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NETVASCO - 09/04/2010 - SEX - 13:44 - Goleiro do Urubu já defendeu 5 de 6 pênaltis cobrados pelo Vasco

No domingo, Bruno pode mais uma vez mostrar que é, atualmente, o maior pegador de pênaltis do futebol brasileiro. Desde que chegou ao Flamengo, o goleiro enfrentou o Vasco, adversário da semifinal do segundo turno do Campeonato Carioca, dez vezes (quatro vitórias, dois empates e três derrotas). E tem um aproveitamento impressionante com o rival. Dos seis pênaltis já cobrados pelos cruzmaltinos, Bruno defendeu cinco: Dudar e Diego, em 2007; Edmundo, em 2008; e Dodô, duas vezes, em 2010. Apenas o atacante Leandro Amaral conseguiu superar a muralha rubro-negra. Se o clássico terminar empatado, a vaga para a final da Taça Rio será disputada nas penalidades.



Com uma dança "vou, não vou e dou o pulo do gato", Bruno virou um especialista em defender pênaltis. O GLOBOESPORTE.COM estudou todas penalidades cobradas contra o goleiro desde 2005, quando ele disputou a primeira partida como profissional pelo Atlético-MG. E conseguiu desvendar os segredos do camisa 1. Bruno teve 65 pênaltis cobrados contra si. Deles, 21 não entraram (assista ao vídeo acima com todos eles). O que significa que 32,3% das penalidades contra o goleiro não se transformaram em festa dos adversários. Os números poderiam ser melhores ainda porque o rubro-negro defendeu outros quatro pênaltis. Mas a arbitragem mandou voltar por considerar que ele havia se adiantado e, na segunda chance, os batedores fizeram os gols.

Com 1,90m de altura, Bruno criou uma técnica interessante para confundir o batedor e, ao mesmo tempo, atingir uma grande área de alcance no lado escolhido para pular nas penalidades. Após dar um longo passo para um lado, o goleiro faz uma ginga fingindo que vai voltar, mas acaba caindo para onde havia se movimentado pela primeira vez. Com isso, Bruno apresenta um aproveitamento impressionante quando acerta o canto escolhido pelo batedor. O goleiro rubro-negro pulou para o lado certo 28 vezes. E defendeu 17. Outros dois chutes foram para fora, com o camisa 1 acompanhando em cima o lance. Isso mostra que se Bruno acertar o lado da cobrança, a chance de a bola não entrar no gol é de 70%.

Um fato interessante é que Bruno gosta de observar com qual perna o cobrador bate na bola. E normalmente opta pelo canto do chute cruzado. Se o adversário é destro, o goleiro na maioria das vezes prefere pular para a direita. Se o batedor é canhoto, ele opta saltar para o lado esquerdo. Como há mais jogadores destros, o canto direito é o preferido de Bruno. Das 65 cobranças, o goleiro escolheu 43 vezes o lado do chute cruzado do adversário. Ele ainda caiu 38 vezes para o canto direito e foi outras 27 para a esquerda. O goleiro nunca ficou parado no meio do gol.

Dos 17 pênaltis defendidos por Bruno até hoje, em dez o goleiro pulou para o canto direito. Outros cinco foram no lado esquerdo. Dois foram com os pés em bolas rasteiras no meio do gol. E em quatro os cobradores erraram a pontaria e chutaram para fora. Quatro jogadores parecem não ter muita sorte contra o goleiro. Lucio Flavio, Juninho, Paulo Henrique Ganso e Dodô já tiveram dois pênaltis defendidos pelo goleiro.

A história de Bruno com as penalidades começou em 2005. No Campeonato Brasileiro, jogando pelo Atlético-MG, ele defendeu dois pênaltis. O primeiro cobrado por Michel Bastos, que defendia o Figueirense. O segundo de ninguém mais, ninguém menos que Romário, que na época buscava o milésimo gol pelo Vasco. No ano seguinte, o goleiro não deu tanta sorte. E não defendeu nenhuma das dez cobranças que aconteceram contra o seu gol. Em 2007, a história mudou e nasceu a fama. Bruno defendeu sete das 15 cobranças. Em 2008 foram só duas defesas em 11 pênaltis. Em 2009, o goleiro pegou sete das 19 penalidades. E este ano foram três defesas em oito pênaltis.

Mas há também algumas armas mortais para superar a muralha rubro-negra! Bruno nunca defendeu uma cobrança em que o adversário fez a paradinha. Foram oito pênaltis batidos com o recurso contra o goleiro, que ficou vendido em todos. Seis entraram. Outros dois os rivais chutaram para fora mesmo após o rubro-negro estar caído e sem reação. Outro pesadelo para o goleiro é quando acontece um chute forte e alto no meio do gol. Quatro cobradores escolheram esta opção e balançaram a rede.

Fonte: GloboEsporte.com

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