O Club de Regatas Vasco
da Gama, por seus poderes legitimamente constituídos e tendo em
vista os incidentes em 30 de dezembro no Estádio de São Januário,
vem tornar público o seguinte:
I) Lamenta os incidentes
ocorridos, atingindo, com isso, sobretudo a grande família vascaína,
e hipoteca irrestrito apoio e total solidariedade aos torcedores
feridos, convidando-os, inclusive, a comparecerem a São Januário;
II) Agradecer a todos
aqueles que, de uma forma ou de outra, colaboraram para o imediato
atendimento dos feridos, sob a liderança do vice-presidente, doutor
Eurico Miranda, que declarou expressamente que sua única preocupação
era aquele atendimento, conforme matérias gravadas por emissoras
de televisão presentes, valendo destacar que, para a eficiência
nesse atendimento em caráter urgente, foi decisiva a participação
do departamento médico do clube, por seus profissionais e do seu
excelente e moderno equipamento médico hospitalar;
III) Agradecer também
aos torcedores vascaínos presentes a São Januário, que demonstraram,
em primeiro lugar, respeito e compreensão pelo sofrimento dos feridos
e, em segundo lugar, seu profundo senso de cidadania, respeitando
a decisão final de suspender a partida e retirando-se ordeiramente
do estádio;
IV) Repudiar com firmeza
as torpezas de certos segmentos da comunicação social, que procuram,
de forma leviana, atribuir a dirigentes do Vasco da Gama a culpa
de um incidente inteiramente fortuito, diferentemente de outras
tragédias muito mais graves, como, por exemplo, a ocorrida há poucos
anos, no Maracanã, na qual, além de mais de uma centena de feridos,
quatro pessoas morreram;
V) De igual modo, lamentar
que algumas autoridades tenham procurado, nos desdobramentos do
incidente, pôr em causa a correção das atitudes do Vasco da Gama
e de seus dirigentes, estimulando as vítimas a interporem ações
indenizatórias contra o clube, demonstrando, com isso, no mínimo,
desconhecer a história do nosso clube, que, existindo há mais de
um século, nunca fugiu às suas responsabilidades perante o Estado,
nem se despojou jamais de seus princípios humanitários e de justiça;
VI) Reafirmar, perante
a imensa legião de vascaínos, a firme determinação de acrescentar
mais glórias à história do nosso clube, de o manter como a primeira
potência desportiva do Brasil, conscientes que estamos de que as
conquistas em todos os domínios e as vitórias em todas as modalidades
são a razão geradora da inveja e do despeito dos que detinham melancolicamente
na sua própria mediocridade.
Finalmente, o Vasco
da Gama reitera que:
a) O Estádio de São
Januário oferecia e oferece plenas condições para a realização da
final da Taça João Havelange;
b) Que o número de ingressos
vendidos era perfeitamente compatível com a lotação do estádio;
c) Que não é verdadeira
a versão de que os dirigentes do clube teriam dado prioridade, no
período que se seguiu ao incidente, à continuação da partida, em
prejuízo do atendimento aos feridos, pois ocorreu exatamente o contrário:
a eles se deve a mobilização de todos os recursos, humanos e técnicos,
para que a assistência que precisavam fosse assegurada no padrão
exemplar em que o foi;
d) Que o Vasco da Gama
entende que a forma correta para a apuração do campeão da Taça João
Havelange será a realização de nova partida com o São Caetano, em
data a ser definida.
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