No aniversário de 83 anos de São Januário, o jogo e a festa estiveram longe da história do estádio e do clube. Mas pelo menos não houve presente de grego. Com um primeiro tempo tranquilo e um segundo mais do que tenso, o Vasco venceu o Corinthians-PR por 2 a 1, classificando-se para as quartas de final da Copa do Brasil. Um resultado que até certo ponto acalma uma torcida que já foi eliminada por Gama, Baraúnas e XV de Campo Bom.
Na próxima fase, o Vasco pega Vitória ou Goiás. A equipe goiana precisa vencer por cinco gols de diferença o duelo desta quarta-feira, às 21h50m, no Serra Dourada. O jogo de ida das quartas de final será na próxima semana, quarta ou quinta-feira, em Salvador ou Goiânia.
No ano passado, o Vasco pegou o Vitória nas quartas de final: 4 a 0 em São Januário e 1 a 1 no Barradão.
O JOGO
No feriado de sol, a torcida surpreendeu a diretoria e prestigiou o aniversário de 83 anos de São Januário. Foi o maior público do Vasco em casa nesta temporada: 11.739 presentes, com 10.034 pagantes.
Até Cadu, do BBB10, esteve pela primeira vez no estádio depois do programa. E o Vasco colocou o Coritnhians-PR no paredão logo no início. Fagner fez duas boas jogadas e foi derrubado em ambas. Na segunda, Léo Gago cobrou a falta de longe e o goleiro Colombo jogou para fora. Isso mesmo: Colombo tentava impedir a festa de aniversário da casa portuguesa. Mas no escanteio não houve jeito: 1 a 0, aos 12 minutos. Gol de cabeça de Élton, que inovou usando um bigodinho.
O gol deu tranquilidade ao time, mas o conforto virou acomodação. O time diminuiu bastante o ritmo e só esteve realmente perto de marcar o segundo aos 31, quando Coutinho rolou bem para Elton. Colombo saiu bem e abafou a jogada.
Aproveitando o recuo do Vasco, o Corinthians-PR se soltou. Mas Fernando Prass não chegou a ter trabalho. Aos 46, Rodrigo Crasso teve a primeira e única clara chance de empatar na etapa inicial. Com a bola quicando na área, chutou torto, longe do gol, tornando inevitável o trocadilho: erro crasso.
O ritmo do Vasco continuou lento na segunda etapa. Com dificuldades na criação e nas finalizações, Gaúcho tirou Coutinho e Élton aos 22 minutos. Rafael Coelho e Dodô entraram, mas as duas melhores chances foram de Carlos Alberto. Primeiro, o jogador aproveitou uma falha do zagueiro e cabeceou com perigo. Em seguida, aos 24, soltou uma bomba na trave, com Colombo completamente batido.
A torcida voltou a se animar, mas a alegria durou pouco. Aos 26, o susto: em cobrança de escanteio do mesmo lugar de onde surgiu o gol de Élton, Leandro apareceu sozinho na área e empatou: 1 a 1.
A partir dali, um gol do Corinthians eliminaria o Vasco. Ao lado de Roberto Dinamite na Tribuna de Honra, o sempre sereno Paulinho da Viola gesticulava. O ator Antônio Pitanga aparentava roer as unhas. Para piorar, o Corinthians sofreu uma falta na entrada da área aos 30 minutos. Oliveira bateu bem, mas Fernando Prass se esticou e evitou o pior.
Nem assim a torcida ficou aliviada. O Corinthians continuava pressionando. Dodô passou a ser alvo de críticas. Da arquibancada, gritos pediam disposição.
Os gritos deram resultado. Aos 42, Dodô rolou para Carlos Alberto, que teve tranquilidade para tirar o zagueiro da jogada e tocar no canto, espantando os fantasmas do passado da equipe na Copa do Brasil.
Aos 45, Dodô ainda tentou uma arrancada e um gol de placa, tocando por cobertura. Mas não era o dia da redenção do atacante.
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