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CARTA
DO PRESIDENTE EURICO MIRANDA AO SBT (SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO)
- 31/01/2001
"À TV SBT - Canal 4 de
São Paulo S/A. Prezados senhores: Tendo recebido de V.Sª notificação para que apresentasse a autorização para uso de sua logomarca no uniforme de seu time de futebol que disputou, no último dia 18, a partida final da Copa João Havelange, o Club de Regatas Vasco da Gama vem dizer que: Tradicionalmente, os uniformes das equipes de futebol apenas apresentavam suas cores e seus símbolos. Havia, portanto, diversos "espaços" sem qualquer aproveitamento em camisas e calções, e até nas meias. De um tempo para cá, e justamente em razão das transmissões dos jogos pela televisão, os clubes passaram a negociar esses espaços como verdadeiros "espaços publicitários". Passaram, pois, a estampar em seus uniformes, além dos respectivos símbolos, as marcas, os símbolos, as logomarcas ou nomes de seus patrocinadores, fazendo disso uma outra fonte de receita. Mas, se ordinariamente assim acontece, nem sempre isso ocorre. Além daqueles que não apresentam qualquer outra estampa em seus uniformes, mas apenas os seus distintivos, há clubes que se valem destes espaços para, graciosamente, fazer divulgação de mensagens ou de campanhas institucionais. Para exemplo, refira-se que o Vasco anteriormente usou estes mesmos espaços para divulgar o programa nacional chamado "SOS - Criança", e uma outra grande equipe carioca, durante algum tempo, "anunciou" em seu uniforme o slogan "Ame o Rio", uma campanha de valorização e divulgação da Cidade do Rio de Janeiro. Em outras palavras, casos há em que os clubes, sem nada receber, aproveitam estes "espaços" para manifestações altruísticas. Foi o que se deu no passado dia 18. Vítima de perseguições e cansado das calúnias lançadas sobre si, quis o Vasco prestar uma singela homenagem a quem, nas últimas décadas, tem sido permanentemente exemplo de luta contra o monopólio da TV e das informações; a quem tem lutado contra tudo e contra todos para continuar funcionando, e continuar exercendo a verdadeira livre imprensa. Tendo sido caluniado, quis o Vasco homenagear quem não o caluniou. Tendo sido vítima de uma odiosa campanha de perseguição, a partir da desinformação e até mesmo da edição de imagens, quis o Vasco homenagear quem dá à opinião pública a verdade dos fatos para que ela os julgue. Não podendo acabar com o monopólio, não tendo como impedir que se minta ao povo sob o disfarce da liberdade de imprensa, quis o Vasco homenagear uma rede de televisão e seu fundador que notoriamente se caracterizam e se afirmam no plano nacional justamente porque representam o contrário de tudo isso. Foi por esse motivo que o Vasco estampou no uniforme de seus atletas, para aquela partida tão especial, a logomarca do SBT. Sem poder acabar com o que há de ruim, quis homenagear o que há de bom. Sem qualquer fim de lucro, queria o Vasco homenagear o SBT e seu fundador, o Sr. Silvio Santos. Sendo um clube de luta, sempre ligado às camadas pobres da população, quis o Vasco divulgar ao mundo todo que assistia aquela partida o que há de bom, o que há de correto. A camisa do Vasco é, na verdade, o espelho da alma dos milhões de vascaínos que, naquele momento, homenageavam o Sr. Silvio Santos e sua rede de televisão. E isso ficou ainda mais evidente nas músicas cantadas pela torcida em todo o estádio, músicas de exaltação ao SBT, aos seus programas e, sobretudo, ao seu presidente. Se não pode acabar com o que há de ruim, quer o Vasco homenagear o que há de bom. E não há lei que proíba isso. Não pode haver nada de errado em se divulgar graciosamente o que alguém representa de melhor para milhões de telespectadores que assistiam aquele jogo. Normalmente o homenageado é quem agradece. Dadas as circunstâncias que a motivaram, despede-se o Vasco honrado por ter podido lhes prestar esta homenagem. Atenciosamente, Eurico Miranda |
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