Presença de Bolsonaro no jogo Palmeiras x Vasco acirrou ânimos na torcida e atrasou início do 2º tempo
Domingo, 28/07/2019 - 02:59
O presidente Jair Bolsonaro foi ao Allianz Parque neste sábado para acompanhar o jogo entre Palmeiras e Vasco pelo Campeonato Brasileiro. Entre vaias e aplausos, o mandatário causou divisão na torcida alviverde e princípios de brigas, que tiveram de ser contidas pelos policiais.

Bolsonaro chegou pouco antes das 16h e logo foi ao gramado acompanhado por dezenas de crianças e do presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte. As arquibancadas estavam com poucos torcedores ainda. Ele acenou para o público e recebeu vaias. Bolsonaro ignorou os protestos. Uma menor parte aplaudiu o mandatário, que seguiu para o centro do campo.

Para tentar amenizar as críticas, o presidente pegou uma criança no colo. Não deu muito certo. Ele acenou mais uma vez e recebeu novas vaias. Bolsonaro então deixou o gramado e subiu para o camarote do presidente do Palmeiras. Lá foi recebido também pela presidente da Crefisa, Leila Pereira, por conselheiros e dirigentes influentes do clube, como Seraphim Del Grande, presidente do Conselho Deliberativo.

No camarote, Bolsonaro posou para fotos ao lado de Galliote. Na porta, muitos seguranças protegiam e checavam cada um que entrava e saía. No intervalo da partida, ele desceu para a arquibancada do setor inferior oeste, a mais nobre do estádio, e posou para foto com torcedores. A maior parte do público a sua volta o aplaudiu. Muitos gritaram "mito". Mas também houve quem perguntasse: "onde está o Queiroz", em referência ao ex-assessor de gabinete de Flavio Bolsonaro, acusado de corrupção.

A passagem de Bolsonaro por ali deixou o ânimo dos torcedores mais exaltados. Os críticos e favoráveis ao presidente trocaram xingamentos. A polícia precisou interceder por mais de uma ocasião. Quando desceu para o gramado, o presidente voltou a acenar para o público e recebeu foi vaiado novamente. A entrada dele em campo atrasou o reínicio do segundo tempo. O árbitro esperou a saída do presidente e de sua comitiva para autorizar o recomeço.



Fonte: Estadão