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NETVASCO - 07/01/2010 - QUI - 13:21 - Consultor responde às críticas de Fábio Fernandes sobre valor da marca

Publicado no dia 28 de dezembro pelo jornal "O Estado de S. Paulo", um estudo feito pela consultoria Crowe Horwath RCS criou polêmica entre a empresa e a diretoria do Vasco. A pesquisa levantou o valor de marca de 12 clubes brasileiros, e os cariocas ficaram na nona colocação do ranking. Nesta semana, o resultado foi contestado pelo vice-presidente de marketing da equipe, Fábio Fernandes.

"A Crowe Horwarth RCS mostrou que não conhece o futebol brasileiro, o que não chega a ser um privilégio dela, já que ninguém no futebol brasileiro conhecia a Crowe Howarth RCS antes da publicação desse suposto estudo", atacou o dirigente em declaração ao site oficial do Vasco.

O levantamento apontou o Flamengo como detentor da marca mais valiosa do futebol brasileiro, com R$ 568 milhões. O Corinthians (R$ 563 milhões) apareceu no segundo posto da pesquisa, seguido pelo São Paulo (R$ 552 milhões). O Vasco foi avaliado em R$ 122 milhões e só superou Fluminense (R$ 109 milhões), Botafogo (R$ 97 milhões) e Atlético-MG (R$ 92 milhões).

"O Vasco é um dos pouquíssimos clubes realmente nacionais no Brasil. Tem 16,5 milhões de torcedores, um estádio emblemático e histórico, o passado mais rico entre todos os clubes brasileiros, é quatro vezes campeão Brasileiro, três vezes campeão das Américas, formador de alguns dos maiores jogadores do mundo em todos os tempos. Tudo que leva a marca Vasco vende o que se produz e o que não se consegue produzir, e alguém vem nos dizer que essa marca vale um quinto do que vale o Corinthians, só para ficar em um exemplo?", completou Fernandes.

A principal explicação para a desvalorização do Vasco no ranking é o período considerado pela pesquisa. O levantamento analisou os clubes entre 2003 e 2008, época que teve predominância de Eurico Miranda na presidência da equipe carioca - Roberto Dinamite, atual mandatário, assumiu no último ano da avaliação.

A pesquisa observou 12 clubes (quatro de São Paulo, quatro do Rio de Janeiro, dois de Minas Gerais e dois do Rio Grande do Sul). Foram consideradas três variáveis (receitas derivadas da marca, características do torcedor e característica do mercado local), e dentro desses parâmetros havia outros 18 fatores (as receitas da marca, por exemplo, eram vistas a partir de marketing, direitos de TV, arrecadação em estádio e social).

"O Vasco deve ser o clube com o maior salto quando fizermos o estudo em 2010, considerando os resultados de 2009. O clube tem uma nova atitude, passou por um processo de mudança de gestão, começou a levar mais público ao estádio, fortaleceu a questão do sócio-torcedor e fechou novos patrocínios. Tudo isso vai mudar muito os resultados", ponderou Amir Somoggi, da Crowe Horwath RCS.

Segundo o consultor, sua empresa entrará em contato com o Vasco para explicar o porquê de o clube ter ficado na nona posição do ranking. No entanto, ele acredita que uma simples análise do estudo, que ainda não chegou às mãos da diretoria carioca, será suficiente para dirimir a polêmica.

"O Atlético-MG gera R$ 3,5 milhões em marketing, o Botafogo faz só R$ 4 milhões. O Flamengo, enquanto isso, tem R$ 28 milhões. Não dá para dizer que a metodologia não seja séria. Se o Atlético-MG tivesse R$ 10 milhões de marketing, não estaria no último lugar. Isso o elevaria. Nenhum clube mereceu o cuidado que nós tivemos com o Vasco porque nós sabíamos a repercussão que isso ia dar", disse Somoggi.

Fonte: Máquina do Esporte

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