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NETVASCO - 10/02/2010 - QUA - 11:14 - Clubes grandes põem investimentos à prova na Copa do Brasil





Ronaldo encantou na volta ao país e atingiu seu auge na Copa do Brasil. A competição ganhou holofotes, novo status e roubou até o lugar da Libertadores nas transmissões da televisão. No embalo do Fenômeno e dos bons frutos colhidos pelo Corinthians, este ano os clubes grandes do país resolveram ‘pôr a mão no bolso’. No torneio de 2010, estes investimentos serão colocados à prova.

Se Ronaldo mudou de ares, outros seguiram sua trajetória e vão desbravar de norte a sul o território nacional. As presenças de Robinho, Fred, Diego Souza, Tardelli e companhia, além das duas principais estrelas do banco no país, Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho, ao menos indicam que as cifras darão as cartas na atual Copa do Brasil.

O fato se torna no mínimo curioso em um torneio considerado ‘o mais democrático’ e que em tempos não muito distantes teve os modestos Juventude, Santo André, Paulista e Criciúma como campeões.

Em 2010, as atenções se voltam para Robinho e suas pedaladas, principal trunfo do Santos após momentos de turbulência e pouca expectativa. O contrato de seis meses não deixa dúvidas que o objetivo é mesmo a Copa do Brasil. Para pagar o salário de R$ 1,1mi, que sairá no mínimo R$ 160 mil por partida, o clube litorâneo conta com empresas parceiras.

No Palmeiras, a ordem também é pôr a mão no bolso torcendo por um destino melhor que o do ano passado. Na tentativa de amenizar a decepção da torcida, as apostas são na manutenção de peças caras como os meias Cleiton Xavier e Diego Souza, valorizados com um reajuste salarial, e o técnico Muricy Ramalho, que está na lista dos mais bem pagos do país.

Apenas as contratações dos volantes Edinho e Márcio Araújo e a compra dos direitos econômicos de Danilo custaram R$ 6,5mi aos cofres alviverdes. Vale lembrar que outro reforço acabou saindo pelo mesmo valor, já que o Grêmio abateu uma dívida antiga para permitir a saída do zagueiro Leo.

Se o Palmeiras parece não se importar muito com economia, mesmo enfrentando o inexpressivo Flamengo-PI na primeira fase após 2633 km de estrada, o Grêmio se viu obrigado a seguir a mesma linha. Com o rival Internacional melhor nos últimos anos, o clube tricolor aposta suas principais fichas na saga tupiniquim que começa diante do Araguaia-MT, em Rondonópolis, a 2129 km de Porto Alegre.

Os gaúchos até fizeram bons negócios com a chegada sem custos dos ex-são-paulinos Borges e Hugo. Mas também ficaram com o bolso vazio para trazer o meia Douglas do Al Wasl, dos Emirados Árabes. O Grêmio acabou surpreendido por uma taxa de 33% sobre cada uma das cinco parcelas de US$ 700 mil (R$ 1,3mi), imposta pela Receita Federal por Dubai ser um paraíso fiscal.

Até quem estava esquecido nos últimos anos ganhou respeito e chega mais forte. Além de segurar jogadores valorizados como Diego Tardelli e Ricardinho, o Atlético-MG leva como trunfo sua comissão técnica comandada por Vanderlei Luxemburgo, que custa ao clube cerca de R$ 800 mil. Com a chegada do atacante Obina (amparado por investidores) e do zagueiro Cáceres, foram gastos mais R$ 3mi.

Na visão de Luxemburgo, que terá que viajar 3496 km até Rio Branco para atuar diante do Juventus-AC na estreia, dificilmente a competição apresentará muitas novidades este ano.

“Muitas vezes equipes desconhecidas chegam, mas este ano os grandes se reforçaram. Vai ser um torneio ainda mais complicado. Se é o caminho mais curto para a Libertadores, como dizem, certamente não será mais fácil”.

Cariocas apostam em parceiros

O único Estado que foge à tendência neste ano é o Rio de Janeiro. Com menos recursos, os cariocas encontraram a solução nos fundos de investimento de parceiros para armarem seus times. Ainda assim reservam suas surpresas.

Último campeão representante do Estado, o Fluminense de 2010 tem uma folha salarial mais em conta que o de 2007 (em torno de R$ 1,7mi, podendo baixar), mas tem um jogador de nível de Copa do Mundo. O salário de Fred, a estrela da companhia, é dividido entre o clube e a patrocinadora Unimed. Apenas a empresa de planos de saúde arca com R$ 300 mil.

O Vasco também usa a tática da parceria para emplacar uma campanha melhor que a de 2009, quando caiu nas semis para o Corinthians. Rafael Coelho chegou graças à Traffic e à Energy Sports, donas dos direitos do atleta. Outros jogadores vieram a custo zero, casos dos sem clube Dodô e Elder Granja, recém-recuperado de lesão. Por outro lado, o volante Léo Gago só veio com um investimento de R$ 1,2 mi do clube.

Já o Botafogo corre por fora. Com a mesma política do rival, o clube alvinegro apostou em um ataque estrangeiro a baixo custo com Loco Abreu e Herrera. O argentino chegou por uma parceria com a MFD, que tinha um crédito com o Grêmio.

Corinthians: Trajetória certeira

Após a conquista da Série B, o Corinthians apostou todas as fichas na Copa do Brasil de 2009. Desde o início, poupava os jogadores no Campeonato Paulista em prol do torneio nacional e logo depois da conquista vendeu três de suas principais peças: Cristian, André Santos e Douglas.

Pelo título, o clube do Parque São Jorge investiu pesado. Surpreendeu e trouxe Ronaldo, com salário de cerca de R$400 mil livre em carteira, sem contar o percentual nas cotas de patrocínio. O Fenômeno tinha direito a 80% de todo o valor arrecadado nas mangas e no calção.

Mas o esforço deu certo. Além do título, o Corinthians conseguiu a vaga na Libertadores, uma maior exposição da marca no ano do centenário, fechou o maior patrocínio do futebol brasileiro em 2010 de R$ 38mi com o Grupo Hypermarcas, uma maior premiação por jogo, além de ter atraído nomes como R. Carlos, Danilo, Iarley e Tcheco.

Fonte: UOL

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