Na tarde deste domingo, amigos e familiares se despediram do atacante Thalles, que morreu no último sábado em um acidente de moto em São Gonçalo. Jogadores e o presidente do Vasco também foram ao cemitério Parque Niterói para o sepultamento do jogador de 24 anos, que pertencia ao Cruz-Maltino e estava emprestado à Ponte Preta. Alexandre Campello lembrou a irreverência do atleta.
- É sempre muito triste quando você sepulta um jovem. No caso de um atleta do Vasco, que o Vasco nutre uma relação muito próxima dos meninos que são formados em São Januário e tem um convívio diário... É uma relação muito próxima do Vasco com os atletas na base. O que fica de lembrança são a alegria, gols e irreverência. Era um menino, né?
Treinador de Thalles no Vasco e na Ponte Preta, Jorginho esteve em São Gonçalo para o adeus ao jogador. O técnico falou sobre os últimos momentos com o atacante criado na base cruz-maltina.
- Ele estava feliz com a possibilidade de voltar ao Vasco. Falei a ele que não podia perder a oportunidade de se cuidar e sempre fui muito preocupado com ele, que era um jovem atleta que estava deslumbrado.
"Fica um exemplo para nós de que a vida é muito passageira, a morte não tem idade e que a gente tem que aproveitar muito a nossa vida e fazer o nosso melhor onde estamos".
- Foi ceifada a vida dele num momento de negligência, não tinha carteira, estava sem capacete... mas é como eu falei, ficam as boas lembranças, principalmente os gols contra o Ceará e os momentos de amizade. E fica a saudade.
Sobre os conselhos ao jovem jogador, Jorginho citou as más influências na vida de Thalles.
- Até mesmo questão de companhia... A gente sabe que tinha gente que puxava ele para as coisas boas da vida, mas também tinha gente que puxava para o outro lado. Thalles era um amigo. Convivemos quase dois anos. Tenho ele como filho. Várias vezes conversei com ele sobre uma série de razões e sempre tentando trazê-lo para pensar um pouco no futuro - disse Jorginho e acrescentou:
- A morte não tem idade. Nessas horas vemos o quanto é importante a gente amar as pessoas ao nosso redor, dar valor a quem nos dá valor também. Foi difícil ver a dor da mãe e de um pai ver um filho ali. Eu falo muito isso para os meus atletas, que as coisas vão passar muito rápido e temos que aproveitar a oportunidade que Deus nos dá.
Ubiracy Penha, pai de Thalles, também falou com a imprensa. Emocionado, ele destacou como o filho era amado por amigos e familiares.
"Só tenho a agradecer a Deus pelo filho que ele me deu. Dá para ver que ele era bastante querido. Queria agradecer ao Vasco que se colocou à disposição e aos amigos que vieram".
- Ele estava em um momento feliz e falava em devolver ao Vasco tudo aquilo que ele recebeu. A família toda é vascaína.
Fonte: GloboEsporte.com