VascoTV mostra passeio de Oswaldo Henríquez pela Zona Portuária do Rio; assista
Sábado, 03/08/2019 - 13:46
O Site Oficial do Vasco e a VascoTV iniciaram um novo projeto nesta semana. A ideia é levar jogadores que nasceram longe do Rio de Janeiro para dar um rolé em algum ponto conhecido da Cidade Maravilhosa. O primeiro escolhido foi o zagueiro colombiano Osvaldo Henríquez, que teve a oportunidade de conhecer um pouco do Centro, numa caminhada pelo Porto Maravilha, passando pelo mural assinado por Eduardo Kobra no antigo Boulevard Olímpico e terminando no Museu da Amanhã.

Neste rolé, Henríquez fez um balanço sobre seu primeiro ano no Vasco, a boa fase desde a chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo e falou sobre a adaptação ao Rio de Janeiro e assuntos que também fogem do campo e bola, como culinária e música. No passeio, o colombiano foi muito bem recebido pelos torcedores vascaínos, que o pararam para tirar fotos, elogios e pedidos de que o Gigante faça um grande Campeonato Brasileiro.

- Eu me sinto muito feliz pela experiência que eu ganhei aqui no Vasco. Todo jogador quer crescer e o Vasco me proporciona isso. No meu país, o Vasco é um time conhecido, quando falou que estou jogando aqui chama atenção. Lembram do Romário e de outros grandes jogadores. É um time que tem uma grande história e representa alegria para muita gente. Faz um ano que estou aqui, aprendi muito com esse grupo, com a história do clube, do Rio e vendo a paixão do torcedor e rapidamente entrei nessa onda - disse, Henríquez, antes de falar um pouco sobre o local do passeio:

- Na entrada, ver toda essa parte marítima do Porto Maravilha é bem legal. Eu não conhecia. O mural (assinado pelo artista Kobra, no Boulevard Olímpico), bem famoso, sempre vi em fotos. Sempre quis conhecer e pesquisei a história. Foi feito para as Olimpíadas, mostrando a cultura de vários povos. Rio tem essa parte bacana, de receber muitas pessoas do mundo inteiro. Isso é bem legal, bem maneiro e fico muito feliz de conhecer um pouco dessa cultura.

Henríquez encontrou vários torcedores e um deles foi Jessé, de Rondônia, que passava férias com a família no Rio de Janeiro. Uniformizado, o torcedor contou que acompanhou o clássico contra o Fluminense, falou que vai se associar ao Sócio Gigante assim que chegar em casa e foi presenteado pelo defensor vascaíno, que falou um pouco sobre o carinho que a torcida vascaína tem mostrando para ele:

- Esse carinho representa como o torcedor se expressa e o que ele deseja do grupo dentro de campo. O que o torcedor deseja é que o jogador entre em campo e dê seu melhor. Independente do resultado, ele tem que saber que você deu tudo. Minha mentalidade tem sido essa. Era essa sequência que eu tava desejando, recebendo esse carinho da torcida. Sou um jogador que valoriza muito quando recebo esse carinho na rua. Eu acho que a gente tem que retribuir sempre. Vou dar o 100% sempre.

O zagueiro cruzmaltino também falou um pouquinho o que aprendeu a escutar desde que chegou no Rio de Janeiro e quais são as músicas que coloca na playlista antes de ir para os jogos:

- Eu curto tudo na verdade. Samba é uma coisa que conheci quando cheguei aqui. Tem bem a característica do povo carioca. É bem legal. Minha essência está mais para o lado do reggaeton. É o funk da Colômbia. Tem uma batida parecida. Tem cantores de funk que já fizeram parcerias. Sempre tem na minha playlist, J Balvin, tem alguns cantores de funk que acompanho, Maluma, Nick Jam. Na minha cidade também tem o Vallenato, que é um estilo parecido com o Sertanejo aqui no Brasil.

CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA:

MOMENTO

Dentro da temporada acontecem muitas coisas que influenciam na performance de jogador. O primeiro que tento fazer é me colocar à disposição 100%. Me preparar física e mentalmente. Depois é estar entre os escolhidos do treinador e por último são coisas que ficam fora do nosso controle que são as lesões. Quando cheguei sofri uma lesão que me atrapalhou muito. Mesmo assim, acho que consegui dar uma ajuda. Seja jogando um minuto ou 90.

DISPUTA NA ZAGA

Em qualquer posição, quando você tem uma certa experiência, você é contratado pelo clube para blindar isso. É sempre importante que no momento que aconteça alguma coisa e o treinador precise de você, estejam todos no mesmo nível. Acho que todos na posição estão preparados e em bom nível. Entrando um ou entrando outro não vai mudar. É uma posição importante pro grupo. Tanto Werley, Ricardo, Castan, Breno, eu, Miranda... todos se comunicam muito no grupo e é muito benéfico para todos nós.

LUXEMBURGO

Minha expectativa quando vim para o Brasil foi pensar em Seleção. O que mais pesou foi ter um bom rendimento para ter uma oportunidade de vestir a camisa da Colômbia. Esse meu desejo ainda está de pé. Vai na mão da constância e do desempenho dentro de campo. O professor Luxemburgo, quando foi meu treinador no Sport, ele conseguiu melhorar minha performance. É um treinador de Seleção. Foi um elemento positivo. Se eu trabalhar forte, terei uma chance. Naquela época, eu fiquei muito perto de ser convocado, mas hoje estou com essa esperança, depois de um bom Campeonato Brasileiro, posso ficar perto de uma convocação. É importante e me motiva muito a conseguir esse objetivo.

RIO DE JANEIRO

Uma das coisas que mais me chamam atenção aqui no Rio é a natureza. Você sente que está passando da selva com cidade, essa mistura que você vê em cada esquina. Como andar por uma rua e sair numa praia. Aqui é assim mesmo e tem muita gente que fala que mora do lado da praia. É uma cidade abençoada por essa mistura. Poucas cidades no mundo tem esse privilégio e essa cultura ao mesmo tempo. O carioca é um privilegiado mesmo.

VISITA AO CENTRO DA CIDADE

Na entrada, ver toda essa parte marítima do Porto Maravilha é bem legal. Eu não conhecia. O mural (assinado pelo artista Kobra, no Boulevard Olímpico), bem famoso, sempre vi em fotos. Sempre quis conhecer e pesquisei a história. Foi feito para as Olimpíadas, mostrando a cultura de vários povos. Rio tem essa parte bacana, de receber muitas pessoas do mundo inteiro. Isso é bem legal, bem maneiro e fico muito feliz de conhecer um pouco dessa cultura.

CIDADE MARAVILHOSA?

A cidade é realmente maravilhosa. Os meus amigos da Colômbia sempre me ligam, perguntam sobre o Rio. É um lugar muito conhecido no mundo. Os colombianos gostam muito dessa cidade. Morando aqui já servi de guia turístico para alguns amigos que vieram turistar. Eu faço de carioca. Já puxo um pouco do S no sotaque. Moro na Barra por conta da proximidade com o CT, mas gosto muito da Zona Sul. O Centro é uma origem do Rio, a galera mais descontraída e sou um cara muito tranquilo. É bom um pouco sair desse foco de jogadores e ficar um pouco mais com a galera. As vezes dou uma fugida e venho para o Centro e a Zona Sul.

HÁBITOS CARIOCAS

Faço arroz com feijão, Cristo Redentor, praia, Pão de Açúcar. Aprendi também que o carioca gosta muito das trilhas, de ir pelos matos, tem a Floresta da Tijuca e é uma experiência diferente, um contato com a natureza. Eu tenho vontade de fazer, os treinos e a rotina atrapalham um pouco, mas é uma coisa que ainda vou tentar fazer aqui no Rio.

SAUDADE DA FAMÍLIA

É difícil. Eu perco o aniversário da minha mãe, do meu pai. Mas desde que escolhi o futebol, eu sabia desse tipo de consequência. O Brasil é um país bem parecido com a Colômbia, o que me facilitou na adaptação. E isso tem diminuído a saudade e o distanciamento. Minha família gosta muito daqui, às vezes eu tenho o convidado pra vir pra cá. Família é tudo. Meus irmãos, meus pais, são tudo pra mim. Eles tem sido uma porcentagem alta para que eu continuasse no futebol. Não fosse por eles eu tivesse desistido, mesmo após ter me tornado profissional. São o meu pilar. Quando chego na Colômbia não quero saber de nada. Só quero ficar com eles e compartilhar meu tempo com eles. Sinto falta da comida também. Não tem comida melhor que a da mãe e a minha adora cozinhar. Mas o pessoal da fisiologia pega no meu pé. Só nas férias que posso mesmo (risos).

RELAÇÃO BRASIL-COLÔMBIA

Eu acho que há uma conexão por conta das culturas. São bem similares. O acontecimento da Chapecoense, que foi bem difícil, abriu através da televisão e da imprensa ainda mais esse canal. O Brasil é muito grande e o brasileiro não tem muito tenho de conhecer e explorar outras culturas. Esse canal aberto permitiu criar uma conexão bem legal. O brasileiro valorizou muito aquele momento, principalmente o comportamento da Colômbia. O carinho e a aceitação do povo colombiano foi bem legal também.

SANTA MARTA - CIDADE NATAL DE HENRÍQUEZ

Eles podem visitar muitos lugares da Colômbia. Mas o vascaíno pode conhecer primeiro Santa Marta. Tem parques naturais, que foi tombado pela National Geographic como um dos 100 lugares para se conhecer antes de morrer. É o Parque Tayrona. Tem várias praias e uma natureza incrível, além de te conduzir para civilizações indígenas, muito bacanas, é serra e tem neve. É uma cidade de praia que tem neve. O carioca vai curtir Santa Marta, é bem parecido com o Rio.





Fonte: Site oficial do Vasco