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NETVASCO - 18/04/2010 - DOM - 03:53 - Atacante Jean, hoje no Brasiliense, revela sondagem do Vasco O Brasiliense está se reforçando para fazer uma boa campanha no Campeonato Brasileiro da Série B. E para compor o ataque, o clube contratou Jean, campeão carioca com o Flamengo em 2004. Nascido no Rio de Janeiro, o jogador de 28 anos pela primeira vez defenderá um clube de menor expressão no cenário nacional. Porém, engana-se quem pensa que isso é um problema para ele. Segundo Jean, a Série B está cada vez mais disputada e ele está indo para o Jacaré de coração aberto, ao recusar sondagens de Vasco e Botafogo.
Em entrevista ao site Justicadesportiva.com.br, o atacante fala sobre os desafios da nova fase, relembra o início da carreira e ainda comenda sobre a tragédia das chuvas no Rio de Janeiro, no qual foi solidário.
Depois de sucesso em clubes grandes, o que o levou hoje, aos 28 anos, estar em um clube menor expressão como o Brasiliense?
“É uma experiência nova. Mas para mim, tem que jogar com seriedade tanto na Primeira quanto na Segunda Divisão. Estou indo muito feliz disputar a Série B, com o coração aberto para fazer um bom trabalho. É uma divisão que cada vez mais está disputada e por isso temos que respeitar todos que estão lá. Espero fazer boas atuações como fiz nos clubes por onde já passei”.
Tem vontade de um dia voltar a jogar no futebol carioca?
“O Rio é a minha casa. Até tive sondagem do Vasco, clube que tenho o maior carinho, mas acabou não tendo acerto. Agora é focar no Brasiliense”.
Onde foi sua melhor fase: no Vasco ou no Flamengo?
“Acho que foi no Flamengo, porque joguei lá por 14 anos, fui revelado no clube e conquistei títulos. No Vasco tive uma boa passagem, tenho carinho pelo clube, mas infelizmente não conquistei títulos. Por isso, o Flamengo foi o que me marcou”.
O futebol árabe tem se tornado um destino comum para os jogadores brasileiros. Como foi a experiência nos Emirados?
“Foi excelente. Ganhei experiência no futebol internacional e até recebi um troféu do gol mais bonito do campeonato. Fiquei de voltar, mas não deu por alguns problemas. Mas eu pensava em ficar mais uns dois anos por lá”.
Por que suas passagens por Cruzeiro, Corinthians, Santos e Fluminense foram tão rápidas?
“Nesses clubes eu não tive tantas oportunidades de mostrar o meu trabalho. No Cruzeiro, por exemplo, o Vanderlei (Luxemburgo), que pediu minha contratação, saiu pouco tempo depois que entrei, aí fiquei encostado. No Corinthians, com o Leão, foi a mesma coisa. Mas são clubes que tenho carinho e não tive problemas”.
Quem foi o melhor técnico com quem você já trabalhou?
“Não tenho o que me queixar de nenhum deles. Mas posso destacar o Abel Braga e o Osvaldo de Oliveira. Foram técnicos especiais na minha carreira e me deram a chance de ser titular. Destaco também o Renato Gaúcho no período em que fiquei no Vasco”.
Com quem você gostaria de trabalhar e ainda não teve a oportunidade?
“Nunca trabalhei com o Joel Santana e fique feliz dele ter pedido a minha contratação no Botafogo. Não acertei lá por pequenos detalhes.”
O Brasiliense tem jogadores conhecidos, como Iranildo e Aloísio Chulapa, e você será mais um. O fato de já ser conhecido é melhor ou pior ao chegar num clube?
“Tem prós e contras. A vantagem é que o seu trabalho é mais conhecido, mas também você acaba sendo mais cobrado do que os que estão subindo. Eu conheço o Chulapa e tenho amizade com ele, isso já ajuda no entrosamento. Espero poder ajudar dentro de campo e fora, através de conversas.”
E por ser conhecido, você chega com a condição de titular absoluto ou tem que brigar por posição?
“Não chego no Brasiliense para pegar o lugar de ninguém. Todo clube tem grandes jogadores e lá não é diferente. Vou lutar para ter o meu espaço como qualquer outro jogador”.
Você é de Niterói e como muitos que moram lá, ficou sensibilizado com a tragédia devido às chuvas. Você passou por alguma situação difícil nesses dias em que esteve no Rio antes de ir para Brasília?
“Foi o episódio mais triste que já vi. Procurei ajudar as pessoas do Morro do Bumba. Meu pai mora em frente e vi tudo de perto. Não tem como olhar o sofrimento das pessoas e ficar de braços cruzados. O Brasil ficou chocado e as pessoas estão sendo solidárias. Espero que quem teve prejuízo com a tragédia possa receber uma boa estrutura”.
Você acha que vai se adaptar rapidamente a cidade?
“Acho que sim. Estou levando a minha namorada, já estou procurando lugar para morar e, mais para frente, quero levar a minha família”.
Fonte: Site Justiça Desportiva
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