Ídolos do Vasco
T - Z

 

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TESOURINHA

Muitos consideram este ponta gaúcho o segundo maior ponta direita do futebol brasileiro, só perdendo para o genial Garrincha. Era um driblador por excelência, várias vezes destruindo sistemas defensivos das equipes adversárias graças ao seu jogo individual. Além do drible para qualquer lado, chutava bem com os dois pés, sendo um terror para os goleiros quando fechava em diagonal e batia de canhota. Também sabia cabecear. Fez falta à Seleção na Copa de 1950, por causa de uma operação de meniscos.

 

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TITA

Habilidade, velocidade, pontaria, valentia. Estas características fizeram de Tita um craque de extremo valor para todas as equipes que defendeu, tanto no Brasil como no exterior. Nas suas duas brilhantes passagens pelo Vasco, sagrou-se campeão carioca de 1987, campeão brasileiro de 1989 e campeão da Taça Guanabara de 1990. Simplesmente inesquecível foi o seu gol que deu ao Vasco o título estadual de 1987, na decisão contra o Flamengo, completando uma jogada preciosa de Roberto com um tirambaço no ângulo.

 

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TOSTÃO

O Mineirinho de Ouro, integrante do mitológico ataque da Seleção que conquistou o tricampeonato mundial em 1970, veio do Cruzeiro para o Vasco em abril de 1972, na maior transação envolvendo clubes brasileiros até aquela época. Já como jogador do Vasco, naquele mesmo ano sagrou-se campeão da Minicopa pelo Brasil. A contratação de Tostão foi o símbolo do início de uma nova fase no Vasco, que passava por uma crise, e empolgou a torcida. Infelizmente, os vascaínos não puderam contar por muito tempo com seu futebol brilhante e inteligente. Depois de um ano, Tostão voltou a sentir os problemas crônicos na vista, consequência de um descolamento da retina que sofrera em 1969, ao levar uma bolada do zagueiro Ditão, do Corinthians. Depois de passar vários meses fora do time, acabou tendo que abandonar o futebol no início de 1974.

 

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VALDIR

O homem do bigode foi mais um a confirmar a tradição de grandes goleadores revelados pelo Vasco. Revelado em 1992, Valdir foi uma sensação ao se sagrar artilheiro do campeonato estadual de 1993, com seu futebol simples, objetivo e eficiente. Seus gols tiveram um papel fundamental no tricampeonato estadual conquistado em 1992/93/94 e o transformaram em carrasco implacável de todos os times grandes do Rio.

Depois de deixar o Vasco em 1995, Valdir teve passagens por São Paulo, Atlético Mineiro e Botafogo. Em 2002, se encontrava sem clube e praticamente esquecido, quando o Vasco foi buscá-lo para integrar o elenco no campeonato brasileiro. Valdir marcou gols importantes que garantiram pontos preciosos numa campanha marcada pela falta de regularidade da equipe. Em 2003 participou de praticamente toda a campanha da conquista do campeonato estadual, porém não pôde disputar as partidas finais devido a uma seria contusão muscular que acabou o deixando vários meses fora de combate. Voltou inspirado em 2004 e voltou a ser o artilheiro do campeonato estadual pela segunda vez, depois de onze anos. Depois, transferiu-se para o futebol árabe, onde alcançou muito sucesso.

 

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VÁLTER

Revelado pelo Ypiranga, de São Paulo, Válter foi contratado pelo Santos em 1953 e no ano seguinte já era titular da Seleção Paulista, campeã brasileira de seleções. O Vasco comprou seu passe em 1955 e Válter passou a deslumbrar a plateia carioca com seu talento e criatividade. Foi ele o craque maior da equipe vascaína na conquista do campeonato carioca de 1956. No ano seguinte, o Vasco realizou uma vitoriosa excursão na Europa, e o futebol de Válter fascinou a franceses e espanhóis. Os tentos das vitórias do Vasco, alguns deles marcados por Válter ou resultantes de suas jogadas, eram aplaudidos quando exibidos nos jornais da tela, nos cinemas espanhóis. Na vitória do Vasco sobre o poderoso bicampeão europeu Real Madrid por 4 a 3, na final do Torneio de Paris, Válter jogou talvez a maior partida de sua vida. Ele marcou dois gols e ainda deu um passe sensacional para Livinho marcar o seu.

Em seu livro O Expresso da Vitória - Uma História do Fabuloso Club de Regatas Vasco da Gama, Abraham Bohadana descreveu com perfeição a cruel ironia que o destino reservara ao craque vascaíno:

"Quando penso nessa bela e inesquecível vitória vascaína me pergunto até que ponto a magistral exibição de Válter não acabou contribuindo para o desfecho trágico de sua breve carreira. Comprado pelo Valência, o grande meia acabaria morrendo num estúpido desastre de automóvel, deixando uma enorme saudade no coração dos vascaínos. Mesmo daqueles que, como eu, nunca o viram jogar."

 

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VAVÁ

Ao vir do Sport Club Recife para o Vasco, ainda garoto, Vavá era meia-esquerda, tipo preparador, de entregar a bola. Flávio Costa foi quem mudou sua posição e suas características. Jogando na área, se destacou por unir a técnica à valentia. No ano de 1952, foi campeão brasileiro de amadores, campeão carioca amador e titular da seleção olímpica.

Pouca gente sabe, mas o gol que decidiu o título carioca de 1952 para o Vasco foi marcado por Vavá. O Vasco, já na bica para ser campeão, enfrentava o Bangu pela penúltima rodada, desfalcado de alguns titulares, e o garoto Vavá foi escalado. O Vasco venceu por 2 a 1, e o gol da vitória foi dele. No dia seguinte, houve um Fla-Flu que terminou empatado, resultado que deu o título antecipado ao Vasco.

Na vez seguinte em que o Vasco conquistou o campeonato carioca, 1956, o título foi conquistado novamente por antecipação numa partida contra o Bangu, na penúltima rodada, e Vavá novamente decidiu a partida, marcando ambos os gols na vitória por 2 a 1.

Pelo Vasco, Vavá ainda conquistou o Rio-São Paulo de 1958 e, depois de se sagrar campeão do mundo pelo Brasil na Suécia, chegou a participar dos jogos iniciais do campeonato carioca daquele ano, quando foi então vendido ao Atlético de Madrid.

Como goleador do Vasco e da Seleção Carioca, Vavá chegou a Seleção Brasileira, participando efetivamente do bicampeonato mundial de 1958 e 1962 (já de volta da Espanha para o Palmeiras), tendo merecido o apelido de Leão da Copa. Ele marcou 5 gols na Copa de 1958 e 4 na de 1962, quando foi, inclusive, um dos co-artilheiros da competição.

 

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ZARZUR

Jogava no São Paulo e na Seleção Paulista, quando se transferiu para o Vasco. Grandalhão e líder, apoiava e destruia com impetuosidade, levantando a torcida e ganhando espaços nas colunas dos críticos mais exigentes, em especial, aqueles que mais influíam na formação de escretes nacionais na época. Em São Januário, constituiu com o uruguaio Figliola e o argentino Dacunto uma das linhas médias mais populares do país. Conhecidos como os "Três Mosqueteiros", faziam e desfaziam de técnicos, escalando, barrando e até mesmo contratando e dispensando jogadores. Quando Ondino Viera assumiu o cargo de treinador no Vasco para formar o embrião do que seria o Expresso da Vitória, os três foram dispensados por serem considerados muito envolvidos com a política do clube, apesar de bons jogadores.