NETVASCO - Élton não será punido por gestos obscenos para a torcida no Engenhão - 05/03/2010 - SEX

A insatisfação da torcida do Vasco pode ser vista nos números. Diante do Bangu, pela terceira vez seguida, menos de 1.000 pessoas compraram ingresso para ver o time. E os que compareceram ao Engenhão mostraram toda a revolta com xingamentos. Élton foi um dos visados e, sentado no banco depois de ser substituído por Magno, retribuiu com gestos obscenos. Ontem, o atacante foi proibido de falar sobre sua atitude, mas não deixou de ser repreendido pelo diretor de futebol Rodrigo Caetano. O dirigente também preferiu o silêncio. O clube não vai multar o atacante.

A revolta contra as arquibancadas não é novidade. No Brasileirão de 2009, Léo Moura xingou os rubro-negros, depois de marcar o gol de empate, contra o Náutico, no Maracanã, em partida que terminou 1 a 1. Mais famosos, Romário e Edmundo também viveram um caso de amor e ódio com os torcedores.

No Vasco, a relação conturbada começou depois da derrota na final da Taça GB. Na partida contra o Volta Redonda, em São Januário, torcedores estenderam uma faixa na arquibancada que dizia: ‘O sentimento não para, mas a paciência acaba’.

Os jogadores sabem que não rendem o esperado. “Tomamos uma pancada difícil, dura, mas o futebol continua”, disse Dodô, referindo-se à final da Taça GB. “Não estamos jogando bem, mas vencendo. Temos tempo para melhorar e convencer. O Botafogo está na final, mas o campeonato ainda não terminou”.

O atacante, que voltou a marcar após cinco jogos, espera uma melhor apresentação já domingo, contra o Boavista, em São Januário. “A gente quer jogar bem, mas, mesmo sem atuar bem, estamos vencendo. E melhorar em cima dos resultados positivos é muito mais fácil. Temos certeza de que na próxima partida já vai ser diferente”.

Em 2010, o Vasco disputou 13 jogos e só perdeu um. No entanto, foi derrotado na hora errada. “Estamos no Vasco, um time que não é campeão há algum tempo. Sabemos da pressão”, disse Dodô.

Pressão que também deve continuar no domingo. Resta saber como será o desfecho.

Fonte: O Dia