Tendo em vista os últimos
acontecimentos envolvendo o Club Regatas Vasco da Gama, a TORCIDA
NETVASCO gostaria de dizer que espera:
1) Que o Vice-Presidente
Eurico Miranda, por mais alterado que esteja e por mais passional
que seja, não ofenda a autoridade máxima do Estado
do Rio de Janeiro ao vivo e em rede nacional. Que ele demonstre
a fidalguia, a fleuma e a elegância que o cargo de Presidente
do Vasco (o qual ele está prestes a assumir) exige e que
foram tão bem personificados pelo Presidente Antônio
Soares Calçada ao longo dos últimos 18 anos;
2) Que cada centímetro
quadrado do Estádio Vasco da Gama seja vistoriado pelos técnicos
do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE)
e pelos engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
do Rio de Janeiro (CREA-RJ). Que, caso seja detectada alguma irregularidade,
o C. R. Vasco da Gama arque com as multas e penas previstas em lei
e que providencie as obras necessárias para que o estádio
possa ser reaberto ao público o mais breve possível.
E, depois disso tudo, que cada grande estádio do Brasil,
público ou particular, seja vistoriado com o mesmo rigor
utilizado no Estádio do Vasco;
3) Que o C. R. Vasco
da Gama, conforme disposição já manifestada
em recente nota oficial publicada, auxilie financeiramente as vítimas
do acidente e lhes proporcione também algum apoio moral que
esteja ao seu alcance, como, por exemplo, a promoção
de um encontro entre vítimas do acidente e jogadores do Vasco;
Que todos se recordem que o C. R. Vasco da Gama é, entre
os grandes clubes brasileiros, aquele que melhor cumpre com suas
obrigações fiscais e tributárias e que portanto
não há motivo para temer que o Clube vá deixar
de indenizar as vítimas, caso a Justiça assim determine;
4) Que alguns setores
da imprensa não denigram, na ânsia de promover seu
acerto de contas particular com o Vice-Presidente Eurico Miranda,
a imensa torcida vascaína, os méritos da equipe de
futebol do Clube, o glorioso Estádio Vasco da Gama (de importância
histórica inegável no cenário esportivo e político
do país) e, principalmente, a instituição Club
de Regatas Vasco da Gama;
5) Que as gravações
de TV e rádio com as declarações dos dirigentes
do Vasco, dos representantes da Polícia, da Defesa Civil
e do Corpo de Bombeiros, dos torcedores, do árbitro do jogo
e dos demais protagonistas do episódio do dia 30/12/2000
em São Januário sejam vistas e ouvidas pelos órgãos
competentes na íntegra, de maneira que frases soltas, ouvidas
fora do contexto e destacadas pelos noticiários dos últimos
dias não sejam mal interpretadas;
6) Que a empresa que
cuida da marca Vasco e financia a reforma do Estádio Vasco
da Gama acelere o cronograma das obras a fim de que - seja qual
for a conclusão da vistoria que está sendo feita -
tenhamos em breve um estádio do mesmo nível dos melhores
do mundo. Caso a empresa não possa acelerar a reforma, que
pelo menos tome medidas simples, baratas e eficientes para o conforto
do torcedor, como por exemplo a instalação de cadeiras
iguais às do Maracanã em toda a extensão das
arquibancadas e a redistribuição das cadeiras das
sociais do estádio, que são muito apertadas e coladas
umas nas outras;
7) Que a Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro comece a disciplinar a entrada
do público nos estádios desde as imediações
dos mesmos, fazendo cordões de isolamento e procedendo rigorosas
revistas a fim de que não seja possível um torcedor
comum entrar num estádio portando arma de fogo;
8) Que a redes de televisão
responsáveis pela programação dos horários
dos jogos tenham o bom senso de, pelo menos durante o verão,
evitar que os jogos comecem antes das 18 horas na cidade do Rio
de Janeiro. Expor torcedores, alguns deles idosos, mulheres e crianças,
ao sol de verão durante quase toda uma tarde por causa de
interesses comerciais é uma atitude antipática e desumana;
9) Que os torcedores
não sejam submetidos a esperar horas em filas quilométricas
sob sol forte para adquirir seus ingressos. No caso específico
do Vasco, que a venda de ingressos seja espalhada pelas outras duas
sedes do Vasco (é uma excelente oportunidade para os vascaínos
conhecerem as outras sedes do nosso glorioso Clube) e por locais
de melhor acesso e mais confortáveis, como shoppings e lojas
de departamentos.
10) Que os torcedores
que não conseguirem comprar ingresso nos postos de venda
contentem-se em acompanhar as partidas pelo rádio ou pela
TV. Que não compareçam ao estádio a fim de
tentar "dar um jeitinho" para assistir ao jogo a qualquer
custo, pois às vezes o custo poderá ser bem alto;
11) Que o título
da Copa João Havelange seja decidido em um jogo extra entre
Vasco da Gama e São Caetano, a ser marcado em um futuro próximo.
A concessão do
título a qualquer dos dois clubes pode acarretar uma disputa
judicial que ninguém sabe quanto tempo vai durar.
Não há
estádio no Rio de Janeiro? Que o jogo seja realizado em Manaus,
Florianópolis, Maceió, São Luís, Natal,
João Pessoa ou em qualquer outra cidade que possua um bom
estádio e maciça torcida vascaína.
Não há
datas? Ora, por três vezes o Campeonato Brasileiro começou
em um ano e terminou em fevereiro ou março do ano seguinte
(1977/1978, 1986/1987 e 1988/1989), e por motivos bem menos nobres
do que um acidente com vários feridos.
Os times já estão
desfeitos? Que se façam contratos apenas para a decisão.
O Cruzeiro contratou Donizete e Bebeto apenas para fazer um jogo
em Tóquio, portanto o precedente já foi aberto.
Não há
interesse por parte das TVs? Que se promova o jogo com competência,
como as TVs sabem fazer tão bem com eventos de importância
até bem menor. Com uma boa promoção, esta decisão
Vasco da Gama x São Caetano pode bater todos os recordes
de audiência.
9) Enfim, que a Nação
Vascaína, ao se recordar desta Copa João Havelange,
não tenha como última lembrança a avalanche
humana seguida do congestionamento de helicópteros e ambulâncias
em São Januário; que tenha, sim, gravadas em sua memória
as defesas milagrosas de Hélton, a vibração
de Juninho Paulista, os lançamentos precisos de Juninho,
os gols de Viola e Euller (já que Romário não
poderá jogar) e, principalmente, um estádio lotado,
em festa, gritando VASCÃO CAMPEÃO.
TORCIDA NETVASCO.
A 1ª Torcida
Organizada Virtual
do Club de Regatas Vasco da Gama
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