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NETVASCO - 23/03/2010 - TER - 10:42 - Botti fala de seus 9 anos na Ásia e espera encerrar carreira no Vasco

Há nove anos longe do Brasil, Raphael Botti é quase um cidadão asiático. Mal despontou no Vasco em 2001, o meio-campo foi vendido para o Jeonbuk Hyundai, da Coreia do Sul. Não só se adaptou rapidamente à cultura local - morou cinco anos naquele país -, como depois se transferiu para o Japão, onde disputa a sua quarta temporada.

Tanto tempo como estrangeiro no mundo oriental fez com que o jogador se acostumasse aos pratos exóticos, aos ideogramas "indecifráveis" e, principalmente, ao futebol-força. O que muitos não sabem é que o camisa 10 do Vissel teve que a aprender a conviver com um dos maiores vilões daquela região: os terremotos.

Enquanto o mundo lamenta o sismo do Chile - que vitimou pelo menos 723 pessoas -, Botti garante que em Kobe os abalos terrestres não são vistos como bicho-papão. Pelo contrário, o brasileiro conta que é comum sentir tremores onde mora pelo menos duas vezes por ano. E um dos lugares mais visitados da cidade é o Museu do Terremoto, em alusão à tragédia que aconteceu em 17 de janeiro de 1995 naquela localidade. Na época, um tremor de 7.2 graus na Escala Richter- que durou somente 20 segundos - matou 4.571 pessoas e deixou 14.678 feridos.

- Os terremotos deixam a gente um pouco tonto, mas eles têm duração de apenas alguns segundos. Quem mora em lugares mais altos, sente maior tremor do que as pessoas que estão nos primeiros andares dos edifícios. Nada muito forte. (Terremoto) É tão natural por aqui que a gente brinca com essa situação nos treinos - revelou o atleta.

De acordo com o meio-campo, as cidades do Japão estão preparadas para suportar pequenos e médios tremores. Diferentemente dos países sul-americanos, a estrutura dos prédios nipônicos é voltada justamente para evitar este tipo de tragédia.

- No início, nós ficamos um pouco assustados. Mas a cidade foi reconstruída para enfrentar os terremotos. Os edifícos são mais resistentes do que em outros lugares e recebemos panfletos com instruções de evacuação em diversas línguas - afirmou.

A empatia com o mundo oriental é tanta que Raphael Botti quase se naturalizou coreano para disputar uma Copa do Mundo. Agora no Japão, ele não descarta a ideia de defender a seleção da Terra do Sol Nascente - apesar de reconhecer que se trata de um sonho difícil de se realizar.

- Morei cinco anos na Coreia do Sul, tempo suficiente para me tornar cidadão daquele país. Só que como sempre passei férias no Brasil, as autoridades de lá entenderam que a minha estadia deveria ser reduzida em cinco meses. Até pensei em permanecer mais este tempo no Jeonbuk. Mas aí veio a proposta do Japão, e decidi mudar de clube. Sei que aqui é mais complicado para se naturalizar. Entre outras exigências, é preciso saber ler e escrever fluentemente o japonês. E eu me viro em Kobe com o inglês - disse.

Aos 29 anos, Botti pretende jogar no exterior por pelo menos mais quatro temporadas. Quando retornar ao Brasil, o meia deseja encerrar a carreira no Vasco - clube que o projetou para o futebol.

- Morei sete anos (dos 13 aos 20) em São Januário. É o meu time do coração e onde tenho muitos amigos. Conheço quase todos funcionários: desde os massagistas até os seguranças. Meu sonho é me despedir no lugar em que comecei. Até hoje assisto às partidas do Vasco. Quando o jogo é às 16h do Brasil, acordo de madrugada aqui no Japão para acompanhar ao vivo - garantiu o meia, que tem contrato com o Vissel Kobe até dezembro de 2010.

Assim que pendurar as chuteiras, o juiz-forano pensa virar empresário. Não que queira agenciar a carreira de outros jogadores. Ele está disposto a construir um parque esportivo na Serra de Ibitipoca, Zona da Mata de Minas Gerais.

- Comprei uma fazenda de 170 hectares. Tem gruta, cachoeira e muita área verde. Então pretendo conseguir licença ambiental para montar uma área de ecoturismo e incentivar a prática de esportes radicais na região, como escalada, rapel, voo livre, parapente e asa delta - resumiu.

RAPHAEL BOTTI

Nome completo: Raphael José Botti Zacarias Sena
Posição: meio-campo
Naturalidade: Juiz de Fora (MG)
Nascimento: 23/02/1981 (29 anos)
Peso: 70 kg
Altura: 1,71 m
Clubes: Vasco (2001), Jeonbuk Hyundai (2002 a 2006) e Vissel Kobe (2007 a 2010)


Meia Raphael Botti em ação pelo Vissel Kobe, clube da Primeira Divisão do futebol japonês



Botti vestiu a camisa do Vasco dos 13 aos 20 anos, tempo em que também morou em São Januário


Fonte: GloboEsporte.com

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