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NETVASCO - 10/11/2009 - TER - 09:52 - Dona Angelina, guardiã da sala de troféus, aguarda a taça da Série B

Na Colina, a maior autoridade quando o assunto é a sala de troféus é dona Angelina. Guardiã da mais admirada sala vascaína há 30 anos, ela já a chama de segunda casa. No dia em que o título da Série B pode sair, contra o Campinense, às 21h, no Amigão, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, o L! conversou com a figura e colheu histórias de quem, de fato, ama o clube e anseia pela nova “filha”.

Com a companhia de dona Marli, a Xuxa, cantora e compositora nas horas vagas, que é encarregada dos serviços gerais na sala do presidente Roberto Dinamite, Angelina, de 67 anos, esbanja simpatia e carinho com a coleção de nada menos que 7.500 troféus (contando mais de 20 esportes). O último do futebol, no entanto, veio da Taça Rio de 2004.

– As pessoas olham, acham normal, mas para mim esses troféus são uma segunda família, pois passo mais tempo com eles que com meus parentes. Sinto-me alguém especial, e estou com saudade de um novinho.

Fiquei mal acostumada – revelou ela, que, vez por outra, diante das dificuldades, fala com os troféus: – Quando estou um pouco chateada, até converso, baixinho, com as taças: “Ai, vocês dão um trabalho!” Embora esbarre em conquistas como a Libertadores de 1998 e os quatro Brasileiros da Primeira Divisão, dona Angelina garante que a Série B terá, sim, seu lugar especial.

– O espaço já está guardado. E será aonde chame a atenção, pois conseguimos voltar ao nosso lugar. É claro que não queria o Vasco na B, mas agora se tornou um sonho vencer a competição – deliciou-se.

Aos domingos, não há visitação à sala e, às segundas, ela fica fechada para manutenção. Mesmo assim, a frequência segue grande, diz ela: – Durante a semana vem uns 30 por dia, e aos sábados pula para 50.

Muito ligada a Angelina, Marli reverencia a amiga pela paciência.

– Ela vale ouro. Eu sou levada e não cuidaria direitinho – brinca.


Marli e Angelina, com os troféus dos quatro Brasileiros ao fundo, esperam pela taça da Série B.


Bate-Bola com Dona Angelina

VIGIA DA SALA DE TROFÉU

Entre todas, qual taça é a mais especial para a senhora?

Eu não estava aqui ainda, mas é o troféu do título brasileiro de 1974 que gosto mais. É bonito, imponente e bem trabalhado. O orgulho é grande.

Que tipo de pessoas costuma visitar a sala de troféus?

Tem os que vêm admirar, ficam felizes e até os que choram. Mas há outros que noto que não são Vasco e falam besteiras. Isso me deixa triste. Os jogadores não conhecem. Espero que venham agora.

'Belas pernas' de Dinamite fizeram dona Angelina ser Vasco

No último ano e meio, dona Angelina passou a sorrir mais. Em sua visão, a gestão de Roberto Dinamite trouxe mais diálogo ao Vasco. Fã do patrão desde a época em que era jogador, carreira que acompanhou de pertinho, ela revelou que, pelas raízes capixabas, mal conhecia o clube. Mas algo a fez se apaixonar.

– Cheguei em 1959 aqui e o destino me trouxe para cá. Aprendi a gostar do Vasco ao ver tantos treinos depois do trabalho. Achava lindo o Roberto correndo com aquelas pernas de fora. Além disso, quando ele pegava a bola, eu sabia que seria gol – afirmou dona Angelina.

A idolatria a Dinamite faz com que não haja ninguém perto do craque na cabeça dela. Nem mesmo Edmundo ou Juninho, como citou dona Marli, mais extrovertida.

– O Roberto é tudo para mim mesmo. Foi muito triste quando quiseram tirá-lo do clube (durante um jogo em São Januário, em 2002). Muito por conta dele falo dos meus amores (taças) a todos – disse.

Atraso no salário é compreensível

A tranquilidade e doçura de dona Angelina é tão grande que até mesmo o assunto mais difícil de ser tratado no clube, hoje em dia, é tirado de letra por ela. Sem receber salários, como a maioria dos funcionários, há cerca de três meses, a situação é até “compreensível”

– É ruim, mas a gente procura compreender. Eles tiveram um grande problema nas mãos para resolver, e o estão fazendo. Não é por falta de vontade, isso eu tenho certeza. Falo para quem está mais impaciente: “Vamos esperar, que vai dar tudo certo” – disse Angelina.

A proximidade de sua residência de São Januário também ajuda. A guardiã dos troféus vascaínos mora em São Cristóvão, há algumas ruas da Colina.

'Vamos entupir a sala de troféus em breve'

João Ernesto Ferreira
DIRETOR DO CENTRO DE MEMÓRIA DO VASCO

A princípio, a visitação à sala não ficou prejudicada com a queda e o jejum de título. Na verdade, com o sucesso do programa de sócios, que já atingiu 40 mil cadastrados, temos mais pessoas habilitadas a transitar pela área, que é restrita. Na gestão anterior, eram só 900.

Além disso, as performances no Carioca e na Copa do Brasil levantaram a autoestima do torcedor. Há uma séria crise financeira que impede que alguns projetos sejam tocados, mas digo que, além de mudanças estruturais, vamos voltar a entupir a sala de troféus em breve. Quanto a dona Angelina e a Xuxa, são patrimônios do Vasco, que é abençoado por tê-las. O carinho é sacerdotal.

Fonte: Lance

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