Este ano a rotina do jovem Ryan, de 12 anos, e da família dele mudou radicalmente. No começo de 2019, o menino ganhou uma excelente oportunidade e foi selecionado para a equipe sub-12 do Vasco da Gama. Moradores de Barra do Piraí, eles têm que ir para o Rio e voltar todos os dias. Tudo isso, por causa de um sonho: ajudar a jovem promessa a se tornar jogador de futebol.
Desde cedo ele mostra versatilidade em campo, atuando como volante e zagueiro. Posições que exigem um amadurecimento tático mais rápido do que o habitual. Consciência que se reflete nas escolhas de Ryan quando o assunto são seus ídolos nos gramados.
— Gosto muito do Casemiro, pela luta. Um jogador que veio do Real Madrid B para jogar no time principal e na seleção. E o Thiago Silva, do PSG, pelo futebol refinado e técnico assim como, me acho técnico rápido, e um grande marcador – disse Ryan sobre os dois jogadores, que foram convocados para defender o Brasil na Copa América.
Antes de se transferir para o cruz-maltino, Ryan jogava no Voltaço, time de Volta Redonda, cidade vizinha a Barra do Piraí. Já convivia com uma rotina bem corrida, já que tinha que ir de uma cidade a outra para treinar. No final de 2018, olheiros do Vasco viram o menino disputando um campeonato pelo Volta Redonda, gostaram do futebol e o convidaram para integrar.
— Ele chegou ao Vasco no ano de 2019 depois que o técnico viu ele jogando o campeonato pelo Volta Redonda e o convidou para fazer parte da categoria de base. Foi um começo de muita alegria. Nesse mesmo ano sagrou-se campeão da Taça Rio, numa final épica contra o Flamengo. Também sem perder nenhum jogo, foi campeão da Taça Guanabara e campeão estadual invicto – relembrou o pai coruja Anderson Urbano.
Era mais uma etapa vencida num longo caminho em busca do sonho de se tornar profissional. Etapa que começou com o pé direito com a conquista de um título. E, se antes a vida de Ryan e da família já era corrida, agora seguia no ritmo dos clássicos mais disputados, lá e cá. Relógio desperta às 6h, vai para a escola, sai meio dia e meia, almoça e, sem perder tempo, vai direto para o treino no Rio. Depois desse trabalho todo, o pai conta que eles costumam chegar em casa só à noite, por volta das 19h. E a rotina se repete no dia seguinte, de segunda a sexta-feira com jogos aos sábados e domingos.
— Um sacrifício muito grande, mas feito com muita paixão. Agradeço muito meus pais, que não medem esforços para que eu realize esse sonho. No futuro quero representar bem o meu país, chegando à Seleção e fazer com que a minha cidade seja reconhecida por mim através do futebol - finalizou Ryan.
Fonte: GloboEsporte.com