NETVASCO - 16/02/2010 - TER - 09:45 - Confira entrevista de Thiago Martinelli ao site <i>Sempre Vasco</i>

Era dia de festa e folia, mas para os tricolores das Laranjeiras a noite não terminou em samba. Verdade seja dita: o mérito é nosso. Nossos jogadores tiveram tranqüilidade e eficiência ao cobrar os pênaltis. Confesso aos amigos que quando ouvi a decisão do nosso técnico sobre quem cobraria os pênaltis, eu quase chorei. Quando presenciei o nome do zagueiro Fernando e do incrível Coutinho, duvidei se passaríamos para a final. Um filme passou pela minha cabeça - talvez vitimada pelo “trauma Eurico” - pensei: pênalti de novo não! Só conseguia pensar na idade do Coutinho. Não que o garoto não tenha habilidade nas cobranças, porém achei que iria pesar a falta de maturidade. Ainda bem que estava completamente enganada. Que maestria ao pegar na bola! Que maestria ao bater com paradinha! Ficou mais do que provado que dom, não se compra... quem tem, nasce com ele. E ainda fazendo uma pequena referência ao meu querido Áureo Ameno: “Categoria não tem idade. Ninguém vira craque. Craque nasce craque.”

No meio dos trios e marchinhas típicas do carnaval, os amante do futebol deram um tempo em suas comemorações e foram ao Maracanã conferir quem iria para a final. Acho que nossos fregueses tricoloridos, não tinham muitas esperanças, fato que se observava nas arquibancadas. Se em campo os times não saíam do 0x0, na torcida o Vasco deu uma goleada. Cantavam, apoiavam e o mais importante: acreditavam. As estrelas da festa não conseguiam brilhar. Se do lado do Fluminense o atacante Fred não se destacava, o mesmo acontecia no nosso ataque: Dodô não conseguia finalizar. Talvez essa falta de gol durante os 90 minutos, tenha nome: Fernando Prass. Fez uma excelente partida, não deixando a bola entrar. Porém nosso final feliz não veio das mãos da nossa muralha e sim do erro do chute do jovem Alan. Que visivelmente nervoso, cobrou errado e não marcou.

Não tem como não falar sobre a medonha atuação do senhor Gutemberg de Paula Machado. Tenho certeza que todos os vascaínos compartilham do mesmo pensamento que eu. Parecia que o anti-jogo só estava liberado para os tricoloridos. O pessoal do laranjal podia fazer tudo: carrinho, arrancar camisa, entradas duras e o tal juiz ignorava. Já para o Vasco era diferente. Qualquer ação, o resultado era um cartão amarelo. Se o juizinho tivesse sido justo, o Fluminense teria terminado a partida com 2 a menos: Fred - que deu um carrinho no Souza e por ter simulado (péssimo ator) aquele pênalti - e Diguinho, que fez faltas o jogo todo, mesmo sendo advertido apenas verbalmente. Enfim, foi uma arbitragem pra lá de covarde.

Voltando a falar sobre o jogo... sábado de festa para nós vascaíno, que podemos cantar: “Oh o campeão voltou!” Apesar de não termos um adversário ainda definido para a final, acho que todos nós vascaínos preferimos aquele time da camisa vermelha feiona. Agora é esperar a quarta-feira de cinzas para saber quem será o nosso vice. Confio no meu Vasco. Confio na vontade de cada um dos nossos jogadores, e tenho certeza que a qualidade individual dos nossos homens de frente irá fazer a diferença.

Estive conversando com meu amigo Thiago Martinelli. Já o conhecia antes de atuar no Vasco, e posso garantir a vocês que ele é um jogador diferenciado. Bom marcador, de excelente qualidade técnica. Infelizmente não vem atuando na posição que lhe é peculiar, porém como ele mesmo diz “se for para ajudar o Vasco, jogo até no gol”.

Confira mais sobre Thiago Martinelli, o "zagueiro bombril”.

Você está jogando como lateral, numa posição que não é a sua. Como está sendo essa adaptação? Preferia atuar como zagueiro?

Estou gostando muito, porque é uma oportunidade que estou tendo pra poder fazer parte do time titular. A minha única preferência é jogar. Então como zagueiro ou lateral o importante é fazer parte do grupo e poder jogar e ajudar o Vasco.

Em uma conversa com o Dorival Júnior, em 2009, soube que ele tinha interesse em você, porém o Cruzeiro te emprestou algum tempo antes para o Cerezo Osaka. Você soube dessa vontade do Dorival em contar com o seu futebol para o grupo do ano passado?

Sim, sabia até mesmo porque o Vasco estava em Vitória e tive a oportunidade de estar conversando com ele aí no hotel (Nota: refere-se ao hotel Quality, onde o Vasco ficou hospedado durante as duas pré temporadas recentes no Espírito Santo). Ele me revelou o interesse, mas eu já estava certo com o time do Japão.

Você tem um contrato de empréstimo com o Vasco por 1 ano. Você acha que o Cruzeiro vai dificultar uma renovação? Você tem planos de permanecer no Vasco? Já conversou isso com o Rodrigo Caetano?

Ao contrário do que vem sendo noticiado, não tenho mais nada com o Cruzeiro. Meu contrato com o Vasco vai até o fim do ano. Se continuarmos com esse ambiente e se for da vontade do Vasco permanecer comigo, com certeza ficarei, porque estou gostando muito daqui e o ambiente de trabalho é bom demais.

Você teve a oportunidade de trabalhar com o Dorival Júnior no São Caetano e agora no Vasco está trabalhando com o Vágner Mancini. Qual a maior diferença entre eles?

Não tem tanta diferença, até mesmo porque o que eles prezam é um ambiente de amizade, um ambiente melhor possível e são dois treinadores justos e corretos, que pensam em todos e todos os jogadores são importantes.

Após passar pelo Fluminense no sábado, como você se sentiu? Tem algum preferido para final?

Fiquei muito feliz. Essa classificação é o resultado de todo um trabalho, do esforço do grupo e da precisão dos meus companheiros ao baterem os pênaltis. Não existe nenhum preferido. Acho que pela rivalidade e pelo o que eu ouvi no sábado, os torcedores preferem o Flamengo, mas quem vier, terá pela frente um Vasco com muita vontade de ser campeão.

Thiago, muito obrigada pela entrevista. Peço a você para que deixe um recado final para os vascaínos leitores do Semprevasco.com.

Contamos com vocês no domingo. Apóiem o Vasco! Fiquem certos de que todo o grupo irá fazer o melhor nessa final.

Fonte: Coluna Sue Araújo -