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NETVASCO - 12/12/2009 - SÁB - 12:18 - Erasmo Carlos, o 'Tremendão', quer Vasco como Barcelona e Real MadridLenda vida do rock brasileiro, Erasmo Carlos, 68 anos, concedeu uma entrevista ao Terra, na qual ele comenta sua paixão pelo Vasco. O Tremendão, como era chamado nos tempos de Jovem Guarda, tinha um estilo rebelde que lembrava Elvis Presley, mas, na verdade, imitava o zagueiro vascaíno Bellini, seu maior ídolo no futebol, acima de Pelé, Ademir, Vavá, Roberto Dinamite ou qualquer outro.
Este ano, ele lançou o CD Rock'n roll, o 26º da sua vitoriosa carreira, e também o livro "Minha fama de mau". O craque da música acredita que 2010 será uma temporada de sucesso para o time de São Januário, e dispara: "bicho, tem que ser campeão brasileiro!"
Veja a entrevista na íntegra:
Qual seria um bom presente de Noel para a torcida do Vasco?
Acho que ela já recebeu, que foi a volta à primeira divisão. Ano que vem, sim, espero ser presentado com o título do Campeonato Brasileiro. O importante é que os dirigentes pensem alto, façam do Vasco uma força do futebol mundial, como são o Barcelona e o Real Madrid. O Estadual não pode ser o objetivo principal, e sim o Brasileirão, no segundo semestre.
O Vasco tem time para brigar pelo título na Série A?
É muito cedo para dizer o que vai acontecer porque o time está sendo formado. Agora mesmo chegaram o Léo Gago e o Élder Granja, e outros na certa serão contratados. Isto sem contar que falta um treinador (antes da entrevista o clube ainda não havia acertado com Vágner Mancini).
Você acompanhou a campanha do time na segunda divisão?
Eu estava no Maracanã quando o Vasco derrotou o América-RN por 2 a 1 e retornou para a Série A. Fui à convite da federação. Antes disso, não ia a um estádio desde aquela final do Mundial de Clubes de 2000, contra o Corinthians. Este ano, eu vi quase todos os jogos do time pela televisão, na companhia do meu filho, Alexandre, vascaíno de fé, companheiro de futebol, de batalha e de choro.
Além do horizonte, o que você sentiu quando o Vasco foi rebaixado?
Fiquei muito triste, mas ela já vinha sendo anunciada há pelos menos três, quatro anos, e nada era feito para que o panorama mudasse. Bicho, o que eu não concordo é com esse slogan... "O sentimento não pode parar", porque simplesmente eu jamais cogitei que o meu amor pelo clube fosse parar um dia.
O que você acha da administração do presidente Roberto Dinamite?
Ele encontrou muitos problemas quando assumiu, mas não gosto de falar sobre a administração anterior. O que passou, passou. O Roberto deixa o ambiente mais arejado, democrático. Mas é fundamental conquistar títulos, porque é isso que renova a torcida. Eu mesmo perdi dois filhos e quatro netos para o Flamengo. Você não imagina a dor de um avô quando isso acontece.
Como você se tornou vascaíno?
Foi durante a Copa de 1950. Eu tinha nove anos de idade, escutava às transmissões pelo rádio e oito jogadores daquela Seleção Brasileira eram do Vasco. Além disso, toda hora éramos campeões de alguma coisa. Com o tempo, minha paixão foi aumentando cada vez mais.
Qual o melhor time do Vasco que você viu?
Aquele que arrebentava no final da década de 1950, e que tinha Sabará, Valter, Almir, Vavá e Pinga no ataque. Foi duas vezes campeão carioca, campeão do Rio-São Paulo - que era o Brasileiro da época -, e de troféus na Europa, como o Teresa Herrera e o Torneio de Paris. O grande ídolo que eu tenho no futebol é o Bellini. Eu jogava as minhas peladas de zagueiro e tentava imitá-lo até no jeito de caminhar.
O que você acha da violência das torcidas de hoje em dia?
Sempre teve briga, só que em muito menor escala. Agora existem as torcidas organizadas. Durante muito tempo, na minha juventude, eu ia às partidas do Vasco na companhia de mais de 30 amigos, vascaínos da Tijuca. A gente pensava apenas em torcer, sem essa de arrumar confusão. Mas é claro que às vezes acontecia, e o pau comia para valer, principalmente quando tinha Vasco x Flamengo.
Em 2009, você lançou o CD Rock'n Roll. Me fale um pouco sobre ele...
São cinco músicas de minha autoria e outras, em parceria com Nando Reis, Chico Amaral, Nelson Motta e Liminha. Bicho, o nome diz tudo: é rock'n roll da melhor qualidade!
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