NETVASCO - 200 PMs escoltarão torcidas organizadas de Vasco e Urubu - 06/04/2010 - TER

Os jogos dos quatro times grades do Rio, no fim de semana, serão decisivos não só para os clubes que disputam a semifinal do Campeonato Estadual. A polícia traça um planejamento para evitar confrontos. Somente para o clássico entre Flamengo e Vasco no domingo, haverá 200 PMs para escoltar integrantes da Força Jovem do Vasco e da Torcida Jovem do Flamengo — grupos considerados mais violentos —, desde a concentração nos bairros até o Maracanã.

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) investiga sites de relacionamento que torcedores utilizam para organizar ataques a rivais. A polícia também vai monitorar as torcidas organizadas de Fluminense e Botafogo, cuja partida será sábado.

O delegado Adilson Palácio, titular da 72ª DP (São Gonçalo), disse que vai convocar dirigentes dos quatro clubes para prestar esclarecimento sobre a relação deles com as lideranças de suas torcidas organizadas. Agentes da delegacia já descobriram como e onde são feitos os artefatos explosivos que os brigões utilizam contra os rivais.

“São bolas de sinuca e pólvora que, arremessadas contra torcedores, podem até matar. Se forem pegos em flagrante, serão presos”, disse o delegado, que investiga o ataque a um torcedor do Flamengo, mês passado, no município. Maicon Marins da Silva, 16 anos, levou um tiro na cabeça e está internado em coma.

Na quinta-feira, haverá uma reunião entre os líderes de torcidas e o comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádio (Gepe), tenente-coronel Luiz Octávio da Rocha Lima. “O foco é impedir que as torcidas rivais se encontrem. Por isso, teremos reforço do efetivo de batalhões das áreas onde eles se concentram”, disse o oficial.

A delegada Helen Sardenberg, titular da DRCI, acredita que os torcedores brigões podem adotar outras estratégias para fugir do cerco montado pela polícia. “Eles já estão evitando marcar encontros pela Internet, mas isso não quer dizer que não se enfrentarão. Já começamos a identificar os mentores. É só uma questão de tempo”, avisou.

Fonte: O Dia