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REPORTAGEM DO JORNAL MEIO E MENSAGEM A QUE A NOTA OFICIAL DO VASCO DE 14/02/2001 SE REFERE - 29/01/2001
A vingança é um prato que se come frio. Desta maneira, o revide da TV Globo contra o Vasco da Gama por ter exibido a logomarca do rival SBT na partida final da Copa João Havelange, no último dia 18, não deverá ser nos tribunais. Segundo um executivo das Organizações Globo que pede para não ser identificado, a emissora de TV costuma sempre adiantar aos clubes cariocas - "que sempre estão com suas finanças no limite" - boa parte do pagamento dos direitos de transmissão dos jogos que serão televisionados. O Vasco, que já teria recebido cerca de US$ 20 milhões adiantados referentes a quatro anos de direitos, não poderá mais contar com esse privilégio. "Oficialmente, a TV Globo não vai fazer nada. A revanche, no entanto, ocorrerá por meio de um endurecimento no adiantamento de bilheteria, placas de publicidade e televisionamento. Ela trata os clubes do Rio com paternalismo, mas com o Vasco isso acabou." A intenção é punir o clube com um torniquete financeiro. Sem dinheiro, ele não vai poder manter o time e, quando começar a perder, não terá mais o apoio da torcida", prevê o executivo. Procurada pela reportagem para comentar tais informações, a Rede Globo não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta edição. Estratégia semelhante de retaliação também estaria sendo adotada pelo Bank of America, que já adiantou mais de US$ 100 milhões ao Vasco e detém todos os direitos de comercialização de imagem do clube. "O Eurico quer criar uma confusão com a instituição financeira para não ter de repassar mais dinheiro, mesmo que isso termine com uma longa batalha na Justiça. Como ele já recebeu previamente, não tem mais interesse na parceria", acredita o executivo das Organizações Globo, ao revelar que seus "informantes" na CPI do futebol garantem já ter documentação suficiente para cassar o mandato de deputado federal do dirigente do Vasco até meados deste ano. Em entrevista, Eurico Miranda, não negou que exista a política de adian-tamento de verba, mas disse que se pronunciará somente quando a TV Globo confirmar oficialmente a medida. O SBT, que se posiciona como pivô involuntário da crise entre Globo e Vasco, também não tem a intenção de levar a questão aos tribunais. A emissora se limitou a cobrar explicações de Eurico Miranda, que mantém o discurso de que "não houve patrocínio, mas sim, homenagem". O vice-presidente do SBT, José Roberto Maluf, mantém-se firme ao garantir não ter tido conhecimento prévio da atitude do clube carioca. "Depois que me ligaram avisando como o Vasco tinha entrado em campo, comecei a assistir o jogo na Globo e me diverti. Asseguro que não sabíamos de nada. Foi uma surpresa para nós e para todo mundo. No dia seguinte à transmissão, o Eurico Miranda nos telefonou dizendo que fez aquilo porque a Globo havia editado as imagens da queda do alambrado no final do ano passado e das cenas subseqüentes no gramado", conta Maluf. Ele oficializa que sua empresa repreendeu o presidente vascaíno: "Falei para ele que isso não dá o direito de usar o logotipo do SBT contra a Globo. Então Eurico disse que ia afirmar ter sido uma homenagem ao SBT, mas mesmo assim consideramos que ele utilizou indevidamente a nossa imagem". O vice-presidente do SBT disse ter entregue no dia 19 de janeiro uma representação extra-judicial solicitando explicação formal. "Não há prejuízo para a imagem do SBT, mas nosso logotipo foi utilizado à nossa revelia. A emissora teria de ter autorizado, mas não compramos nem negociamos. Assim, o SBT não pode ser culpado por ter seu logotipo estampado nas camisetas do clube. Isso agora é um problema do Vasco", finaliza Maluf. O Grupo de Mídia de São Paulo estimou em R$ 1 milhão o valor da exibição da marca durante a transmissão. |
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