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A QUEDA DO ALAMBRADO DE SÃO JANUÁRIO

RELATOS DE VASCAÍNOS QUE ESTIVERAM
EM SÃO JANUÁRIO


Poucas horas após a partida, a NETVASCO pediu aos vascaínos que estiveram presentes ao fatídico jogo Vasco x São Caetano que mandassem suas impressões acerca dos acontecimentos do último sábado. Aqui estão os primeiros relatos recebidos pela NETVASCO.


Gostaria de dar meu depoimento como torcedor vascaíno sobre o que aconteceu no sábado. O Brasil e o mundo inteiro viram cenas de um acidente que pode ocorrer com qualquer clube de futebol e culpar uma pessoa por isso é uma atitude lamentável.

As pessoas que viram os acontecimentos pela televisão tiveram a impressão de que São Januário tinha se tornado um inferno com a imprensa chamando o que ocorreu de "tragédia" e coisas afins. Apenas quem estava lá pode dar o parecer correto e eu estava lá, torcendo, tranqüilo e querendo que meu clube fosse tetracampeão brasileiro. E é por isso que escrevo esta carta a este site e espero que os senhores, de uma forma ou de outra, possam publicar este artigo para que nosso clube de coração não seja mais uma vez, como sempre foi na história, alvo de preconceitos e inveja. Também quero deixar bem claro que não sou nenhum defensor do Sr. Eurico Miranda, apenas sempre percebi nele atitudes que buscam defender os interesses do Club de Regatas Vasco da Gama.

Vamos aos fatos:

- É sabido que toda a imprensa tem problemas de relacionamento com o Vasco da Gama, mais precisamente com o Sr. Eurico Miranda, pelo fato de que este impõe limites ao que a imprensa chama de "liberdade", mas que nada mais é, muitas vezes, uma invasão de privacidade. Portanto, veicular manchetes chamando o Sr. Eurico Miranda de desumano (Jornal Extra do dia 02/01/2001) é natural em um jornal que possui como editor um conhecido desafeto do presidente eleito do Vasco da Gama. Aparentemente, toda a imprensa torcia para que um acidente ocorresse em São Januário, pois assim teriam realmente motivos para as críticas ao clube e ao presidente eleito.

- É interessante que nenhum jornal tenha mostrado uma cópia do documento assinado onde consta o suposto oferecimento do Maracanã ao Vasco da Gama. Todos se lembram que em 1997, o Vasco ganhava todas as partidas em São Januário e a final foi no Maracanã. Ao Vasco, obviamente interessaria a final de sábado no Maracanã, pois o lucro seria muito maior e, considerando que o São Caetano é um clube da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, ele está muito mais acostumado a jogar em estádios pequenos. Portanto, o Maracanã lotado seria mais favorável ainda ao Vasco.

- A grade no estádio não tem como objetivo impedir que o público a ultrapasse. É uma grade e não um muro de concreto. É normal que ela ceda com a pressão de 160 pessoas e graças a Deus ela cedeu, pois do contrário realmente ocorreria uma tragédia com pessoas morrendo sufocadas como no jogo Liverpool e Juventus alguns anos atrás na Europa. Sobre o que ocasionou a correria, se houve realmente alguém armado dentro do estádio, a PM deve ser responsabilizada por não fazer uma revista severa nos torcedores.

- O resto da torcida do Vasco agiu de forma exemplar, esperando calmamente o desfecho da situação e percebendo o estado dos torcedores machucados, entretanto nenhum órgão da imprensa citou este fato...Trinta e cinco mil pessoas saindo calmamente do estádio, sabendo que pagaram R$ 15,00 ou R$ 20,00 por um espetáculo que não viram e que não possuíam nenhuma prova de que estiveram no estádio é uma atitude que deveria ser mencionada com louvor. Estávamos mais preocupados com o calor e com o pouso dos helicópteros, nem sempre realizados com muita destreza, do que com a possível "invasão" de campo tal amplamente citada pela imprensa.

- A tal "superlotação" de São Januário citada em todos os órgãos de imprensa deve ter sido inventada por alguém que realmente nunca esteve em São Januário. Eu estava sentado no pedaço da arquibancada em frente ao placar e havia espaços para mais pessoas. Na final da Taça Libertadores da América de 1998, por exemplo, estava muito mais lotado. Obviamente, onde fica situada a Força Jovem sempre fica superlotado com torcedores em pé, mesmo com o estádio vazio. Isto é sabido por qualquer torcedor de futebol.

- As pessoas não se devem basear apenas nas leis escritas, os costumes devem ser também considerados. É de total irresponsabilidade levar uma menina de 5 anos de idade para arquibancada de um estádio de futebol e ainda mais ficar em frente a uma torcida organizada. Fiquei realmente emocionado ouvindo o pai dela dizer que a menina queria a camisa do Vasco que tinha ganho durante o jogo, pois demonstra a paixão da menina pelo clube. Entretanto, este senhor que agora quer processar o clube por danos físicos, deveria ser interpelado judicialmente por sua irresponsabilidade. Primeiro, ele deveria estar com a criança nas sociais do clube; segundo (se não tivesse o dinheiro para pagar o ingresso mais caro) deveria ter chegado cedo ao estádio para escolher um lugar confortável e seguro para ficar com sua filha e que, decididamente, não é no meio de uma torcida oraganizada de futebol.

- Acredito eu que, se um chefe de segurança afirma que existem condições seguras para se continuar o jogo e, realmente, existiam, por que um chefe burocrata deva interceder nesta decisão? Após a retirada dos feridos, a torcida voltou a cantar e a se animar, foram feitos dois cordões de isolamento: um com policiais do batalhão de choque em número suficiente e outro com carros de bombeiros e carros da PM. Não havia possibilidade de "invasão" com este policiamento, ou melhor, havia, estatisticamente falando, a mesma possibilidade que antes de começar o jogo, pois quem invade o campo são os torcedores fanáticos, os chamados membros das torcidas organizadas (que já estavam sendo policiados) e não os torcedores comuns que estavam no resto do estádio.

- A atitude do Governador sim colocou em risco a segurança de todos e demonstrou sua total desconfiança na sua própria polícia (Polícia Militar). O resto da torcida poderia se enfurecer por pagar por uma coisa que não vimos e, pior ainda, não termos prova alguma de que estivemos lá. A torcida do Vasco não ia colocar em risco sua própria segurança invadindo o campo para agredir o árbitro ou algum jogador do São Caetano. Entretanto, quando o ser humano se sente lesado financeiramente, isto sim provoca a ira e revolta. Por sorte, o cansaço e o calor estavam intensos e, acredito eu, devido a isto a torcida se retirou pacificamente. É interessante que toda a imprensa em 1992, na decisão do Campeonato Brasileiro entre Flamengo e Botafogo, elogiou a decisão do árbitro de manter o jogo em respeito aos demais torcedores, embora todos tenham visto dois torcedores morrerem caindo de uma altura enorme. Aquela imagem sim foi chocante e mesmo assim se manteve o jogo e não ocorreu problema algum, nem questionamentos sobre superlotação do Maracanã ou violência da Raça Rubro-Negra, porque todos perceberam que foi um acidente e acidentes ocorrem!

Portanto, espero que através deste meu depoimento este site comece um movimento em defesa de nosso clube contra estas pessoas que insistem em aumentar os problemas e difamar o Clube de Regatas Vasco da Gama. Nosso clube incomoda os outros grandes do Rio, principalmente o Flamengo. Nossa torcida foi a que mais cresceu na década de 90 e isto incomoda os flamenguistas que como todos sabem não conseguem separar a paixão clubística de outros assuntos. Entendo que a imprensa deva falar do Flamengo sempre, afinal querem vender jornais e ter audiência e, infelizmente para nós, a torcida deles é grande, porém a forma ofensiva como vem sendo tratado o Vasco da Gama na imprensa está chegando a patamares absurdos. Precisamos dar um basta nisso!!!

(Orlando Mansur)

 

 

Com relação à briga na arquibancada o motivo foi uma discussão por causa de uma gimba de maconha, eu estava perto de um torcedor que pertence a Força Jovem e ele disse q a briga ocorreu do seu lado por conseqüência disso. Outra coisa, quando percebi que o jogo ia ser suspenso esperei até que o estádio esvaziasse para que eu e outros torcedores fôssemos pedir o dinheiro do ingresso de volta. Eurico deu um esporro em nós torcedores e sócios, uma senhora se exaltou e o chamou de ladrão já que ela havia comprado cadeira e ficado de pé. Eurico deu um tapa na cara da torcedora. A história pode ser comfirmada por vários torcedores que estavam presentes e pelo repóter da folha de São Paulo, ao qual pedimos que publicasse o ocorrido.
(Savano Pereira)

 

 

Eu estava em São Januário e presenciei essa tragédia em nosso estádio. Que o principal problema foi a superlotação, parece já ser um fato. Basta verificar um detalhe: quando o alambrado se rompeu e várias pessoas caíram no campo, ou seja, saíram das arquibancadas, estas continuaram cheias. Não abriu-se um clarão ou espaço, por menor que fosse, como era de esperar. Está aí a prova de que as pessoas estavam MUITO espremidas. Alguns fatos mostram o porquê da superlotação. Por exemplo, por onde entrei estava havendo um tumulto muito grande e, para piorar, um rapaz não tinha ingresso ou estava com um falso na entrada do Estádio, já junto às roletas. Ele não poderia entrar mas teria dificuldades em voltar, por causa desse tumulto já citado. Eis que aparece um PM e resolve o problema aos berros: "Deixa pra lá, pula, pula!". Quer dizer, se a própria PM, que estava ali para, entre outras coisas, impedir que pessoas sem ingresso ou com ingressos falsos entrassem no estádio, permitia essas entradas, como saber que bilheteiros não o faziam? Aliás, o suborno de bilheteiros foi noticiado em jornais de hoje (31/12). Sobre a condição de continuar o jogo, na minha opinião não havia condição, pois um gol do São Caetano ou até a comemoração do Vasco poderiam causar invasões de campo e mais tumulto. Porém, se especialistas nestes casos garantiram que havia condição de jogo, como é que o Governador, sei lá de onde, resolveu que não dava para continuar? Acho que ele deve explicações também. Ponto negativo: Foi ridículo e vergonhoso ver os jogadores do nosso time dando volta olímpica e comemorando enquanto torcedores estavam feridos em hospitais. Mais ridículo ainda pelo fato de o título não estar definido como do Vasco. Eurico Miranda: pode ter vários defeitos, mas pelo menos por enquanto não pode ser condenado pelo que aconteceu. Mas foi desumano pedir que torcedores machucados se retirassem do campo sem que tivessem sido atendidos. Parabéns a Pedrinho e Paulo Miranda que eu vi dando apoio a torcedores que estavam em ambulâncias a caminho do hospital. Se outro jogador também o fez, merece os parabéns.

Agora uma dúvida: por que o helicóptero de assistência médica particular ficou meia-hora parado em frente às câmeras da Globo, enquanto os do Corpo de Bombeiros fez três viagens? A preocupação era publicidade ou atendimento?

(Rafael Louzada)

 

 

Fui ao jogo final da copa JH e tenho a minha opinião sobre o assunto. O jogo poderia ter sido realizado perfeitamente em São Januário, que já sediou uma final de Copa Libertadores, mas a nossa inoperante Polícia estava na porta do estádio "controlando" a entrada das pessoas e o esquema, pelo menos na hora em que eu estava entrando, era: entrava uns dois com ingresso e passa um por debaixo ou pelo lado da roleta. Muitos entraram sem ingresso e isso superlotou o estádio. Uma briga até certo ponto normal (não menos errada por ser normal) acabou gerando um tumulto muito maior do que causaria se a lotação fosse somente das 33.000 pessoas que compraram ingresso. Na hora da invasão, a Polícia também foi inoperante, pois pessoas pulavam para o gramado livremente ao lado dos policiais. Precisamos de seguranças mais preparados e honestos, não esses que deixam o estádio superlotar e dão margem a essa confusão toda em troca de alguns trocados. Essa foi a visão de um torcedor que estava presente na arquibanca e esperava um espetáculo e a comemoração do título, mas foi prejudicado por dois ou três "torcedores" nervosinhos e vários PMs corruptos e incopetentes.
(Eduardo Tenório)

 

 

No último sábado do ano de 2000, estive em São Januário. Como em outras partidas realizadas durante o ano inteiro.

Realmente a queda do alambrado foi muito perigosa e poderia ter sido muito pior, pois não houveram vítimas fatais e graças à Deus. Os casos mais graves já estão bem medicados nos respectivos hospitais.

Eu estava à altura do centro do campo, bem abaixo das cabines de rádio e TV. Exatamente na linha divisória do campo de São Januário.

Quando o alambrado começou a se romper, estava prestando atenção na saída do jogador Romário, que estava indo em direção ao túnel de acesso do vestiário. Aí comecei a perceber que muitas pessoas estavam forçando a grade divisória devido a alguns empurrões das pessoas estarem se movimentando nos degraus da parte superior das arquibancadas.

Realmente foi um tumulto muito grande, mas a Defesa Civil fez um atendimento exemplar e com muita competência socorreu os casos mais graves nos helicópteros, e com muita perícia e profissionalismo obteve sucesso total no desempenho de suas obrigações profissionais.

Acho que poderia ter sido reiniciado o jogo, pois o policiamento já havia feito um cordão de isolamento da parte em que a grade foi rompida e conseqüentemente o Club de Regatas Vasco da Gama foi (mais uma vez) prejudicado por TODOS que torcem contra a maior e melhor equipe de futebol do Brasil.

Será uma injustiça tremenda o Club de Regatas Vasco da Gama dividir o título com uma equipe que não conseguiu nós vencer em São Paulo e conseqüentemente teria muita dificuldade em ganhar o jogo.

(Artur Bueno)

 

 

Eu estava nas cadeiras, ou seja, no lado oposto de onde ocorreu a tragédia. No momento em que o Hélton colocava a bola na pequena área para bater um tiro de meta, pouco acima do meu ângulo de visão, vi como um conjunto de peças de dominó abrirem uma clareira na arquibancada, na parte lateral da FJV. Alguns segundos - acho que uns 3 ou 4 - vi que a multidão espremida rompia as grades - cerca de 60 metros e caíam uns por cima dos outros e quase caíram pelo buraco do túnel de saída.

Um aperto muito grande e espantoso tomou conta do meu e dos que presenciaram a cena (sic).

Alguns pontos, ainda, devo salientar a respeito daquela fatídica tarde:

1) Quando entrei no estádio, vi que muita gente estava sendo colocada, pelos seguranças e pelos PMs, sem ingresso; 2) Nunca vi São Januário tão cheio como ontem; 3) Infelizmente, mais uma vez, vi os torcedores, após a queda da "bastilha", serem espancados por PMs - diga-se se passagem, maus PMs.

Acredito que deste episódio, poderemos lucrar em aprendizagem e evitar que o desejo de ver casa cheia e os cofres do clube também, venham a causar novos desastres.

(João Nogueira)

 

 

A torcida do Vasco tem que se manifestar, nao podemos deixar a mídia fazer o que esta fazendo, estão mostrando na TV e nos jornais somente o que lhes interressam. EU FUI AO JOGO e vi tudo o que aconteceu, tenho 29 anos e estava próximo à torcida Vila Vasqueire, ao lado da Força Jovem, separada por uma grade que divide a arquibancada, cheguei às 14h e o estádio já estava lotado, o Eurico entrou no gramado, foi até alguns integrantes da torcida Força Jovem e pediu para que as faixas fossem abaixadas pois estavam muito altas e os torcedores tinham que se pendurar nas grades para ver o jogo (grades, não alambrado, que e feito de tela de arame e não de ferro). Os torcedores imediatamente obedeceram, o que prova a preocupação do dirigente com a torcida, ao contrário do que foi dito. Quantas vezes um presidente de clube entrou no gramado para pessoalmente tomar tal atitude?

Logo depois começaram a entrar vários policiais do batalhão de choque, cercando toda a arquibancada, isso me preocupou pois a quantidade de policiais era muito grande, e todos sabem o quanto são despreparados esses policiais.

Ora, nunca fiquei sabendo de partida paralisada dentro de São Januário por invasão de campo de torcedor, e já tivemos várias finais ali, inclusive uma final entre Vasco e Flamengo num Estadual onde o Maracanã estava interditado. Aqueles policiais deveriam estar do lado de fora evitando invasões de torcedores sem ingressos e cambistas com ingressos falsos, o que evitaria com certeza a superlotação. Os primeiros a ver o acidente acontecendo foram os torcedores que estavam de frente, ou seja, os torcedores das cadeiras, quando ouvimos o coro de espanto desses torcedores chegamos a pensar que algo estava acontecendo com o dirigível que no momento fazia uma manobra estranha, que chegou a fazer uma imensa sombra na arquibancada, mas quando olhamos para o lado vimos aquela onda de gente descendo a arquibancada e forçando a grade que foi cedendo bem devagar, o que nao aconteceria se ela estivesse com corrosão, pois cairia muito mais rápido, tão devagar que os torcedores que estavam pendurados nela não se machucaram pois assim que ela desceu ate o chao esses torcedores foram para o gramado tranqüilamente. Só que, depois, uma nova onda (essa mostrada pela TV), desceu novamente a arquibancada passando uns por cima dos outros.

A primeira reação de vários desses policiais que eu disse serem despreparados foi a de partir para cima desses torcedores que conseguiram ir para o gramado enquanto a grade descia lentamente, e com seus enormes cacetetes agrediram esses torcedores, até que um deles comecou a conter seus colegas e recolheu todos os cacetetes, pois estava claro que naquele momento eles nao iriam precisar de armas e sim de ajudar aqueles que nao conseguiram ir para o gramado. Pois isso prova tambem que a grade ter cedido evitou tragédia maior, pois ouve por onde fugir, o que não aconteceria se a grade não cedesse e as pessoas seriam imprensadas nela.

Eurico voltou ao gramado e logo vários reporteres o cercaram e perguntaram estupidamente se haveria jogo, e ele respondeu não estar preocupado com isso naquele momento, ele disse estar preocupado em ajudar os torcedores feridos. Ora, onde foram parar essas cenas que meus familiares disseram que viram ao vivo na TV, e não foram mais reprisadas? Aquela cena do Eurico retirando as pessoas do gramado para o reinício do jogo foi quando tudo já estava sendo organizado para isso, mas alguns torcedores que simplesmente invadiram o campo e não tinham nenhum ferimento continuavam deitados no gramado, e alguns estavam sendo atendidos no proprio gramado. Com tanta ambulância e helicóptero por que atender os feridos no chao? Ele pedia para que retirassem as pessoas pois até os jogadores já estavam em campo para reinício do jogo.

Logo apos o acidente eu falei para as pessoas que estavam comigo para irmos embora, pois também achava que não tinha a menor condição de jogo, mas depois de esperarmos uma hora e meia no sol forte, depois de organizarem tudo, depois da torcida começar a gritar de novo, eu vi que seria muito pior se o jogo fosse cancelado, o que revoltaria os torcedores. Fiquei sabendo tambem que um major disse na TV que eles tinham que ver o que era melhor: reiniciar o jogo ou conter a euforia (sic) dos torcedores pelo seu encerramento.

(...)

Depois de os torcedores perceberem que o jogo tinha sido cancelado, comecou novo tumulto, e dessa vez com os policiais do batalhão de choque estavam na arquibancada, começaram a querer expulsar todo mundo na base da violência. Tal fato só não tornou a situação pior por que todo o estádio percebeu a ignorância da policia e começou a cantar refrões contra ela, e alguns torcedores com filhos no colo acabaram enfrentando tais policiais que perceberam o erro e recuaram (alguns policiais militares tambem tiveram que conter esses do batalhao de choque, como foi visto na Rede TV). É claro que tudo tem que ser apurado, mais daí a condenar todo um Clube por tal acidente é uma injustiça muito grande. A torcida do Vasco não pode se calar diante de tais fatos. A palavra de ordem na mídia esta parecendo ser: "Vamos destruir o Eurico e quem for a favor dele, vamos acabar com o C. R. Vasco da Gama custe o que custar, essa é nossa chance".

(Victor Pereira)
Estávamos eu e meu pai na parte das sociais do estádio. Para que pudéssemos encontrar uma cadeira, tivemos que chegar as 12h45min, isto é, 3 horas e 15 minutos antes do jogo, e a situação estava confusa. Visivelmente, foram vendidos mais ingressos do que a capacidade racional do estádio, já que havia pessoas sentadas nas passagens daquela área. Por isso, tivemos que assistir ao jogo propriamente dito sempre em pé, já que ninguém podia ver se ficasse sentado. E vimos com muita preocupação o fato que ocorreu, aquelas pessoas que estavam desde da abertura dos portões no sol sofrerem e se machucarem. Espero que todas estejam bem e que o nosso grande Vascão possa vencer, no campo, esta decisão...
(Leonardo Almeida)

 

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