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NETVASCO - 11/11/2009 - QUA - 18:52 - Ex-VP Marco Antônio Monteiro fala sobre reunião dos beneméritos

Em artigo publicado no site do Casaca (movimento de oposição na política vascaína), o ex-vice-presidente de relações institucionais do Vasco (durante a administração Eurico Miranda) Marco Antônio Monteiro fala sobre a reunião do Conselho de Benméritos realizada na última terça-feira (10/11):

Coluna do Benemérito

Marco Antonio Monteiro

O VASCO RESPIRA

São Januário, terça-feira, 10 de novembro, 15 horas. Não há um atleta nos campos de grama sintética nem se observa movimentação nas proximidades do Colégio Vasco da Gama. Poucas crianças ocupam as piscinas de nosso parque aquático, não há ninguém nas sociais do estádio e quatro funcionários trabalham no gramado.

O ginásio de treinamento, conhecido como “ forninho” está vazio. Sujo, com infiltrações, tem diversas tábuas afundadas, impossibilitando a prática esportiva sem que o atleta corra risco. Nos fundos da concentração há uma obra inacabada. Um empregado explica que iriam fazer uma ampliação, mas tudo parou, foi abandonado e o aspecto é de uma obra de gente humilde sem nenhum acabamento. Os poucos funcionários presentes contam os dramas pessoais e reclamam que os atuais dirigentes quase não aparecem no clube.

Esse panorama mostra um clube agonizante, que lembra São Januário dos anos 60. Mas, na sala ao lado do ginásio de treinamento, estão quase 100 pessoas, com raízes vascaínas, a maior parte delas de cabelos brancos. Ali ainda se respira Vasco. É a reunião do Conselho de Beneméritos.

Os Conselhos do Vasco são os locais dos debates e dos confrontos de idéias. Em especial o de Beneméritos, local onde cada um traz a sua experiência de clube, maior ou menor, em benefício das nossas raízes. Uma instituição centenária precisa se renovar a cada dia, sem perder a sua base de sustentação, a sua história. Por isso, aquele é o lugar da defesa patrimonial do Vasco. E eu acrescentaria a defesa moral.

Quem tem alguma participação no Vasco já foi um dia situação e outro oposição. É normal e saudável. Mas é preciso estar no Vasco. Foi com atenção que ouvi o relato do Primeiro Vice-Presidente do clube, o Sr. Luso Soares da Costa. Já estive do mesmo lado do Sr. Luso e já estive em oposição a ele. Sempre o respeitei e sei que a recíproca é verdadeira. Posso discordar de qualquer conselheiro, mas reconheço quando o interlocutor tem história e raiz no Vasco.

O Vice-Presidente Luso Soares da Costa disse que a situação do Vasco é muito difícil e que ele – pessoalmente – já disse ao Sr. Roberto Dinamite que é hora de parar com a guerra política no clube porque não dá mais para jogar a culpa de tudo na antiga administração. E mais: que os homens com raízes vascaínas estão cada dia mais alijados do processo decisório, que as reuniões são todas feitas fora do Vasco. Além do comprometimento financeiro já existe o risco ao patrimônio.

O pronunciamento não foi feito por Eurico Miranda ou por um membro do Casaca. Foi feito pelo Sr.Luso Soares da Costa, Primeiro Vice-Presidente da atual administração. Tem 60 anos de Vasco. Numa leitura radical poderíamos afirmar que nós já sabíamos disso e que quem vive Vasco já devia conhecer o grupo que chegou ao poder. A outra leitura é que cada um de nós tem uma observação diferente de mundo e caminhos diversos para se alcançar o objetivo. E que todos erram e acertam. A diferença hoje é que há pessoas que sabem que esse conjunto de irresponsabilidades – abandonar São Januário, massacrar os funcionários e terceirizar todo o clube - não é Vasco. E que isso levará a uma derrocada do clube muito mais grave do que simplesmente alguns anos sem um título no futebol.

O momento é de todos aqueles que têm o sentimento de Vasco assumirem a linha de frente de defesa da Instituição antes que seja tarde. É preciso coragem para se estabelecer uma frente ampla para salvar o Vasco das mãos dos aventureiros. O trabalho será árduo. Os interesses a serem contrariados são enormes. Mas, com todas as dificuldades e barreiras, o verdadeiro Vasco respira.

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Uma observação: não estiveram presentes o Presidente do Clube, Roberto Dinamite, e o Segundo Vice-Presidente, o primeiro-ministro José Hamilton Mandarino. Alegaram a viagem a Campina Grande. O Presidente do Conselho Deliberativo, José Carlos Osório, disse que tinha uma audiência na Justiça. O Presidente da Assembléia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, e o Vice Jurídico, Nelson de Almeida, membros do Conselho de Beneméritos, nem desculpas deram.


Fonte: Casaca

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