Vascaínos por um dia
Os torcedores vascaínos podem se orgulhar de dizer que a maioria dos
grandes jogadores do futebol brasileiro passaram pelo Vasco. De fato, há
poucas exceções à esta regra. Mesmo dentre os jogadores
que fazem parte deste pequeno grupo de exceção, há quatro
monstros sagrados que, se por um lado nunca tiveram vínculo
profissional com o Vasco, pelo outro foram vascaínos pelo menos por um dia.
Zizinho
Pelé
Garrincha
Zico
Zizinho
Poucas amizades no futebol foram tão duradouras e sólidas como a que
mantiveram Zizinho e Ademir, embora somente tivessem jogado juntos em
seleções e, no campo, tivessem carregado a grande rivalidade
Flamengo x Vasco. Mesmo depois que Zizinho transferiu-se para o Bangu, em 1950,
a torcida vascaína continuou não nutrindo por ele a menor simpatia. Mas
houve uma exceção. Certa vez, dois times argentinos, o Independiente
e o Racing, vieram participar de um torneio quadrangular no Maracanã
(Torneio do Atlântico), juntamente com o Vasco e o Flamengo. Terminava o
ano de 1955 e o Vasco resolveu reunir a famosa dupla. O Bangu cedeu Zizinho por
empréstimo e aconteceu o que parecia impossível: Mestre Ziza vestido
de vascaíno, junto com "meu irmãozinho Ademir".
Zizinho foi, assim, vascaíno não somente por um dia, mas sim dois.
O Vasco perdeu a primeira partida para o Independiente e venceu o Racing
na disputa do terceiro lugar. O Flamengo foi o campeão do torneio. Eis as
súmulas das partidas do Vasco:
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Vasco 1 x 4 Club Atletico Independiente (Argentina)
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Data: 27/12/1955
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Local: Maracanã
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Juiz: Harry Davis
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Auxiliares: Anver Bilate e Pedro Vilas Boas
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Gols: Pedro Bala (Vasco). Bonelli, Micheli, Barraza e Juarez (Independiente).
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Vasco: Hélio, Dario e Coronel; Mirim (Laerte), Orlando e Beto; Pedro
Bala, Zizinho, Ademir (Vavá), Pinga (Alvinho) e Parodi (Wilson).
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Independiente: Abraham, Barraza e Mousegne; Britos, Acevedo (Zorzenón) e
Varacka (Urriste); Micheli, Cervino, Bonelli, Grillo e Cruz (Juarez).
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Expulsão: Parodi, no 2º tempo
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Vasco 3 x 2 Racing Club (Argentina)
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Data: 30/12/1955
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Local: Maracanã
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Juiz: Charles Williams
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Auxiliares: Lino Teixeira e Cícero Pereira Júnior
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Gols: Pedro Bala, Vavá e Pinga (Vasco), Corbatta e Rodriguez (Racing)
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Vasco: Hélio, Paulinho e Dario; Mirim, Orlando (Laerte) e Beto;
Pedro Bala, Zizinho, Vavá, Pinga e Wilson (Ademir).
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Racing: Dominguez, Anido e Garcia Perez; De Vicenti (Fernandez), Cap (Gutierrez)
e Sivo; Corbatta, Simes, Blanco (Angelillo), Rodriguez e Cigna (Cupo (Lopez)).
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Expulsão: Simes no 1º tempo
Vale a pena recordar que tempos depois, já como técnico, Zizinho
trabalharia no Vasco em duas oportunidades, 1967 e 1972. Em ambas, a equipe
não realizou boa campanha e ele durou poucos meses no cargo.
Este site agradece a João Alberto Machado, que colheu e gentilmente
enviou todas as informações acima e a foto dos dois grandes
craques juntos com a camisa do Vasco. O material foi retirado do livro de
autoria do próprio Zizinho, da Coleção Grandes Ídolos,
patrocinado pela Secretaria de Esportes do RJ.
Pelé
Pelé nunca escondeu sua simpatia pelo Vasco, tendo sido um torcedor
vascaíno durante a sua infância em Bauru. Quis o destino que Ele
vestisse a camisa do Vasco no início da sua carreira, em junho de 1957,
em três partidas no Maracanã, e melhor ainda, que ele marcasse um
gol no Flamengo.
Naquela ocasião, a equipe principal do Vasco excursionava na Europa e
Vasco e Santos formaram um combinado para participar da Taça Morumbi, um
torneio amistoso internacional com partidas no Rio e em São Paulo. O Vasco
cedeu ao combinado Paulinho e Bellini, convocados para a Seleção
Brasileira para a disputa da Copa Roca contra a Argentina, e mais Wagner, Iedo,
Artoff e Valdemar, reservas que não participavam da excursão.
Entre os jogadores cedidos pelo Santos, um adolescente de 16 anos, ainda
reserva, despontando para o futebol, cujo nome ninguém sabia ao certo se
era Pelê ou Pelé.
O torneio nunca chegou ao fim, pois não despertou muito interesse junto ao
público e os seus organizadores resolveram suspendê-lo devido aos
prejuízos financeiros. O Combinado Vasco-Santos atuou quatro vezes, as
três primeiras no Rio com o uniforme do Vasco e a última em São
Paulo com o uniforme do Santos. Pelé marcou gols em todas as partidas,
inclusive um sobre o Flamengo. Estas são as súmulas das partidas:
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Combinado Vasco-Santos 6 x 1 Belenenses (Portugal)
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Data: 19/6/1957
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Local: Maracanã
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Juiz: Amílcar Ferreira
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Gols: Pelé(3), Álvaro(2), Pepe (Vasco-Santos) e Matateu (Belenenses)
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Vasco-Santos: Wagner, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner;
Iedo (Artoff), Pelé, Álvaro, Jair (Valdemar), Pepe.
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Belenenses: Pereira, Polido (Moreira), Pires, Carlos Silva; Pires, Vicente (Pelefero);
Dimas, Faia, Ricardo Peres, Matateu, Tito.
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Combinado Vasco-Santos 1 x 1 Dínamo Zagreb (Iugoslávia)
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Data: 22/6/1957
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Local: Maracanã
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Juiz: Frederico Lopes
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Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Panko (Dínamo Zagreb)
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Vasco-Santos: Wagner, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner;
Iedo (Artoff), Pelé, Álvaro, Jair (Valdemar), Pepe.
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Dínamo Zagreb: Irovic, Sikio, Crocovic, Croncovic; Koskat, Horvat;
Panko(Gaspert), Cercovic, Kong, Angic, Lipozonovic.
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Combinado Vasco-Santos 1 x 1 Flamengo
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Data: 26/6/1957
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Local: Maracanã
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Juiz: Anver Bilate
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Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Dida (Flamengo)
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Vasco-Santos: Manga, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner;
Iedo (Pagão), Pelé, Del Vecchio (Pepe), Jair, Tite.
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Flamengo: Ari, Joubert, Pavão, Jordan; Jadir (Dequinha), Mílton Copolilo;
Luiz Carlos, Moacir, Henrique (Duca), Dida, Zagallo (Babá).
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Combinado Vasco-Santos 1 x 1 São Paulo
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Data: 29/6/1957
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Local: Pacaembu
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Juiz: Walter Galera
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Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Nei (São Paulo)
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Vasco-Santos: Manga, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner;
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Iedo, Pelé, Del Vecchio, Valdemar (Darci), Pepe.
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São Paulo: Paulo, De Sordi (Clélio), Mauro, Riberto; Bauer, Vítor
(Ademar); Maurinho, Nei, Gino (Baltazar), Maneca, Sílvio.
Deve ter sido tocante para a reduzida galera vascaína que compareceu
às partidas rever um grande ex-ídolo, Jair Rosa Pinto, aos 36 anos,
envergando o manto cruzmaltino depois de 11 anos longe de São
Januário.
As atuações de Pelé pelo Combinado Vasco-Santos e os
comentários nos jornais sobre o nascimento de um "futuro craque de
seleção" foram fundamentais para que o então técnico
da seleção brasileira, Sílvio Pirillo, decidisse
convocá-lo para uma partida do Brasil contra a Argentina pela Copa Roca,
no Maracanã, dia 7 de julho de 1957. Foi a estreia do futuro Rei na
Seleção, aos 16 anos de idade. Ele entrou no segundo tempo no lugar
de Del Vecchio e marcou o seu primeiro tento com a camisa canarinho. Mesmo
perdendo por 2x1, o time brasileiro foi elogiado e a presença de Pelé
foi aclamada.
Garrincha
Sim, Mané Garrincha, o maior ponta-direita do mundo de todos os tempos,
também teve o seu dia de vascaíno.
É fato conhecido e às vezes mencionado que, antes do início
da sua carreira, Garrincha foi levado para um teste em São Januário,
mas não o deixaram treinar porque não tinha trazido chuteiras. Todavia
um fato virtualmente esquecido e ignorado da história do futebol
é que em 1967, já com a sua carreira entrando em declínio,
Garrincha foi emprestado ao Vasco pelo Corinthians. O clube paulista era o dono
do passe do jogador e estaria disposto a cedê-lo em definitivo de graça.
O ponta permaneceu em São Januário por um período curto, em
que ficou praticamente todo o tempo treinando, tentando recuperar a forma. A
direção do clube, inicialmente, não se mostrou
disposta a dar-lhe uma chance, mas os jogadores, representados pelo
capitão do time, o zagueiro Brito, fizeram um pedido especial que foi aceito.
A estreia oficial de Garrincha estava programada para a primeira rodada da
Taça Guanabara contra o Bangu. Antes, a prova de fogo para avaliar a sua
recuperação seria num amistoso contra a seleção da
cidade de Cordeiro (RJ). Porém, Mané se machucou na véspera
do amistoso e jogou no sacrifício, agravando a contusão. Mesmo assim,
ele jogou os 90 minutos e marcou um gol de falta, o primeiro e único seu
com a camisa cruzmaltina. A estreia contra o Bangu acabou não acontecendo
e Garrincha jamais disputaria outro jogo pelo Vasco.
O amistoso em Cordeiro foi realizado em homenagem ao Sr. João Beliene, na
época o único fundador do Vasco ainda vivo. O Vasco, que recebeu
cota de NCr$600,00, enviou um time misto de reservas, juvenis, jogadores em
experiência e potenciais titulares, além de Garrincha. A foto
mostra Garrincha e Bianchini ladeando um senhor idoso que deve ser o fundador
do Vasco homenageado, em meio a torcedores e dirigentes, antes da partida.
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Vasco 6 x 1 Seleção de Cordeiro
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Data: 20/7/1967
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Local: Cordeiro (RJ)
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Juiz: Vander Carvalho
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Renda: NCr$ 2.727,25
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Primeiro tempo: 4 x 0
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Gols: Bianchini 15', Bianchini 18', Zezinho 21', Bianchini 35'
do 1º tempo; Milano(Sel. Cordeiro) 10', Garrincha 20', Valfrido 35' do 2º
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Vasco: Édson Borracha (Celso); Djalma, Ivan (Joel), Álvaro e Almir;
Paulo Dias e Ésio; Garrincha, Bianchini (Sílvio), Zezinho (Valfrido)
e Okada (William). Técnico: Gentil Cardoso.
Mais detalhes fascinantes sobre esse jogo de Garrincha pelo Vasco e a raríssima
foto da equipe do Vasco que iniciou a partida se encontram no artigo
O Anjo Torto,
de autoria do colunista esportivo e ex-goleiro do Vasco Valdir Appel.
Conheça também os
números dos confrontos de Garrincha contra o Vasco.
Agradecimentos a Fernando Matta, que pesquisou o assunto e teve a
gentileza de enviar todas as informações acima e a foto,
encontrada na Revista do Vasco de agosto de 1967, de Garrincha
integrando o time do Vasco no amistoso. Diga-se de passagem que trata-se
de um fato tão desconhecido que não se encontra registrado nem
na excelente biografia "Estrela Solitária: Um Brasileiro
Chamado Garrincha", de Ruy Castro.
Zico
Quando compôs a sua música "Pega na Mentira", o compositor
vascaíno Erasmo Carlos nunca poderia suspeitar que o verso de
abertura que dizia "Zico está no Vasco" deixaria de ser mentira
pouco mais de 10 anos depois, mesmo que por um dia.
Após ser protagonista da conquista do quinto título
invicto de campeão carioca pelo Vasco em 1992, Roberto Dinamite, o
maior artilheiro do Vasco de todos os tempos, anunciou o encerramento da
sua longa e notável carreira. Um jogo de despedida foi programado
para a noite de 24 de março de 1993, uma quarta-feira. O
adversário convidado foi o clube espanhol Deportivo La Coruña,
para onde recentemente havia se transferido o ex-ídolo vascaíno
Bebeto. Para participar da festa foi convidado Zico, que àquela altura
já atuava no futebol japonês e veio ao Brasil especialmente para a
festiva ocasião. Um Maracanã com bom
público (quase 30 mil pagantes) testemunhou a imagem insólita
do Galinho de Quintino no seu dia de vascaíno, atuando no primeiro
tempo em dupla com Roberto, numa bonita homenagem.
O Vasco perdeu a partida e uma invencibilidade de nove meses, mas o
resultado era o que o que menos importava. Ali pendurava as chuteiras
o seu maior ídolo. Eis a súmula do amistoso:
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Vasco 0 x 2 Deportivo La Coruña (Espanha)
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Data: 24/3/1993
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Local: Maracanã
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Juiz: José Roberto Wright
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Renda: Cr$ 2.790.250,00
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Público: 28.926
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Gols: Bebeto 38' do 1º; Nando 45'+5' do 2º
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Vasco: Carlos Germano, Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio;
Luisinho, Leandro, William e Zico (Geovani); Bismarck e Roberto (Valdir).
Técnico: Joel Santana.
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Deportivo: Liaño (Yosu), Djucik, Albístegui (Savin) e
Ribera; José Ramón, Mauro Silva, Nando, Mariano e Marcos
(Ramón); Fran e Bebeto (Antônio).