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NETVASCO - 06/01/2010 - QUA - 09:24 - Campeão de 89, Acácio segue como fiel escudeiro de PC Gusmão

Dentro de campo ele ficou conhecido pelas boas defesas com a camisa do Vasco. Ainda teve passagens por Americano, Serrano, Madureira e Beira-Mar, de Portugal, mas foram os nove anos em São Januário que o consagraram. O ex-goleiro Acácio, hoje com 50 anos, porém, não abandonou os gramados.

Apaixonado pelo futebol, ele já chegou a trabalhar como preparador de goleiros do Botafogo. Hoje, é auxiliar-técnico de Paulo César Gusmão. E a parceria vem dando certo. Campeões goianos com a surpreendente equipe do Itumbiara em 2008, atingiram em 2009 o ápice: levar o Ceará de volta à elite após 16 anos.

- Eu sou um cara que consegui o que almejei no futebol. Não tenho nenhuma frustração. Joguei durante nove anos no Vasco, trabalhei no Fluminense, no Botafogo e hoje sou auxiliar. Só tenho coisas boas no futebol - orgulha-se.

Realmente a estrela do ex-goleiro brilhou. No Vasco teve seu melhor momento. Em 1988, já bicampeão estadual pela equipe cruzmaltina (1982 e 1987), ficou 879 minutos sem levar gols no Campeonato Brasileiro e faturou seu terceiro título carioca. Um ano depois, completou a sua trajetória vitoriosa no Vasco com a conquista do Brasileirão. Diante dos feitos, ele guarda boas lembranças do clube.

- Eu sempre tive o carinho e o respeito de todos no Vasco, desde o roupeiro até o presidente. Como diretor de futebol peguei o Eurico (Miranda, ex-presidente do Vasco) e também tinha o respeito dele - conta Acácio, que chegou a coordenar os goleiros das categorias de base cruzmaltina.

Mas foi no Botafogo que ele voltou a aparecer para o cenário nacional com a descoberta do goleiro Jéferson, contratado junto ao Cruzeiro, em 2003. Antes de comentar como foi o trabalho com o arqueiro, que voltou a defender o Glorioso em 2009, Acácio relembra outro jogador que foi preparado por ele.

- Primeiro foi o Max, que rodou muitos clubes pequenos no Rio de Janeiro, e o ajudei a ir muito bem na Série B e a subir para a Primeira Divisão com o Botafogo. Já o Jéfferson era criticado no Cruzeiro e consegui dar a ele um equilíbrio importante nessa posição, que é muito difícil - disse.

O mesmo Max a que se referiu o ex-goleiro estava no clube em 2006. Nesse ano, já sem Jéfferson, negociado com o Trabzonspor, da Turquia, o clube passou por uma crise com os arqueiros. Nem Max, nem Júlio César, nem Lopes conseguiram suprir a ausência do camisa 1 da época e Acácio deixou o Botafogo após quatro anos em General Severiano. Apesar da saída, ele não guarda mágoas.

- Trabalhei quatro anos e meio no Botafogo e houve um desgaste. Mas não tive nenhum problema, só tenho coisas boas do Botafogo.

Depois do Alvinegro vieram os trabalhos com PC Gusmão. Em 2008 o inédito título do Goiano com o Itumbiara. Em 2009, a volta à elite do futebol brasileiro com o Ceará. Apesar do feito com os cearenses, PC Gusmão não renovou com o clube e está desempregado. E quem também ficou sem emprego foi Acácio, que não abandonará o companheiro.

- Não chegamos a um acordo e nesse momento estamos desempregado. Aguardamos ainda algumas coisas. Mas, pelo que fizemos nos últimos anos, acredito que deve aparecer algo.


Acácio nos seus tempos de Vasco. Em 1989, com o clube cruzmaltino, foi campeão brasileiro de futebol


Fonte: GloboEsporte.com

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