O que já não estava bom para o Vasco, ficou ainda pior nesta quarta-feira, após a derrota para o Americano por 3 a 2, em São Januário. Com o resultado, o time permanece em terceiro lugar no Grupo B da Taça Rio com nove pontos, e a permanência do técnico Vagner Mancini no cargo é improvável. Apenas 732 torcedores pagaram ingresso para assistir ao jogo
O Americano chegou a sete pontos e está em sexto lugar no Grupo A.
A partida marcou a estreia do terceiro uniforme vascaíno, lançado na segunda-feira. Esta foi a primeira vez na história que o time entrou em campo sem a cor preta.
No próximo domingo, às 18h30m, o Vasco faz o clássico da rodada contra o Fluminense, no Maracanã. Antes, no sábado, às 16h, o Americano encara o Madureira fora de casa.
O JOGO
Pressionado e ciente da necessidade da vitória, o Vasco começou a partida buscando o ataque, tentando encurralar o adversário. Mas, apesar do volume de jogo, os cruzmaltinos demonstravam estar sentindo falta de seus principais armadores, Philippe Coutinho e Carlos Alberto, que não estavam em campo. Era um show de erros de passe, e o time não chegava em boas condições na área da equipe de Campos.
Fechadinho atrás, o Americano se defendia como podia e apostava nos contra-ataques. E na primeira trama de ataque bem feita, aos 17 minutos, abriu o placar. Leandro Melina recebeu sozinho entre os zagueiros, em posição legal, e tocou na saída do goleiro Fernando Prass, que chegou a tocar na bola mas não impediu o gol: 1 a 0. O lance explicitou o mau posicionamento da defesa cruzmaltina na partida.
Mas não deu tempo nem de a torcida vascaína protestar. No minuto seguinte, Elton, dentro da área, recebeu passe de Márcio Careca, girou em cima do marcador e chutou no cantinho esquerdo do goleiro Fred: 1 a 1. Mas quem pensou que o Gigante da Colina ia deslanchar, se enganou. Aos 29, o Americano voltou a ficar em vantagem no placar. Renatinho deu belo passe para Leandro Melina, que, sozinho, driblou Fernando Prass e tocou de pé esquerdo para o fundo da rede: 2 a 1. O zagueiro Titi deixou o atacante em condição legal para marcar.
O lance desanimou o técnico Vagner Mancini, que estava em pé e foi sentar no banco de reservas. E aos 34, quase que ele viu o adversário marcar mais um. Renatinho cobrou falta com categoria e Fernando Prass voou para defender.
Mas, antes do intervalo, os vascaínos renovaram o ânimo. Aos 43 minutos, Léo Gago mandou um míssil de fora da área e acertou o ângulo do goleiro Fred, que nada pôde fazer: 2 a 2. Na saída do time do campo, o treinador teve que ouvir os gritos de "Fora Mancini".
O Vasco até que começou bem a segunda etapa, e logo no primeiro minuto criou uma boa chance. Léo Gago deu ótimo passe em profundidade para Rafael Coelho, que equilibrou o corpo e chutou forte de perna direita. Fred fez boa defesa. Mas aos oito, o time levou outro duro golpe. Paulo Henrique cruzou da direita, a bola bateu na perna de Nilton e encobriu Fernando Prass: 3 a 2.
Novamente atrás no placar, o Vasco se lançou novamente ao ataque para correr atrás do prejuízo, mas mostrou muito nervosismo com a situação adversa. Mancini tentou deixar o time mais ofensivo com a entrada de Magno e Dodô nas vagas de Rafael Carioca e Rafael Coelho, respectivamente, mas a equipe seguiu com muitas dificuldades para chegar ao gol adversário.
Com tantos problemas para criar jogadas, o Vasco passou a ficar cada vez mais limitado e previsível, exagerando nas bolas levantadas na área. Outra alternativa muito utilizada, mas também sem muita eficiência, foi arriscar chutes de média e longa distância, principalmente com Léo Gago e Jéferson.
Só aos 37 minutos, a equipe cruzmaltina assustou de verdade o Americano depois que Magno mandou uma bomba e acertou o travessão. Três minutos depois, Jeferson arriscou da entrada da área e também mandou no travessão da equipe de Campos. Alguns dirigentes vascaínos nem chegaram a ver o lance, já que, aos 30 minutos, deixaram o camarote revoltados com a atuação do time.
O Vasco pressionou até o fim, mas não conseguiu marcar.
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