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NETVASCO - 30/03/2010 - TER - 11:03 - Eurico critica diretoria em entrevista:'Cadê a transparência que prometeram?'

O semblante, a atitude e a própria maneira de falar são bem diferentes daquela que os vascaínos estão acostumados a ver. Pouco mais de um ano e meio depois de deixar a presidência do Vasco, Eurico Miranda parece outra pessoa. O amor pelo clube ao qual esteve ligado por 44 anos ainda está lá, mas não há tapas na mesa, olhares furiosos ou ameaças. Tranquilo e com cara de quem aproveitou mais a vida particular após ficar uns tempos longe do futebol, o ex-presidente do Vasco e atual presidente do conselho de beneméritos do clube segue preocupado com a instituição que defendeu por décadas, mas assume que seu papel hoje é outro.

"Hoje o Eurico não é ninguém", disse o ex-presidente, em bate-papo com o SRZD em seu escritório, no centro da cidade. "Sou apenas a voz do conselho de beneméritos do Vasco, que funciona como uma moderação do clube. Os beneméritos decidem, eu sou apenas a voz. Quem está no poder hoje tem muito medo de mim, acha que eu quero voltar, mas não tem nada disso. Estou aproveitando outros prazeres da vida aos quais abdiquei pela minha dedicação ao Vasco", explicou o dirigente, que tem curtido seus netos e ficou bem mais afastado do cenário policio cruzmaltino, mas nada que diminua sua preocupação com o clube.

"Antes de assumir o clube, a atual diretoria falava muito sobre transparência e nos acusava de fechar o Vasco. Nós sempre prestamos em dia as nossas contas para o conselho fiscal, mas o que acontece hoje é o contrário. Informações sobre a relação do Vasco com a BWA e detalhes do programa de sócios "O Vasco é Meu" nunca foram revelados. Agora eu pergunto, cadê a transparência que eles prometeram e da qual tanto falavam?", indagou Eurico Miranda.

Terceiro uniforme

Uma das principais polêmicas que têm sido discutidas no clube é a utilização da terceira camisa, lançada recentemente. Apesar de ter sido um sucesso instantâneo entre os torcedores, ela fere o estatuto do Vasco e foi prontamente criticada pelo conselho de beneméritos.

"Um benemérito expôs muito bem a questão. A diretoria alega que a utilização do terceiro uniforme é uma questão de marketing, de mercado. No entanto, o mercado muda com o tempo, ele sobe e desce, é volúvel. A tradição de um clube não, e ela deve ser respeitada", argumentou Eurico, que citou exemplos de torcedores que não reconheciam o time pela nova camisa.

"Uma criança chega no estádio e não sabe de que clube é aquela camisa, a gente já viu isso acontecer. Desde seus primórdios o Vasco tem o preto em sua camisa, tanto que os jogadores eram chamados de "camisas pretas" antigamente. O estatuto precisa ser respeitado", explicou o presidente do conselho, que disse ter sido razoável quando o Vasco decidiu jogar o clássico com a terceira camisa.

"Recebi uma ligação e me disseram que o clube não tinha camisas oficiais com o logo da Eletrobras, só com o terceiro uniforme. Nesse caso, não há o que discutir, achei perfeitamente normal entrarem em campo com o uniforme por conta das circunstâncias. Mas a terceira camisa não poderá ser usada em jogos oficiais", argumentou.

Medidas judiciais e contradições

Os atrasos na prestação de contas do programa de sócios "O Vasco é Meu" e a falta de um detalhamento da parceria do clube com a BWA têm sido tratados com tolerância pelo conselho de beneméritos.

"Nós fazemos o que está ao nosso alcance. Sentamos, conversamos, pedimos, exigimos. Vamos fazendo isso e eles vão adiando", disse Eurico Miranda. No entanto, o ex-presidente não descarta medidas mais drásticas caso a diretoria continue se omitindo em seus compromissos com o conselho. "Não vejo outra alternativa senão irmos para o meio jurídico".

Segundo o dirigente, a atual diretoria apresentou um balanço do programa de sócios apenas do mês de fevereiro. Entre agosto do ano passado e a data presente, não há qualquer detalhamento de contas. "Isso mostra que foi um negócio feito de maneira estranha. Eles agora alegam que apresentaram as contas e que enviaram ao conselho fiscal do clube. Enviaram e não chegou? Como? Foi tudo extraviado no caminho?", indagou.

Confira na quarta-feira, a segunda parte da entrevista do SRZD com o ex-presidente Eurico Miranda, onde o dirigente questiona a situação fincaeira do clube, a cobrança de uma dívida de R$135 mil e reflete sobre a briga que comprou com a Rede Globo em 2000. "Se fosse me arrepender de algo na vida, teria sido da questão do SBT".

Fonte: SRZD

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