Aos 35 anos, Dodô encara seu recomeço no futebol com fôlego e vontade de garoto. Mas ele sabe que a realidade é outra. Ao olhar para o banco de reservas, o atacante percebe que sua estrada no futebol já é longa. O comandante Vagner Mancini e o preparador de goleiros Carlos Germano já sofreram com os lances e gols do artilheiro. Germano, além de adversário, também jogou a seu lado por duas temporadas no Santos.
Mostrando bastante bom humor, o atacante recordou os tempos em que eram rivais. Com a memória afiada, buscou nas lembranças a goleada aplicada pelo Botafogo em cima do então Etti Jundiaí, hoje Paulista, pelo torneio Rio-São Paulo de 2002. Nos 5 a 1, Dodô fechou o caixão enquanto o então apoiador Vagner Mancini fez o gol de honra.
“Lembro bem desse jogo e o Mancini nem viu a cor da bola (risos). Com o Germano também foram duelos contra e juntos pelo Santos. É nessas horas que a gente percebe como está velho (risos)”, brincou Dodô, lembrando que atuou ao lado de muitos jogadores experientes e só agora percebeu os motivos de tanta preparação. “Agora sou eu que tenho de me alongar antes de qualquer atividade física”, fez graça.
Deixando as brincadeiras de lado, Dodô sabe que terá um papel importante ao lado do goleiro Fernando Prass, do
zagueiro Fernando e do apoiador Carlos Alberto, a quem retribuiu os elogios recebidos, na hora de orientar os mais jovens do elenco. Segundo o atacante, seu perfil de liderança é mais na base da conversa do que nos gritos enérgicos tão comuns em diversos capitães.
“Não costumo encher o saco. Fiquei feliz ao perceber que todos se mostraram abertos para receber as dicas. Os próprios experientes já haviam me falado isso. O grupo é, de fato, maravilhoso e vai entender que para jogar no Vasco tem que mostrar serviço”, finalizou Dodô.
Fonte: O Dia