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NETVASCO - 23/12/2009 - QUA - 15:48 - Em nota, Eurico pede que diretoria do Vasco assuma responsabilidades

Nota assinada pelo ex-presidente do Vasco Eurico Miranda e divulgada pelo site do Casaca, principal grupo de oposição da política vascaína:

"A HERANÇA MALDITA

23/12/2009

Desde o início da atual administração o discurso plenamente apoiado pela imprensa é de que a situação do Vasco é muito difícil por causa do que se convencionou chamar de “ herança maldita “. Era a expressão usada para caracterizar que a administração Eurico Miranda – e só ela – teria deixado o clube inviabilizado.

Não importava que se mostrassem impostos equacionados na Timemania, dívidas renegociadas e sendo pagas, um quadro de funcionários que garantia o funcionamento e a boa conservação de todas as sedes, um trabalho nas divisões de base que garantia atletas efetivamente do clube com alto valor de mercado. Era preciso retribuir o apoio da mídia dos últimos anos e dizer que o Vasco era o caos.

Em pouco tempo se produziram demissões de funcionários em larga escala, desmantelou-se o departamento de futebol, levou-se o clube à Segunda Divisão e foi apresentado um vergonhoso balanço em que o Vasco aparecia com uma dívida maior que a do Flamengo. Era a senha para a terceirização de quase todas as atividades, mais demissões e a deliberada política de não pagar um centavo de imposto. Completava o quadro a degradação do patrimônio, a perda do Vasco-Barra e o abandono do terreno de Caxias.

Sempre com o apoio da mídia, nada era responsabilidade da atual administração, mas sim da “herança maldita”. Uma das principais mentiras disseminadas ao longo dos últimos anos era de que as divisões de base do Vasco estavam abandonadas, que o clube não formava jogadores e que outros interesses comandavam aquele setor. Um completo desrespeito com profissionais de gabarito e história que ali estavam. E mais: nos últimos anos foram diversos os atletas da base que jogaram na equipe principal.

Mas existiam algumas “jóias “ que vinham sendo lapidadas, não só porque tinham condições de jogar no Vasco, mas também porque – com certeza – dariam retorno financeiro compensador para o clube. E saibam que não é fácil manter um atleta de ponta vindo da base com a atual Lei Pelé. E digo manter um atleta sendo efetivamente do Vasco.

Mas a verdade sempre prevalece. Eles podem esconder que receberam um contrato de televisão renovado por 3 anos, praticamente intacto e com o Vasco no grupo dos clubes que mais recebe no Brasil. Mas não podem esconder que, depois de rebaixarem o Vasco, quando precisaram de dinheiro para remontar uma equipe para a série A, usaram toda a base deixada pela “herança maldita “.

Depois de realizarem diversos adiantamentos de cotas de televisão, tinham à disposição jogadores que integram as seleções de base do Brasil, efetivamente vinculados ao Vasco e desembaraçados para qualquer negociação. Em poucos dias foram cerca de 25 milhões de reais só nas transferências de Alan Kardec e Alex Teixeira. Nenhum outro clube brasileiro teve esses recursos disponíveis no fim de ano. E vale lembrar que a atual diretora chegou ao Vasco, no ano passado, recebendo de mão beijada uma negociação de 10 milhões de reais do Philipe Coutinho, feita para que o clube não perdesse de graça o jogador, novamente devido a Lei Pelé. E ainda que jogaram pela janela o dinheiro do Morais ao doá-lo ao empresário que comandou o futebol do clube na série B.

Onde fica neste momento o discurso de que os jogadores da administração Eurico Miranda não eram do Vasco? Quem fez os contratos com esses atletas? Quem defendeu os interesses do Vasco em circunstâncias sempre difíceis para o clube em meio a Lei Pelé? Não sabemos se agora os jogadores da base do clube são realmente nossos, mas está aí a prova que na antiga administração eram.

Se existem dívidas não equacionadas ou negociadas essas dívidas são da atual administração. Impostos nunca pagos, funcionários na rua sem um centavo de indenização e já buscando os seus direitos na Justiça, inclusive com novas penhoras. Com esses milhões, além de honrarem o nome do Vasco com funcionários que lá trabalharam durante anos, essa administração deve tomar providências e pagar os impostos do atual período para não passar pelo vexame de deixar de receber a segunda parcela do patrocínio político estampado hoje na camisa. Parem de mentir e assumam as suas responsabilidades.

Eurico Miranda"


Fonte: Casaca

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