Fonte: Extra Online